domingo, 26 de outubro de 2014

A Bíblia contra o Protestantismo - parte 8.

10 . BÍBLIA - E SEITAS
PERGUNTA : A Bíblia aprova as seitas, ou as condena ?

RESPOSTA : Condena ! Já no Antigo Testamento (Num 14,1-38) lemos como Moisés tinha enviado 12 príncipes ( um de cada tribo) para explorar a Terra Prometida. Dez deles, porém, depois de terem voltado, tinham feito murmurar todo o povo contra Moisés e Aarão, dizendo: Escolhemos um (outro) chefe e voltamos para o Egito. Por castigo, os dez exploradores revoltados morreram feridos por uma praga, diante do Senhor, e todos os adultos Israelitas, (acima de 20 anos ), "deixaram seus cadáveres apodrecerem no deserto". Somente os dois exploradores fiéis a Moisés, Josué e Caleb, entraram na Terra Prometida.

Semelhante castigo infligiu Deus a Coré, Datan e Abirão e seus 250 sectários, revoltados contra a autoridade de Moisés e Aarão. Os três foram engolidos pela terra, que se abriu na vista de todos, e os demais foram devorados pelo fogo caído do céu (Num 16,1-35).

Para o povo da Nova Aliança previu Deus o mesmo regime de um só governo, pela profecia de Daniel (Dan 2,44): "No tempo desses reis ( do império Romano), o Deus do céu suscitará um reino que jamais será destruído... e subsistirá para sempre". Trata-se da Igreja Católica, confiada por Jesus a Pedro, e governada até hoje por seus sucessores, os Papas.

Em todos os livros Sagrados não encontraremos uma só frase favorável à divisão deste "Reino dos Céus", da "Minha Igreja" ( de Cristo), em seitas autônomas ! Pelo contrário, lemos no Evangelho de Jo 11,51-52 o oráculo divino: "Jesus deveria morrer pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos". Lamentavelmente, as seitas promovem o contrário : a dispersão !

Vejamos ainda outras passagens bíblicas do Novo Testamento sobre as seitas : (At 20,28-31): Advertência na despedida de S. Paulo : "Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue. Sei que depois de minha partida se introduzirão entre vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho. Mesmo dentre vós surgirão homens que hão de proferir doutrinas perversas, com o intento de arrebatarem após si os discípulos. Por isso, vigiai !".

( II Pd 2,1s) : "Assim como houve entre o povo (de Israel ) falsos profetas, assim haverá entre vós falsos doutores, que introduzirão disfarçadamente seitas perniciosas. Eles, renegando assim o Senhor que os resgatou, atrairão sobre si uma ruína repentina. Muitos os seguirão nas suas desordens e serão deste modo a causa de o caminho da verdade ser caluniado. Movidos por cobiça, eles vos hão de explorar por palavras cheias de astúcia..."

(Gal 1,7-9): "De fato, não há dois ( Evangelhos ): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que alguém, - nós ou um anjo baixado do céu, - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema". (maldito).

( Rom 16,17-18): "Rogo-vos, irmãos, que desconfieis daqueles que causam divisões e escândalos, apartando-se da doutrina que recebestes. Evitai-os ! Esses tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao próprio ventre. E com palavras adocicadas e linguagem lisonjeira enganam os corações simples".

( Tt 3,10-11): "O homem que assim fomenta divisões, depois de advertido uma primeira e uma segunda vez, evita-o, visto que esse tal é um perverso que, perseverando no seu pecado, se condena a si próprio".

( II Tim 4,3-6): "Virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajuntarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fabulas. Tu,. porém, (como legítimo bispo da Igreja, por mim ordenado), sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão do pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério".

Tamanha clareza bíblica dispensa comentários !

Observação: Apesar de tão clara condenação de seitas, pela Bíblia, a Igreja Católica ensina que também os protestantes, muçulmanos e até pagãos (sobretudo nascido nestas religiões) podem se salvar se, segundo a reta consciência, procuram conhecer o Deus verdadeiro e se esforçam em cumprir a Sua Vontade e lhe agradar. Por outro lado há muitos católicos, que se gabam de seu batismo e casamento na Igreja, mas vivem afastados da prática dos Mandamentos e dos Sacramentos. Estes vivem gravíssimo perigo de se perderem eternamente !
voltar ao índice


11 . PECADORES NA IGREJA CATÓLICA

ACUSAÇÃO : Na Igreja Católica há tantos pecadores: assassinos, ladrões, viciados, etc., por isso ela não pode ser a verdadeira Igreja de Cristo ?

RESPOSTA : A Igreja Católica é a legítima herdeira do Povo de Deus do Antigo Testamento ; é o povo da Nova e Eterna Aliança. Ora, a Bíblia testemunha como Deus castigava severamente, até com a morte , os pecadores do povo de Israel, mas não expulsou a ninguém ! Afirma: "Não quero a morte do pecador, mas que se converta e viva"( Ez 33,11).

Por isso também a Igreja Católica pune vários pecadores até com a excomunhão (pelo aborto); a outros, amasiados nega o direito ao enterro eclesiástico, ou a serem padrinhos de batismo e crismas, etc., mas não os expulsa, (como fazem muitas seitas), rezando por eles e convidando-os à conversão.

Nos Evangelhos Jesus compara sua Igreja (o Reino dos céus) ao campo, cujo dono permite crescer o joio junto como trigo, e somente no tempo da colheita ordenará aos ceifeiros: "Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo recolhei-o no meu celeiro" (Mt 13,24-30).

O mesmo se dá na parábola da rede com bons e maus peixes (MT 13,47-50): "...Assim acontecerá no fim do mundo: Virão os anjos e separarão os maus do meio dos justos, e os lançarão na fornalha do fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes".

O próprio Jesus aceitou na sua Igreja (companhia dos Apóstolos) um pecador, o publicano Mateus, e fez dele um santo Apóstolo. E aos fariseus, escandalizados com semelhante atitude, Jesus respondeu: "Não precisam de médicos os que têm boa saúde, mas os doentes... Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores"(Mt 9,9-13).

Alguns "crentes" costumam aplicar à Igreja Católica a comparação de Jesus sobre a má árvore, reconhecida pelos maus frutos. Está errado ! Pois lendo esta comparação com atenção, verificamos que Jesus fala nela somente de pessoas particulares: Em Lucas 6,43-45 Jesus termina esta comparação, concluindo: "O bom homem tira do bom tesouro do seu coração coisas boas, e o mau homem tira do mau tesouro más. Porque da abundância do coração fala a boca". E em Mateus 7,15-20 Jesus nos acautela diante dos falsos profetas que vêm em pele de ovelha, mas por dentro são lobos devoradores, aos quais nós devemos reconhecer pelos seus frutos. Ora, em Jo 1,12-16 Jesus denuncia os maus frutos destes lobos, que consistem em : "arrebatar e dispersar as ovelhas", que Ele, como Bom Pastor, deseja reunir e guardar "num só rebanho sob um só pastor".

Para historiadores honestos, a existência contínua da Igreja Católica durante 20 séculos, - apesar de tantos pecados, heréticos e perseguidores, - é a mais evidente prova de sua origem divina, e da eficácia da promessa do seu Fundador, Jesus Cristo: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não poderão vencê-la" (Mt 16,18) , e : "Eu estarei convosco todos os dias até o fim do mundo" (Mt 28,20).

sábado, 25 de outubro de 2014

Socialismo é anticristão!

1949 - Fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e, sobretudo, os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio facto, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica: o comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo. (Pio XII, decreto do Santo Ofício, 1949).

LEMBRE-SE DISSO NAS ELEIÇÕES!

2014 – Mascarados, ou não, de Teologia da Libertação ou de pruridos ecológicos...

Votar em Dilma (PT) ou em Marina (PSB) equivale a dar um voto de aprovação ao comunismo ou ao socialismo. Seria trair as promessas do nosso Batismo.

Compete, pois, sufragar (escolher pelo voto) o candidato que não pertence a nenhuma dessas duas agremiações partidárias.

.
*** *** ***

O CATÓLICO E A VOTAÇÃO EM PARTIDOS COMUNISTAS OU PRÓ-COMUNISTAS

*** *** ***

LEMBRE-SE DISSO NAS ELEIÇÕES!

Pio XII diz o motivo:

"Foi perguntado à Suprema Sagrada Congregação:

1. Se é permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?

2. Se é lícito publicar, divulgar ou ler livros, revistas, jornais ou tratados que sustentam a doutrina e a ação dos comunistas, ou escrever neles?

3. Se fiéis cristãos que consciente e livremente fizeram o que está em 1 e 2, podem ser admitidos aos sacramentos?

4. Se fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e sobretudo os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio facto, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica?

Os Eminentíssimos e Reverendíssimos Padres, responsáveis pela proteção da fé e da moral, tiveram o voto dos Consultores, na reunião plenária de 28 de junho de 1949, e responderam decretando:

Quanto a 1.: Não; o comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo.

Quanto a 2. Não, pois são proibidos pelo próprio direito (cf, CIC, cân. 1399);

Quanto a 3.: Não, segundo os princípios ordinários determinando a recusa dos sacramentos àquele que não tem a disposição requerida.

Quanto a 4.: Sim.

No dia 30 do mesmo mês e ano, o Papa Pio XII, na audiência habitual ao assessor do Santo Ofício, aprovou a decisão dos Padres e ordenou a sua promulgação no comentário oficial da Acta ApostolicaeSedis. De Roma, dia 1 de Julho de 1949".

VEJA TAMBÉM:
http://www.vatican.va/…/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novaru…
http://www.vatican.va/…/hf_p-xi_enc_19370319_divini-redempt…
http://www.institutosapientia.com.br/site/index.php…

*** *** ***
Em face disso, pergunta-se: é possível um socialismo cristão?
O Papa Pio XI já respondeu a esta questão na Encíclica QuadragesimoAnno: "Se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se, contudo numa concepção da sociedade humana diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica.Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista".

E se o socialismo for muito moderado? Mesmo neste caso continua incompatível com o Catolicismo.
Pio XI é explícito também neste ponto. Ouçamo-lo: "E, se o socialismo estiver tão moderado no tocante à luta de classes e à propriedade privada, que não mereça nisto a mínima censura? Terá por isto renunciado à sua natureza essencialmente anticristã? Eis uma dúvida que a muitos traz suspensos. Muitíssimos católicos, convencidos de que os princípios cristãos não podem abandonar-se nem jamais obliterar-se, volvem os olhos para esta Santa Sé e suplicam incessantemente que definamos se este socialismo repudiou de tal maneira as suas falsas doutrinas, que já se possa abraçar e quase baptizar, sem prejuízo de nenhum princípio cristão.

Para lhes respondermos, como pede a Nossa paterna solicitude, declaramos: o socialismo, quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como ‘acção’, se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica, pois concebe a sociedade de um modo completamente avesso à verdade cristã". (Encíclica QuadragesimoAnno).

Realmente, Deus estabeleceu uma ordem natural, que não é lícito ao homem violar, e a esta ordem pertencem dois pontos que todo o socialismo viola. São os seguintes:

a) O papel subsidiário do Estado. O Estado não existe para absorver ou substituir os indivíduos, as famílias e as associações, mas para realizar as tarefas que estes elementos não podem realizar por si mesmos. Assim João XXIII, na Encíclica MateretMagistra: "Essa acção do Estado, que protege, estimula, coordena, supre e complementa, apoia-se no ‘princípio de subsidiariedade’ (A. A. S., XXIII, 1931, p. 203), assim formulado por Pio XI na Encíclica QuadragesimoAnno: "Permanece, contudo, firme e constante na filosofia social aquele importantíssimo princípio que é inamovível e imutável: assim como não é lícito subtrair aos indivíduos o que eles podem realizar com as próprias forças e indústria para confiá-lo à colectividade, do mesmo modo passar para uma sociedade maior e mais elevada o que sociedades menores e inferiores poderiam conseguir, é uma injustiça ao mesmo tempo que um grave dano e perturbação da boa ordem. O fim natural da sociedade e da sua acção é coadjuvar os seus membros e não destruí-los nem absorvê-los" (ibid., p. 203) (apud "Catolicismo", n.° 129, de Setembro de 1961).

b) O indivíduo, as famílias, as associações têm direito de possuir bens de raiz, bens móveis e bens produtivos. O Estado não pode açambarcar estes bens para si. Os homens têm o direito e o dever de proverem às suas necessidades, e o Estado não pode arvorar-se em Providência e suprimir este direito ou substituir-se a este dever.

Por isto tudo, o socialismo é condenado pelo direito natural, e não pode haver socialismo cristão.

Objeção: A Igreja primitiva foi comunista? As ordens religiosas são comunistas?

Nem a Igreja primitiva praticou, nem as Ordens Religiosas jamais praticaram o comunismo.

Com efeito, o essencial do comunismo é a negação do direito de propriedade.

Ora, examinemos sob este aspecto a Igreja primitiva. Levadas da vontade de seguir de perto o exemplo do Divino Mestre e realizar os conselhos evangélicos, várias famílias cristãs de Jerusalém resolveram viver no voto de pobreza. Para isto venderam tudo o que tinham e entregaram o dinheiro aos Apóstolos para que com ele fosse mantida a comunidade. Note-se bem: os indivíduos desta comunidade renunciavam aos seus bens porque queriam. Quem não quisesse viver na pobreza, não precisava.

Assim disse São Pedro a Ananias: "Conservando o campo, ele não permanecia teu? E vendendo-o, não dependeria de ti o que farias com o dinheiro?" (At. 5, 4).

A Igreja permitia que os que quisessem viver sem possuir nada pessoalmente, o fizessem. Mas, de um lado, isto era livre; de outro, o imóvel ou o dinheiro apurado passava a ser propriedade da comunidade. Ficava, pois, de pé o direito de propriedade da comunidade; não era negado nem transferido ao Estado.

Para desiludir os comunistas utópicos, devemos dizer que a primeira tentativa de realizar o ideal da pobreza não foi bem sucedida. Consumidos os capitais apurados na venda dos imóveis, criou-se em Jerusalém uma situação difícil, e foi preciso as outras comunidades cristãs enviar periodicamente esmolas para Jerusalém a fim de sustentarem os irmãos que tinham renunciado aos seus bens. Verificou-se que o voto de pobreza só é possível juntamente com o voto de castidade, e que o estado de pobreza evangélica não é possível quando há família: marido, mulher e filhos. Para pessoas casadas o caminho da santidade está no trabalho e na recta administração das riquezas temporais.

Mais tarde, a Igreja retomou a experiência: primeiro com indivíduos isolados, os anacoretas; depois com pequenas comunidades de eremitas, os cenobitas. Só quando raiou a liberdade para o Cristianismo é que dois grandes Santos organizaram a vida de pobreza evangélica aliada à obediência e à castidade: no Oriente, São Basílio; no Ocidente, São Bento. Mas, se o monge renuncia a toda a propriedade pessoal, o mosteiro passa a ser o proprietário. Verifica-se o que se dá muitas vezes na família: se os indivíduos não são donos, a família é a proprietária.

Vejamos agora o valor que tem a afirmação de que as Ordens Religiosas são comunistas ou socialistas.

Ninguém afirmará que as doutrinas filosóficas, sociológicas, teológicas do comunismo se encontram realizadas nas Ordens Religiosas. Tal afirmação é tão absurda, que ninguém a tomaria a sério. Restaria então o tipo de vida econômica das Ordens Religiosas. Perguntamos: o tipo de vida econômica que o comunismo pretende implantar é aquele que as Ordens Religiosas realizam há tantos séculos? Para respondermos com clareza a este absurdo, que, no entanto, se repete com enfadonha monotonia, vamos analisar um pouco mais de perto o tipo de vida económica das Ordens Mendicantes. É sabido que, dentre as comunidades religiosas, são as que realizam o ideal de pobreza evangélica de modo maiscompleto. Verificado que nelas não há sombra do tipo econômico comunista, fica provado que as outras Ordens e Congregações, em que o tipo de pobreza é mais suave, a fortiori não podem ser tachadas de comunistas.

Nas Ordens Mendicantes mais rigorosas, não só os Religiosos individualmente nada possuem de próprio, mas, nem mesmo a Ordem, as Províncias ou conventos são os titulares das propriedades. Em vez deles, a Santa Sé ou a Diocese são os proprietários formais. A administração dos bens destinados à Ordem, à Província ou ao convento, é realizada por pessoas nomeadas pela Santa Sé ou pela Diocese. Mas, se a propriedade não é nominalmente da Ordem, etc., os frutos do patrimônio que existirem, ou as esmolas dadas pelos fiéis, aplicam-se formalmente à manutenção daquele convento e daquela comunidade, para que são destinados. Assim, os Religiosos não têm os ônus da propriedade e da sua administração, caridosamente suportados pela Autoridade Eclesiástica, mas têm as rendas necessárias para conseguirem manter-se. É a realização da pobreza de Cristo e da fé na Providência. É o "nihilhabentes, etomnia possidentes" de São Paulo (2 Cor. 6, 10 ) . Assim, as Ordens Mendicantes são a mais formal refutação do comunismo. Assim se explica:

a) A renúncia às propriedades é uma afirmação clara da existência do direito de propriedade, pois ninguém renuncia seriamente ao que não existe.

b) Cada comunidade e cada Religioso tem o direito de viver dos frutos do patrimônio e das esmolas que tocam ao convento, e que são administradas pela Autoridade Eclesiástica em favor da comunidade, e não arbitrariamente.

c) O Religioso renuncia ao direito de propriedade voluntariamente. O comunismo nega este direito e confisca as propriedades violentamente.

d) O Religioso abraça a pobreza voluntária para melhor seguir Nosso Senhor Jesus Cristo e santificar melhor a sua alma, na esperança da vida eterna. O comunismo diz que destrói a propriedade particular para proporcionar a todos os homens a maior soma de prazeres nesta terra, uma vez que não existe a vida eterna.

e) Na realidade, a pobreza voluntária dos Religiosos leva-os à maior liberdade no serviço de Deus. O comunismo, prometendo a maior soma de prazeres, realmente tem por fim escravizar os homens, e depois, por meio da fome, obrigá-los à total apostasia de Deus.

f) A pobreza voluntária das Ordens Religiosas serve a Deus. O comunismo serve a Satanás.

Concluindo, devemos, pois, dizer que a afirmação de que as Ordens Religiosas realizam o tipo econômico do comunismo é uma verdadeira blasfêmia.

domingo, 19 de outubro de 2014

A Bíblia contra o Protestantismo - parte 7

8 . INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA

OBJEÇÃO : Os protestantes proclamam a plena liberdade individual na interpretação da Bíblia. Por que a Igreja Católica não a permite ?

RESPOSTA : a ) O triste resultado da livre interpretação da Bíblia pelos protestantes é a divisão em milhares de seitas, contrária à vontade e oração de Jesus na Última Ceia: (Jo 17,20-21). "Não rogo só por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam uma só coisa, assim como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti ; também eles sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste".

Outro lastimável efeito nestas seitas é a negação de alguns sacramentos e muitas verdades importantes, contra a expressa ordem de Cristo: (Mt 28,19-20) "Ide, pois, ensinar todos os povos... ensinando-os a observar tudo o que vos mandei ".

A Igreja Católica zelava para permanecer fiel e obediente à vontade de Cristo. Por isso, apesar de tantos séculos, tantas raças e línguas, guarda firmemente a unidade e toda doutrina e todos os sacramentos recebidos de Jesus. Por isso já S.Paulo a chamava "Coluna e fundamento da verdade : (I Tm 3,14-15). "Escrevo-te para que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e fundamento da verdade".

O mesmo S. Paulo, zelando pela fidelidade doutrinal, exorta o bispo de Creta: (Tt 1,5-9)"... É
preciso que o bispo seja... aderindo firmemente à palavra fiel... para que possa exortar segundo a
sã doutrina e refutar os que a contradizem".

b ) Alguns protestantes argumentam em favor da livre interpretação da Bíblia com as palavras de
S. Paulo ( II Tim 3,14-17 ) : " Desde a infância você conhece as Escrituras ... Toda a Escritura divinamente inspirada é útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para formar na justiça, a fim
de que o homem de Deus seja perfeito, apto para toda a obra boa". Pois bem; claro mas a obra boa
por excelência , recomendada por Jesus e igualmente por S. Paulo , repetidas vezes , é a união
de todos os cristãos na mesma Igreja -o Corpo místico de Cristo, na mesma fé, na mesma doutrina e
tradição apostólica . Pelo contrário , as divisões e seitas são a pior obra, nascida por uso leviano e
lamentável abuso da Bíblia.

Escutemos, ainda, as claras palavras advertências bíblicas da carta de S. Pedro : ( II Pd 1,20 )
"Sabei , porém , antes de tudo , que toda profecia contida na Escritura não será sujeita à interpretação particular". E mais para frente ele escreve: (II Pd 3,16) "Nas quais (cartas de S. Paulo) há algumas coisas difíceis, que os indoutos e inconstantes adulteram , como fazem com
outras escrituras, para própria perdição".

c ) Comparação com a vida social organizada . Cada um de nós pode comprar livros medicinais, à vontade, e estuda-los. Mas somente os que estudam a medicina na universidade e foram aprovados e diplomados como médicos, são autorizados a dar consultas e receitas, ou fazer operações nos hospitais. E ninguém de nós arriscaria submeter-se à operação, por um "curioso" autônomo.
As mesmas regras valem na pilotagem dos aviões e navios . Todos podem ler os livros de engenharia e pilotagem : mas somente os pilotos aprovados e diplomados ficam autorizados a conduzi-los.

O mesmo vale na sociedade religiosa, organizada por Cristo, na Igreja: Todos são convidados a escutar a voz da consciência e a ler e meditar as Sagradas Escrituras. Porém em coisas mais importantes, difíceis e duvidosas, Jesus deixou-nos os "médicos" e "pilotos"por Ele mesmo instruídos e autorizados para curar e guiar as nossas almas na difícil passagem para o porto da eternidade. Eles são Apóstolos e seus sucessores, os papas e bispos católicos. Só eles têm a promessa de Cristo, de serem introduzidos pelo Espírito Santo em toda a verdade. (Jo 16,13). Daí a garantia de Jesus: "Quem vos ouve, a mim ouve ; quem vos despreza, a mim despreza; e quem me despreza, despreza aquele que me enviou". (Lc 10,16).
voltar ao índice


9 . A BÍBLIA - A ÚNICA FONTE DA FÉ ?

OBJEÇÃO : Para os protestantes a Bíblia é a única fonte da fé e da revelação divina, enquanto os católicos reconhecem 3 fontes : A Bíblia, a tradição apostólica e o magistério da Igreja. Quem tem razão?

RESPOSTA : A própria Bíblia não apresenta nenhum índice dos Livros Sagrados, e não afirma em nenhuma parte, ser a ela a única fonte da fé e da palavra de Deus. Pelo contrário, lemos nela que por muitos séculos Deus confiou oralmente a sua Palavra a Aliança a Noé e a Abraão, que pela tradição oral passava do pai para filhos por muitas gerações. (Gen 4,8s e 15,18s). Também Moisés recebeu a Palavra e a Aliança de Deus oralmente. E mesmo depois, quando escreveu os primeiros livros da Bíblia, guardados na Arca da Aliança, o ensinamento bíblico foi confiado ao sacerdote Araão e seus filhos. ( Lev 10,8-11).

Também Jesus não escreveu e não mandou escrever nenhum livro, mas escolheu, ensinou e autorizou oralmente os Apóstolos, ordenando-lhes: "Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinar todos os povos... ensinando-os a observar tudo o que vos mandei ". (Mt 28,18-20).

Cumprindo esta ordem, os primeiros cristãos espalharam o Evangelho por tradição oral, em toda a parte, durante os primeiros decênios, como se pode ler nas seguintes cartas de S. Paulo: (Tt 1,5) "Deixei-te em Creta para que regules o que falta e estabeleças presbíteros nas cidades, segundo as prescrições que te dei". (II Tm 2,1-2) "Tu, pois, meu filho, fortifica-te na fé que em está Jesus Cristo, e o que o ouviste de mim diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de instruir a outros".

( I Ts 2,13 ) "Não cessamos dar graças a Deus, porque ao receberdes a Palavra de Deus, que de nós ouvistes, vós a recebestes não como palavra humana, e sim - o que realmente é - como Palavra de Deus".

( II Ts 2,15 ) "Conservai as tradições que aprendestes ou por nossas palavras ou por nossa carta".

Sobre a autoridade de Pedro, reunido com os Apóstolos e presbíteros em Jerusalém (o Magistério), temos um claro testemunho em (At 15,6-29) : "Reuniram-se então os Apóstolos e presbíteros para examinar a questão ( da circuncisão dos pagãos convertidos). E depois de ter discutido longamente, Pedro ergueu-se e disse: "...Tendo nós sabido que alguns, saindo do meio de nós, sem nenhuma ordem de nossa parte, vos perturbaram com discursos que agitaram as vossas almas, aprouve a nós, depois de nos termos reunido, escolher alguns homens e enviá-los a vós... que vos exporão as mesmas coisas de viva voz. Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, de não impor mais nenhum outro peso..."

Esta autoridade Pedro tinha recebido de Jesus, quando lhe disse, (Mt 16,18-19). "Eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja... a ti darei as chaves do Reino dos céus, e o que ligares na terra, ficará ligado nos céus ; e o que desligares na terra, ficará desligado nos céus". Em Jo 16,12-13 Jesus acrescentou a promessa : "Quando vier o Espírito da verdade, guiar-vos-á por toda a verdade".

Portanto : Lógica e cronologicamente, Jesus :

1o. - Escolheu, autorizou e enviou os Apóstolos, sob a presidência de Pedro, a evangelizar todos os povos, estabelecendo assim o Magistério da Igreja.

2o - Este ensinamento, oral e pelas cartas, foi transmitido pelos Apóstolos, - como Tradição Apostólica, - aos bispos e presbíteros por eles escolhidos e consagrados: ( Mt 1,5: II Tim 2,12, I Pd 5,1-2).

3o. - Somente depois de mais de 2 séculos o Papa reunido com os Bispos em Concílio, com sua autoridade infalível, declarou uma parte destes escritos da Tradição, como Cânon de Livros Sagrados, ou Sagrada Escritura, ou Bíblia: reservando-se o direito e a obrigação de vigiar sobre sua autêntica interpretação, de acordo com a Tradição Apostólica.

Daí, quando os Católicos obedecem ao Magistério da Igreja, eles têm absoluta certeza de cumprir a Vontade de Deus; mesmo quando estão exercendo práticas que não estão claramente ensinadas na Bíblia, como por ex.: a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, a devoção de santo Rosário, etc., - ou quando deixam de lado muitas prescrições, que por motivo especiais, circunstanciais, obrigavam o povo de Israel no Antigo Testamento.

Os protestantes, porém, para os quais somente a Bíblia é a única fonte da Palavra de Deus, seriam ainda hoje obrigados a cumprir todas as prescrições do Antigo Testamento, como por ex.:

Não acender fogo (para cozinhar) em nenhuma moradia, no sábado (Ex. 35,3). Não semear diferentes espécies no mesmo campo (Lev 19,19). Não semear e não colher nada, nos campos e na vinha, no ano sabático (Ex 23,10-11 e Lev 25,3-5 ). Não comer os frutos das árvores durante os primeiros 3 anos (Lev 19,23-25 ). Não comer sangue, nem carne com sangue (Lev 17,10-14 e 19,26 ). Não comer coelho, lebre, porco e os demais animais "impuros"(Lev 11,1-47). Punir de morte os blasfemadores, homicidas, adúlteros, homossexuais os transgressores do sábado, os que tiverem amaldiçoado os pais, ou evocado os espíritos, etc (Ex 35,1-3 e Lev 20,9-27 ; 24,10-23).

Qual a seita que está observando todas estas e outras prescrições do Antigo Testamento ? E com que autoridade podem se desculpar desta não-observância ?

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Homossexualismo não é genético, é adquirido.

> Mas o que é o "Relatório Kinsey"? Trata-se de um conjunto
> de livros, publicados nos Estados Unidos entre 1948 e 1953,
> por Alfred C. Kinsey e colaboradores. As mencionadas
> publicações são: 1) KINSEY, Alfred C.; POMEROY, Wardell
> B. e MARTIN, Clyde E. "Sexual Behavior in the Human Male".
> W.B. Saunders Co., Philadelphia London, 1948. 2)
> KINSEY, Alfred C.; POMEROY, Wardell B.; MARTIN, Clyde E. e
> GEBHARD, Paul H. "Sexual Behavior in the Human Female". W.B.
> Saunders Co., Philadelphia London, 1953.
>
> Pois bem. Passado algum tempo da publicação por Kinsey e
> amigos, cientistas de variadas origens fizeram o que todo
> cientista deve fazer: conferir os dados, a fim de verificar
> a procedência científica das afirmativas. Eles tiveram uma
> surpresa desagradável: constataram que as estatísticas
> divulgadas por Kinsey apresentavam graves problemas de
> método, e distorções inaceitáveis até mesmo para um
> aluno ginasiano. A denúncia veio no livro "Sex in América:
> a Definitive Survey", também de pesquisadores dos EUA: John
> H. Gagnon, Robert T. Michael e Edward O. Laumann, todos da
> Universidade de Chicago. Uma repórter do afamado "The New
> York Times", Gina Kolata, deu também grande contribuição
> à reunião de provas evidenciadoras desse escândalo
> científico, e com suas investigações ajudou a demonstrar
> que havia uma série de mitos no relatório de Kinsey e seus
> colegas.
>
> Outros livros muito importantes, também publicados nos
> Estados Unidos, e que ajudaram a evidenciar essa fraude
> escandalosa foram: 1) REISMAN, Judith. "Kinsey, Crimes
> Consequences". Crestwood, KY: The Institute for Media
> Education, 1998. 2) REISMAN, Judith e EICHEL, Edward.
> "Kinsey, SexFraud: The Indoctrination of a People".
> Lafayette, LA, Huntington House, 1990.
>
> O mais interessante disso tudo é que mesmo dentro da equipe
> de Kinsey, começou-se a caminhar em direção oposta às
> intenções iniciais do estudo. Instrutivo a esse respeito
> é o livro "Homosexuality in Perspective", de W.H. Masters e
> V.E. Jonhson, ambos da escola de Kinsey, que afirmaram que
> "é de importância vital que todos os profissionais no
> campo da saúde mental tenham presente que o homem ou a
> mulher homossexual é homem ou mulher por determinação
> genética e tem tendências homossexuais por preferência
> adquirida" (está na página 57 de um livro que cita essa
> reviravolta interna na equipe de Kinsey; o livro é: VAN DEN
> AARWEG, G. Homossexualidade e Esperança. Lisboa: Diel,
> 2002.).
>
> Essa revisão dos resultados, forçada pelas evidências,
> fez com que Hatterer tenha afirmado, em 1970, que "Os
> psiquiatras chegaram finalmente à conclusão de que os
> fatores genéticos, hereditários, constitucionais,
> glandulares e hormonais não têm nenhuma importância como
> causa da homossexualidade. A fonte completa onde se
> encontra essa afirmação é: HATTERER, L.J. Changing
> Homosexuality in the Male, McGraw-Hill, New York, 1970.

Resumindo: homossexualidade é adquirida como reação a
algum acontecimento, e nada tem de "genético".

domingo, 12 de outubro de 2014

A Bíblia contra o Protestantismo - parte 6.

6 . CASAMENTO DOS PADRES ?

PERGUNTA: Por que os Padres católicos não se casam ? Assim haveria mais vocação e menos escândalos. A própria Bíblia o recomenda em I Tim 3,2 : "É necessário que o bispo seja irrepreensível ; que tenha casado com uma só mulher..."

RESPOSTA : S. Paulo não era casado. ( veja I Cor 7,8 ). Numa das suas cartas ele recomenda : Sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo". Escrevendo, pois, a Timóteo, que também era bispo celibatário, não lhe podia aconselhar casamento. Porém, por falta de candidatos celibatários para a função episcopal ( naquela época ! ), ele lhe recomenda escolher também homens casados - virtuosos. Daí na sua carta ( I Tim 3,2 ) ele não coloca acento nas palavras : " que seja casado "..., mas nas palavras :... "com uma só mulher"... - e não com duas ou três, mesmo que sucessivamente, - o que seria de moleza e muita paixão, deixando pouco zelo e dedicação para Deus e as almas. Em I Cor 7,32-33 S. Paulo apresenta os argumentos em favor do celibato : "O que está sem mulher, está cuidadoso das coisas que são do Senhor, como há de agradar a Deus. Mas o que está casado, está cuidadoso das coisas que são do mundo, como há de dar gosto à sua mulher.

A Igreja Católica reconhece que a exigência do celibato dos padres não é lei divina, mas de lei eclesial, que em circunstâncias especiais poderia ser abolida, mas opta pela maior perfeição, já que por este motivo os Apóstolos de Jesus deixavam a convivência matrimonial e familiar, para se dedicar inteiramente à propagação do Reino de Deus, - como consta de Lc 18,28-30: "Disse depois Pedro: "Eis que nós deixamos tudo o que nos pertence para te seguir". Ele respondeu-lhes: "Em verdade vos digo, não há ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos ou filhos, por causa do reino de Deus, que não receba o múltiplo no tempo presente, e no século que há de vir, a vida eterna".

Assumindo livremente o celibato, o sacerdote imita a maneira de viver de Jesus - celibatário, - inteiramente dedicado às coisa do Pai e de seu Reino.
voltar ao índice


7 . O PAPA

OBJEÇÃO : O Papa é a predita besta do apocalipse ! Pois em Ap 13,18 lemos : "Quem tem inteligência, calcule o número da besta, porque é número de homem : este número é 666 ". Ora, o Papa é chamado "Vigário do Filho de Deus", o que se escreve em latim : Vicárius Filii Dei. Somando as letras que em latim tem valor de algarismos, dá soma de 666 ! :

V I C A R I U S F I L I I D E I
| | | | | | | | | | | | | | | |
5 1 100 - - 1 5 - - 1 50 1 1 500 - 1 = 666

RESPOSTA : A acusação mostra apenas insensatez e ódio dos acusadores contra S. Pedro e seus sucessores. Vejamos :

a ) O texto do Apocalipse ( Ap 13,18 ) exige que a Besta seja um homem, e não um cargo ( de chefe da Igreja Católica) ocupado até agora por 264 Papas. Seria muito mais razoável indicar como besta apocalíptica, um dos 18 reis da França com nome LUÍS (ou qualquer outro LUÍS ) que se escreve em latim : Ludovicus, e que na contagem latina dá a soma 666 ; ou ainda a doutora adventista Ellen Gould White. Mas, acusar estas pessoas, não interessa aos nossos acusadores !

L U D O V I C U S
| | | | | | |
50 5 500 5 1 100 5 = 666

E L L E N G O U L D W H I T E
| | | | | | | | | | | | | | |
- 50 50 - - - - - 50 500 5+5 - 1 - - = 666

b ) Além disso, nenhum Papa usou o título de "Vigário do Filho de Deus". Costumam chamar-se "Servo dos servos de Deus", "Bispo de Roma", "Vigário de Jesus Cristo", "Patriarca do Ocidente", etc.

C ) No mesmo capítulo Ap 13,6-8 e 15, João descreve a atuação desta Besta : "A Besta abriu a sua boca em blasfêmia contra Deus, para blasfemar o seu nome, o seu tabernáculo e os que habitam o céu. Foi lhe permitido fazer que fossem mortos todos aqueles que não adorassem a imagem da besta".

d ) Cada livro da Bíblia foi escrito e destinado, em primeiro lugar, ao povo contemporâneo, da mesma época, e só em segundo lugar poderia conter alguma profecia, referente aos tempos futuros. Assim, João Evangelista escreveu o Apocalipse para os cristãos da Ásia Menor, perseguidos pelo cruel César Nero e seus sucessores, predizendo-lhes a vitória final de Cristo sobre eles. Ora, estes cristãos não entendiam o latim, senão o grego e o hebraico. ( E se por acaso descobrissem, na tradução latina, esta acusação contra o Papa, iriam rejeitá-la como calúnia diabólica ; pois tanto São Pedro, como os 30 Papas dessa época, foram todos martirizados por sua fidelidade a Cristo ).

Porém, eles facilmente calcularam o nome grego de Cesar Neron, em caracteres hebraicos, desta maneira, da direita para esquerda:

N V R e N - R a S e Q
| | | | | | |
50 6 200 50 200 60 100 = 666

Cesar Nero, sim exigia para si as honras divinas e mandou matar os Apóstolos Pedro e Paulo e milhares de outros cristãos. O mesmo faziam alguns de seus sucessores.

e ) Para os verdadeiros cristãos o Papa era sempre o sucessor de S. Pedro, atribuindo-lhe as seguintes promessas de Cristo :

Mt 16,18 : "Eu digo : tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja... A ti darei as chaves do Reino dos céus..."

Lc 22,31-32 "Simão, Simão, eis que satanás vos procurou para vos joeirar como trigo, mas Eu roguei por Ti, a fim que tua fé não desfaleça, e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos".

Jo 21,15-17 : "Jesus perguntou a Simão Pedro : Simão filho de João, amas-me mais que estes ? Respondeu-lhe ele : Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo ! Diz-lhe Jesus : Apascenta os meus cordeiros..." (Apesar da anterior negação de Pedro, predita por Jesus ).

f ) Para aqueles que ousam chamar o Papa de Anticristo, que deve aparecer pelo fim do mundo, responde João Apóstolo na sua carta ( I Jo 2,18-19) : "O anticristo está para vir, mas digo-vos que já agora há muitos anticristos... Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos ; porque, se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco". É claro que S. João era sempre unido a S. Pedro e seus sucessores. Portanto o Anticristo sairá das fileiras que abandonaram a Igreja Apostólica.

I Ia. ACUSAÇÃO : Jesus nasceu pobre na gruta de Belém. Por que o Papa, em Roma , vive no rico palácio do Vaticano ao lado da rica basílica de São Pedro ?

RESPOSTA : Numa parábola ( Mt 13,31-32 ) Jesus compara a sua Igreja ( o Reino dos céus ) com o grão de mostarda, que semeado cresceu e tornou-se grande árvore, e seus ramos aninharam-se aves vindas de toda parte.

Assim na vida de Jesus, esta sementinha da Igreja, era constituída apenas da Sagrada Família ; depois de 12 Apóstolos, discípulos e santas mulheres. Jesus andava com eles e ensinava o povo à beira do lago ou nos montes. Jesus não precisava de casa nem de dinheiro. Para o culto divino e público Jesus se servia de sinagogas e do magnífico templo de Jerusalém. Nunca proferiu um só palavra contra a riqueza e beleza do templo de Deus ! - Ao contrário, com energia expulsou os profanadores (Mt 21,22) e (Mc 12,42).

Quando este Reino de Cristo (sua igreja) tornou-se uma "grande árvore", abrigando quase um bilhão de pássaros (= fiéis católicos), esta mesma igreja necessita de muitos e grandes templos para o culto divino, e muitos e edifícios para a propagação e administração deste Reino de Deus visível na terra.

Como no Governo, há prefeitos com prefeituras, presidente com palácios federais em Brasília, assim na Igreja há Bispos e párocos com igrejas e suas moradas. E há um Papa que preside toda Igreja. Dos departamentos de Vaticano com seus auxiliares, administra a Igreja de Cristo, residindo ali num modesto apartamento.

Além disso, os prefeitos, os governadores e presidentes cada um tem sua esposa e filhos, casas e propriedades, e quando morrem, deixam geralmente para os filhos e netos considerável heranças. O mesmo o fazem os pastores de seitas cristãs. O Papa, porém, a exemplo de Jesus, não tem para si nem mulher nem propriedade nenhuma. E quando morre, deixa apenas o bom exemplo e os ensinamentos para todos. Vive e morre pobre como Jesus.

I I I a. ACUSAÇÃO : Em Roma vendem-se lembranças com a fotografia e a bênção do Papa, que ele nunca abençoou nem viu. Que exploração !

RESPOSTA : Como Jesus curou à distância o servo do centurião e a filha da mulher cananéia, sem contacto palpável ou visível (Mt 8,13 e 15,28), assim também a bênção do Papa age à distância, por sua intenção e vontade. E o valor destas lembranças não é do Papa, mas é destinado para boas obras. Porém, uma verdadeira exploração é o dízimo cobrado (no duro: 10 %) pelos pastores das seitas, em favor de suas famílias, mesmo não sendo eles nem sacerdotes do Antigo nem do Novo Testamento, e nem evangelizadores autorizados pelos Apóstolos e seus legítimos sucessores.

TFP condenada por Bispo da Igreja.

Carta de Dom Antônio de Castro Mayer sobre a TFP.

Publicada no jornal campista Folha de Manhã em 1991, sendo o texto original datado de 1984. O que publicamos é uma tradução nossa da versão de Le Sel de la Terre, nº 28, de 1999.

Deus lhe pague, Dom Antônio, por amor tão grande à hierarquia da Igreja e por condenar os ‘profetas’ leigos que, mesmo se inicialmente bem intencionados, deixam-se levar pelo orgulho trazido pela fama e se lançam por caminhos que não são os seus, esquecendo-se que não têm a graça de estado própria para a cura das almas.

Prezado X,

Eu lhe devo uma resposta à sua dolorosa carta de 24 de setembro que, como o carimbo do correio indica, você me enviou em 25 de setembro.

Neste caso eu apenas posso dar-lhe um único conselho: reze, reze muito, acima de tudo o Rosário ou ao menos o Terço, pedindo à Virgem Mãe, Mediadora de todas as graças, que ilumine seu filho e faça-o ver que a TFP é uma seita herética porque, de fato, embora não digam ou escrevam, a TFP vive e se comporta de acordo com um princípio que fundamentalmente mina a verdade da cristandade, isto é, da Igreja Católica.

De fato, é de fide que Jesus Cristo fundou Sua Igreja – destinada a manter na terra o verdadeiro culto a Deus e a levar as almas à salvação eterna – como uma sociedade desigual, composta de duas classes: uma que governa, ensina e santifica, composta pelos membros do clero, e outra – os fiéis – que recebem o ensinamento, são governados e santificados: Isso é um dogma de fide.

São Pio X escreveu que a Igreja é, em sua própria natureza, uma sociedade desigual, significando que ela compreende duas ordens de pessoas: pastores e rebanho, aqueles que pertencem aos vários níveis da hierarquia e a multidão dos fiéis. Essas duas ordens são tão completamente distintas que apenas a hierarquia tem o direito e a autoridade de guiar e governar os membros para os fins da Igreja, enquanto o dever dos fiéis é aquele de permitir a si mesmos serem governados e a obedientemente seguir o caminho dado pela classe governante. (Encíclica “Vehementer”, 11 de fevereiro de 1906.) Toda a história da Igreja, como pode ser vista no Novo Testamento, atesta essa verdade como um dogma fundamental da constituição da Igreja. Foi apenas aos Apóstolos que Jesus disse: “Ide e ensinai todas as nações”. Também os Atos dos Apóstolos nos mostram a vida da Igreja nos tempos após Jesus Cristo. Por causa disso, é uma herética subversão habitualmente seguir a um leigo — portanto, um não-membro da Hierarquia — como porta-voz da ortodoxia. Assim, eles não olham para o que a Igreja diz, o que os bispos dizem, mas para o que esse ou aquele diz… E não se termina aí: essa atitude — mesmo se não declarada abertamente — de fato posiciona o “líder” como o árbitro da ortodoxia, e é acompanhada por um súbita mas verdadeira desconfiança da hierarquia e do clero em geral.

Existe um visceral anti-clericalismo na TFP: tudo que vem do clero é preconceituosamente recebido. Basicamente, mantém-se que todos os padres são ignorantes, poucos zelosos ou interessados e tais outras qualidades. Bem, então, tendo em mente a constituição divina da Igreja que foi instituída por Jesus Cristo, o anti-clericalismo habitual da TFP, latente, faz dela uma seita herética, e, portanto, como disse, animada por um princípio contrário ao dogma estabelecido por Jesus Cristo na constituição de Sua Igreja.

Todavia, a TFP teve um início saudável. Existiu uma certa evolução no apostolado feito pelo jornal quinzenal da Congregação Mariana de Santa Cecília intitulado O Legionário.

Como um movimento sério e bem intencionado, procurava reforçar a formação intelectual e religiosa dos membros da Congregação e, consequentemente, dos leitores quinzenais. Era influente por todo o Brasil. Essa foi a era de [sua] obediência aos Monsenhores Duarte e Leme. Eu acompanhei e aprovei seu apostolado, também quando começou a perder-se no espírito anti-clerical, que iniciou por consolidar suas posições e então revertê-las, colocando o clero em reboque atrás de um leigo carismático com o monopólio da ortodoxia. Talvez eu dei-lhes apoio além de um ponto lícito. Eu o retirei apenas quando se tornou claro que minhas advertências não estavam sendo levadas em consideração. Elas se tornaram inúteis.

É certo observar que os enganos de certos membros da hierarquia… explicam o escândalo dos “TFPistas”, mas isso não justifica as posições que vieram a tomar. Ainda menos as de seu líder, Plínio.

Neste caso, como disse no início desta carta, o remédio é rezar. Primeiro, porque sem oração nada é obtido: “Pedi”, diz Nosso Senhor, “e recebereis”. É necessário rezar, porque o fervor carismático produz um certo fanatismo: indivíduos se tornam incapazes de ver a realidade objetiva, de perceber até mesmo erros fundamentais, por causa dessa inversão de seguir um leigo em vez dos legítimos Pastores da Santa Igreja.

Ainda mais quando, como observei, membros da hierarquia infelizmente e freqüentemente expressam palavras e tomam posições que qualquer católico pode ver como dissonante da doutrina e do governo da Igreja de todos os tempos…

Eu peço a Nosso Senhor que ele lhe dê, e a toda sua família, um santo e feliz Natal e muitos anos plenos da graça de Deus.

Peço que reze por mim, servo em Cristo Jesus.

Antônio de Castro Mayer, Bispo Emérito de Campos.

FONTE: http://fratresinunum.com/2008/10/13/carta-de-dom-antonio-de-castro-mayer-sobre-a-tfp/

Durante muitos anos, Dom Antônio apoiou a Sociedade Brasileira de defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), naquilo que este movimento refletia a doutrina católica: a luta contra o comunismo, a reforma agrária socialista e confiscatória, o divórcio, etc… Mas, no momento em que ele percebeu os desvios deste movimento, ele soube, com toda a firmeza, romper com ele e negar o seu apoio, deixando assim para a posteridade o grande exemplo de que não devemos ser seguidores incondicionais de pessoa alguma, a não ser de Nosso Senhor, e que por fidelidade à verdade de Nosso Senhor deve-se ter a coragem de abandonar tudo o mais, ainda que seja uma amizade de mais de quarenta anos. O que importa é ser fiel à Santa Igreja e à sua doutrina.

Pe. Fernando Rifan

FONTE: http://www.fsspx.com.br/exe2/uma-vida-a-servico-da-igreja-dom-antonio-de-castro-mayer-homenagem-pelos-60-anos-de-sacerdocio/

sábado, 11 de outubro de 2014

Socialismo é anticristão.


1949 - Fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e, sobretudo, os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio facto, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica: o comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo. (Pio XII, decreto do Santo Ofício, 1949).

LEMBRE-SE DISSO NAS ELEIÇÕES!

2014 – Mascarados, ou não, de Teologia da Libertação ou de pruridos ecológicos...

Votar em Dilma (PT) ou em Marina (PSB) equivale a dar um voto de aprovação ao comunismo ou ao socialismo. Seria trair as promessas do nosso Batismo.

Compete, pois, sufragar (escolher pelo voto) o candidato que não pertence a nenhuma dessas duas agremiações partidárias.

.
*** *** ***

O CATÓLICO E A VOTAÇÃO EM PARTIDOS COMUNISTAS OU PRÓ-COMUNISTAS

*** *** ***

LEMBRE-SE DISSO NAS ELEIÇÕES!

Pio XII diz o motivo:

"Foi perguntado à Suprema Sagrada Congregação:

1. Se é permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?

2. Se é lícito publicar, divulgar ou ler livros, revistas, jornais ou tratados que sustentam a doutrina e a ação dos comunistas, ou escrever neles?

3. Se fiéis cristãos que consciente e livremente fizeram o que está em 1 e 2, podem ser admitidos aos sacramentos?

4. Se fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e sobretudo os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio facto, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica?

Os Eminentíssimos e Reverendíssimos Padres, responsáveis pela proteção da fé e da moral, tiveram o voto dos Consultores, na reunião plenária de 28 de junho de 1949, e responderam decretando:

Quanto a 1.: Não; o comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo.

Quanto a 2. Não, pois são proibidos pelo próprio direito (cf, CIC, cân. 1399);

Quanto a 3.: Não, segundo os princípios ordinários determinando a recusa dos sacramentos àquele que não tem a disposição requerida.

Quanto a 4.: Sim.

No dia 30 do mesmo mês e ano, o Papa Pio XII, na audiência habitual ao assessor do Santo Ofício, aprovou a decisão dos Padres e ordenou a sua promulgação no comentário oficial da Acta ApostolicaeSedis. De Roma, dia 1 de Julho de 1949".

VEJA TAMBÉM:
http://www.vatican.va/…/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novaru…
http://www.vatican.va/…/hf_p-xi_enc_19370319_divini-redempt…
http://www.institutosapientia.com.br/site/index.php…

*** *** ***
Em face disso, pergunta-se: é possível um socialismo cristão?
O Papa Pio XI já respondeu a esta questão na Encíclica QuadragesimoAnno: "Se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se, contudo numa concepção da sociedade humana diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica.Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista".

E se o socialismo for muito moderado? Mesmo neste caso continua incompatível com o Catolicismo.
Pio XI é explícito também neste ponto. Ouçamo-lo: "E, se o socialismo estiver tão moderado no tocante à luta de classes e à propriedade privada, que não mereça nisto a mínima censura? Terá por isto renunciado à sua natureza essencialmente anticristã? Eis uma dúvida que a muitos traz suspensos. Muitíssimos católicos, convencidos de que os princípios cristãos não podem abandonar-se nem jamais obliterar-se, volvem os olhos para esta Santa Sé e suplicam incessantemente que definamos se este socialismo repudiou de tal maneira as suas falsas doutrinas, que já se possa abraçar e quase baptizar, sem prejuízo de nenhum princípio cristão.

Para lhes respondermos, como pede a Nossa paterna solicitude, declaramos: o socialismo, quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como ‘acção’, se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica, pois concebe a sociedade de um modo completamente avesso à verdade cristã". (Encíclica QuadragesimoAnno).

Realmente, Deus estabeleceu uma ordem natural, que não é lícito ao homem violar, e a esta ordem pertencem dois pontos que todo o socialismo viola. São os seguintes:

a) O papel subsidiário do Estado. O Estado não existe para absorver ou substituir os indivíduos, as famílias e as associações, mas para realizar as tarefas que estes elementos não podem realizar por si mesmos. Assim João XXIII, na Encíclica MateretMagistra: "Essa acção do Estado, que protege, estimula, coordena, supre e complementa, apoia-se no ‘princípio de subsidiariedade’ (A. A. S., XXIII, 1931, p. 203), assim formulado por Pio XI na Encíclica QuadragesimoAnno: "Permanece, contudo, firme e constante na filosofia social aquele importantíssimo princípio que é inamovível e imutável: assim como não é lícito subtrair aos indivíduos o que eles podem realizar com as próprias forças e indústria para confiá-lo à colectividade, do mesmo modo passar para uma sociedade maior e mais elevada o que sociedades menores e inferiores poderiam conseguir, é uma injustiça ao mesmo tempo que um grave dano e perturbação da boa ordem. O fim natural da sociedade e da sua acção é coadjuvar os seus membros e não destruí-los nem absorvê-los" (ibid., p. 203) (apud "Catolicismo", n.° 129, de Setembro de 1961).

b) O indivíduo, as famílias, as associações têm direito de possuir bens de raiz, bens móveis e bens produtivos. O Estado não pode açambarcar estes bens para si. Os homens têm o direito e o dever de proverem às suas necessidades, e o Estado não pode arvorar-se em Providência e suprimir este direito ou substituir-se a este dever.

Por isto tudo, o socialismo é condenado pelo direito natural, e não pode haver socialismo cristão.

Objeção: A Igreja primitiva foi comunista? As ordens religiosas são comunistas?

Nem a Igreja primitiva praticou, nem as Ordens Religiosas jamais praticaram o comunismo.

Com efeito, o essencial do comunismo é a negação do direito de propriedade.

Ora, examinemos sob este aspecto a Igreja primitiva. Levadas da vontade de seguir de perto o exemplo do Divino Mestre e realizar os conselhos evangélicos, várias famílias cristãs de Jerusalém resolveram viver no voto de pobreza. Para isto venderam tudo o que tinham e entregaram o dinheiro aos Apóstolos para que com ele fosse mantida a comunidade. Note-se bem: os indivíduos desta comunidade renunciavam aos seus bens porque queriam. Quem não quisesse viver na pobreza, não precisava.

Assim disse São Pedro a Ananias: "Conservando o campo, ele não permanecia teu? E vendendo-o, não dependeria de ti o que farias com o dinheiro?" (At. 5, 4).

A Igreja permitia que os que quisessem viver sem possuir nada pessoalmente, o fizessem. Mas, de um lado, isto era livre; de outro, o imóvel ou o dinheiro apurado passava a ser propriedade da comunidade. Ficava, pois, de pé o direito de propriedade da comunidade; não era negado nem transferido ao Estado.

Para desiludir os comunistas utópicos, devemos dizer que a primeira tentativa de realizar o ideal da pobreza não foi bem sucedida. Consumidos os capitais apurados na venda dos imóveis, criou-se em Jerusalém uma situação difícil, e foi preciso as outras comunidades cristãs enviar periodicamente esmolas para Jerusalém a fim de sustentarem os irmãos que tinham renunciado aos seus bens. Verificou-se que o voto de pobreza só é possível juntamente com o voto de castidade, e que o estado de pobreza evangélica não é possível quando há família: marido, mulher e filhos. Para pessoas casadas o caminho da santidade está no trabalho e na recta administração das riquezas temporais.

Mais tarde, a Igreja retomou a experiência: primeiro com indivíduos isolados, os anacoretas; depois com pequenas comunidades de eremitas, os cenobitas. Só quando raiou a liberdade para o Cristianismo é que dois grandes Santos organizaram a vida de pobreza evangélica aliada à obediência e à castidade: no Oriente, São Basílio; no Ocidente, São Bento. Mas, se o monge renuncia a toda a propriedade pessoal, o mosteiro passa a ser o proprietário. Verifica-se o que se dá muitas vezes na família: se os indivíduos não são donos, a família é a proprietária.

Vejamos agora o valor que tem a afirmação de que as Ordens Religiosas são comunistas ou socialistas.

Ninguém afirmará que as doutrinas filosóficas, sociológicas, teológicas do comunismo se encontram realizadas nas Ordens Religiosas. Tal afirmação é tão absurda, que ninguém a tomaria a sério. Restaria então o tipo de vida econômica das Ordens Religiosas. Perguntamos: o tipo de vida econômica que o comunismo pretende implantar é aquele que as Ordens Religiosas realizam há tantos séculos? Para respondermos com clareza a este absurdo, que, no entanto, se repete com enfadonha monotonia, vamos analisar um pouco mais de perto o tipo de vida económica das Ordens Mendicantes. É sabido que, dentre as comunidades religiosas, são as que realizam o ideal de pobreza evangélica de modo maiscompleto. Verificado que nelas não há sombra do tipo econômico comunista, fica provado que as outras Ordens e Congregações, em que o tipo de pobreza é mais suave, a fortiori não podem ser tachadas de comunistas.

Nas Ordens Mendicantes mais rigorosas, não só os Religiosos individualmente nada possuem de próprio, mas, nem mesmo a Ordem, as Províncias ou conventos são os titulares das propriedades. Em vez deles, a Santa Sé ou a Diocese são os proprietários formais. A administração dos bens destinados à Ordem, à Província ou ao convento, é realizada por pessoas nomeadas pela Santa Sé ou pela Diocese. Mas, se a propriedade não é nominalmente da Ordem, etc., os frutos do patrimônio que existirem, ou as esmolas dadas pelos fiéis, aplicam-se formalmente à manutenção daquele convento e daquela comunidade, para que são destinados. Assim, os Religiosos não têm os ônus da propriedade e da sua administração, caridosamente suportados pela Autoridade Eclesiástica, mas têm as rendas necessárias para conseguirem manter-se. É a realização da pobreza de Cristo e da fé na Providência. É o "nihilhabentes, etomnia possidentes" de São Paulo (2 Cor. 6, 10 ) . Assim, as Ordens Mendicantes são a mais formal refutação do comunismo. Assim se explica:

a) A renúncia às propriedades é uma afirmação clara da existência do direito de propriedade, pois ninguém renuncia seriamente ao que não existe.

b) Cada comunidade e cada Religioso tem o direito de viver dos frutos do patrimônio e das esmolas que tocam ao convento, e que são administradas pela Autoridade Eclesiástica em favor da comunidade, e não arbitrariamente.

c) O Religioso renuncia ao direito de propriedade voluntariamente. O comunismo nega este direito e confisca as propriedades violentamente.

d) O Religioso abraça a pobreza voluntária para melhor seguir Nosso Senhor Jesus Cristo e santificar melhor a sua alma, na esperança da vida eterna. O comunismo diz que destrói a propriedade particular para proporcionar a todos os homens a maior soma de prazeres nesta terra, uma vez que não existe a vida eterna.

e) Na realidade, a pobreza voluntária dos Religiosos leva-os à maior liberdade no serviço de Deus. O comunismo, prometendo a maior soma de prazeres, realmente tem por fim escravizar os homens, e depois, por meio da fome, obrigá-los à total apostasia de Deus.

f) A pobreza voluntária das Ordens Religiosas serve a Deus. O comunismo serve a Satanás.

Concluindo, devemos, pois, dizer que a afirmação de que as Ordens Religiosas realizam o tipo econômico do comunismo é uma verdadeira blasfêmia.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Quem o demônio mais odeia na Igreja?

E quem nos ajuda a entender um pouco mais sobre esta pergunta é Padre José Fortea, Exorcista espanhol.

“A Igreja conta entre os seus membros com Cardeais, Bispos, Pastores de todos os tipos, teólogos, pessoas que trabalham com a Caridade, Missionários etc…Mas o que o demônio odeia mesmo é o ASCETICISMO. Isso nós podemos dizer com segurança, porque ninguém é tentado tanto quanto aquele que é dedicado à ascese. Caso aquele que realize uma função eclesial ou um ministério, leve nisso os anos que for, se decide começar uma vida mais ascética, comprovará que as tentações se multiplicam por cem. Isso se deve ao fato de que o Maligno sabe muito bem que a ascese é uma força poderosíssima, é a força da Cruz, e a força da Cruz quebra a influência dele no mundo.Alguém poderia dizer que o demônio mais deveria temer é o amor e, portanto, o que mais ele deveria odiar seriam as obras de caridade. Mas ele sabe que àquele que inicia o caminho de ascese, se perseverar, Deus concederá o dom da caridade em grau supremo. Entretanto, aquele que se dedica exclusivamente a realizar as obras de caridade pode nunca chegar a uma vida ascética.

Há pessoas que têm dedicado sua vida inteira às obras de caridade, e, contudo, abrigam muitos defeitos em sua alma. Alguém pode dedicar – se a ajudar os pobres e os enfermos, por exemplo, entretanto fazê – lo com murmurações, críticas, desobediência, etc. Porém, se o asceta perseverar na purificação gradual de sua alma, obterá todos os dons. Por isso o demônio odeia o asceta com maior intensidade que a hierarquia eclesiástica ou mesmo aos exorcistas. O exorcista expulsa um, dois, uma dúzia de demonios… O asceta quebra de um modo muito mais poderoso a influência demoníaca neste mundo, simplesmente por ostentar sobre seu corpo e seu espírito a paixão cotidiana de sua vida crucificada.”

Fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/blog/espiritualidade/quem-o-demonio-mais-odeia-dentro-da-igreja/#.VDUQfWddXYg

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Socialismo é anticristão!

1949 - Fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e, sobretudo, os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio facto, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica: o comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo. (Pio XII, decreto do Santo Ofício, 1949).

LEMBRE-SE DISSO NAS ELEIÇÕES!

2014 – Mascarados, ou não, de Teologia da Libertação ou de pruridos ecológicos...

Votar em Dilma (PT) ou em Marina (PSB) equivale a dar um voto de aprovação ao comunismo ou ao socialismo. Seria trair as promessas do nosso Batismo.

Compete, pois, sufragar (escolher pelo voto) o candidato que não pertence a nenhuma dessas duas agremiações partidárias.

.
*** *** ***

O CATÓLICO E A VOTAÇÃO EM PARTIDOS COMUNISTAS OU PRÓ-COMUNISTAS

*** *** ***

LEMBRE-SE DISSO NAS ELEIÇÕES!

Pio XII diz o motivo:

"Foi perguntado à Suprema Sagrada Congregação:

1. Se é permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?

2. Se é lícito publicar, divulgar ou ler livros, revistas, jornais ou tratados que sustentam a doutrina e a ação dos comunistas, ou escrever neles?

3. Se fiéis cristãos que consciente e livremente fizeram o que está em 1 e 2, podem ser admitidos aos sacramentos?

4. Se fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e sobretudo os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio facto, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica?

Os Eminentíssimos e Reverendíssimos Padres, responsáveis pela proteção da fé e da moral, tiveram o voto dos Consultores, na reunião plenária de 28 de junho de 1949, e responderam decretando:

Quanto a 1.: Não; o comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo.

Quanto a 2. Não, pois são proibidos pelo próprio direito (cf, CIC, cân. 1399);

Quanto a 3.: Não, segundo os princípios ordinários determinando a recusa dos sacramentos àquele que não tem a disposição requerida.

Quanto a 4.: Sim.

No dia 30 do mesmo mês e ano, o Papa Pio XII, na audiência habitual ao assessor do Santo Ofício, aprovou a decisão dos Padres e ordenou a sua promulgação no comentário oficial da Acta ApostolicaeSedis. De Roma, dia 1 de Julho de 1949".

VEJA TAMBÉM:
http://www.vatican.va/…/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novaru…
http://www.vatican.va/…/hf_p-xi_enc_19370319_divini-redempt…
http://www.institutosapientia.com.br/site/index.php…

*** *** ***
Em face disso, pergunta-se: é possível um socialismo cristão?
O Papa Pio XI já respondeu a esta questão na Encíclica QuadragesimoAnno: "Se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se, contudo numa concepção da sociedade humana diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica.Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista".

E se o socialismo for muito moderado? Mesmo neste caso continua incompatível com o Catolicismo.
Pio XI é explícito também neste ponto. Ouçamo-lo: "E, se o socialismo estiver tão moderado no tocante à luta de classes e à propriedade privada, que não mereça nisto a mínima censura? Terá por isto renunciado à sua natureza essencialmente anticristã? Eis uma dúvida que a muitos traz suspensos. Muitíssimos católicos, convencidos de que os princípios cristãos não podem abandonar-se nem jamais obliterar-se, volvem os olhos para esta Santa Sé e suplicam incessantemente que definamos se este socialismo repudiou de tal maneira as suas falsas doutrinas, que já se possa abraçar e quase baptizar, sem prejuízo de nenhum princípio cristão.

Para lhes respondermos, como pede a Nossa paterna solicitude, declaramos: o socialismo, quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como ‘acção’, se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica, pois concebe a sociedade de um modo completamente avesso à verdade cristã". (Encíclica QuadragesimoAnno).

Realmente, Deus estabeleceu uma ordem natural, que não é lícito ao homem violar, e a esta ordem pertencem dois pontos que todo o socialismo viola. São os seguintes:

a) O papel subsidiário do Estado. O Estado não existe para absorver ou substituir os indivíduos, as famílias e as associações, mas para realizar as tarefas que estes elementos não podem realizar por si mesmos. Assim João XXIII, na Encíclica MateretMagistra: "Essa acção do Estado, que protege, estimula, coordena, supre e complementa, apoia-se no ‘princípio de subsidiariedade’ (A. A. S., XXIII, 1931, p. 203), assim formulado por Pio XI na Encíclica QuadragesimoAnno: "Permanece, contudo, firme e constante na filosofia social aquele importantíssimo princípio que é inamovível e imutável: assim como não é lícito subtrair aos indivíduos o que eles podem realizar com as próprias forças e indústria para confiá-lo à colectividade, do mesmo modo passar para uma sociedade maior e mais elevada o que sociedades menores e inferiores poderiam conseguir, é uma injustiça ao mesmo tempo que um grave dano e perturbação da boa ordem. O fim natural da sociedade e da sua acção é coadjuvar os seus membros e não destruí-los nem absorvê-los" (ibid., p. 203) (apud "Catolicismo", n.° 129, de Setembro de 1961).

b) O indivíduo, as famílias, as associações têm direito de possuir bens de raiz, bens móveis e bens produtivos. O Estado não pode açambarcar estes bens para si. Os homens têm o direito e o dever de proverem às suas necessidades, e o Estado não pode arvorar-se em Providência e suprimir este direito ou substituir-se a este dever.

Por isto tudo, o socialismo é condenado pelo direito natural, e não pode haver socialismo cristão.

Objeção: A Igreja primitiva foi comunista? As ordens religiosas são comunistas?

Nem a Igreja primitiva praticou, nem as Ordens Religiosas jamais praticaram o comunismo.

Com efeito, o essencial do comunismo é a negação do direito de propriedade.

Ora, examinemos sob este aspecto a Igreja primitiva. Levadas da vontade de seguir de perto o exemplo do Divino Mestre e realizar os conselhos evangélicos, várias famílias cristãs de Jerusalém resolveram viver no voto de pobreza. Para isto venderam tudo o que tinham e entregaram o dinheiro aos Apóstolos para que com ele fosse mantida a comunidade. Note-se bem: os indivíduos desta comunidade renunciavam aos seus bens porque queriam. Quem não quisesse viver na pobreza, não precisava.

Assim disse São Pedro a Ananias: "Conservando o campo, ele não permanecia teu? E vendendo-o, não dependeria de ti o que farias com o dinheiro?" (At. 5, 4).

A Igreja permitia que os que quisessem viver sem possuir nada pessoalmente, o fizessem. Mas, de um lado, isto era livre; de outro, o imóvel ou o dinheiro apurado passava a ser propriedade da comunidade. Ficava, pois, de pé o direito de propriedade da comunidade; não era negado nem transferido ao Estado.

Para desiludir os comunistas utópicos, devemos dizer que a primeira tentativa de realizar o ideal da pobreza não foi bem sucedida. Consumidos os capitais apurados na venda dos imóveis, criou-se em Jerusalém uma situação difícil, e foi preciso as outras comunidades cristãs enviar periodicamente esmolas para Jerusalém a fim de sustentarem os irmãos que tinham renunciado aos seus bens. Verificou-se que o voto de pobreza só é possível juntamente com o voto de castidade, e que o estado de pobreza evangélica não é possível quando há família: marido, mulher e filhos. Para pessoas casadas o caminho da santidade está no trabalho e na recta administração das riquezas temporais.

Mais tarde, a Igreja retomou a experiência: primeiro com indivíduos isolados, os anacoretas; depois com pequenas comunidades de eremitas, os cenobitas. Só quando raiou a liberdade para o Cristianismo é que dois grandes Santos organizaram a vida de pobreza evangélica aliada à obediência e à castidade: no Oriente, São Basílio; no Ocidente, São Bento. Mas, se o monge renuncia a toda a propriedade pessoal, o mosteiro passa a ser o proprietário. Verifica-se o que se dá muitas vezes na família: se os indivíduos não são donos, a família é a proprietária.

Vejamos agora o valor que tem a afirmação de que as Ordens Religiosas são comunistas ou socialistas.

Ninguém afirmará que as doutrinas filosóficas, sociológicas, teológicas do comunismo se encontram realizadas nas Ordens Religiosas. Tal afirmação é tão absurda, que ninguém a tomaria a sério. Restaria então o tipo de vida econômica das Ordens Religiosas. Perguntamos: o tipo de vida econômica que o comunismo pretende implantar é aquele que as Ordens Religiosas realizam há tantos séculos? Para respondermos com clareza a este absurdo, que, no entanto, se repete com enfadonha monotonia, vamos analisar um pouco mais de perto o tipo de vida económica das Ordens Mendicantes. É sabido que, dentre as comunidades religiosas, são as que realizam o ideal de pobreza evangélica de modo maiscompleto. Verificado que nelas não há sombra do tipo econômico comunista, fica provado que as outras Ordens e Congregações, em que o tipo de pobreza é mais suave, a fortiori não podem ser tachadas de comunistas.

Nas Ordens Mendicantes mais rigorosas, não só os Religiosos individualmente nada possuem de próprio, mas, nem mesmo a Ordem, as Províncias ou conventos são os titulares das propriedades. Em vez deles, a Santa Sé ou a Diocese são os proprietários formais. A administração dos bens destinados à Ordem, à Província ou ao convento, é realizada por pessoas nomeadas pela Santa Sé ou pela Diocese. Mas, se a propriedade não é nominalmente da Ordem, etc., os frutos do patrimônio que existirem, ou as esmolas dadas pelos fiéis, aplicam-se formalmente à manutenção daquele convento e daquela comunidade, para que são destinados. Assim, os Religiosos não têm os ônus da propriedade e da sua administração, caridosamente suportados pela Autoridade Eclesiástica, mas têm as rendas necessárias para conseguirem manter-se. É a realização da pobreza de Cristo e da fé na Providência. É o "nihilhabentes, etomnia possidentes" de São Paulo (2 Cor. 6, 10 ) . Assim, as Ordens Mendicantes são a mais formal refutação do comunismo. Assim se explica:

a) A renúncia às propriedades é uma afirmação clara da existência do direito de propriedade, pois ninguém renuncia seriamente ao que não existe.

b) Cada comunidade e cada Religioso tem o direito de viver dos frutos do patrimônio e das esmolas que tocam ao convento, e que são administradas pela Autoridade Eclesiástica em favor da comunidade, e não arbitrariamente.

c) O Religioso renuncia ao direito de propriedade voluntariamente. O comunismo nega este direito e confisca as propriedades violentamente.

d) O Religioso abraça a pobreza voluntária para melhor seguir Nosso Senhor Jesus Cristo e santificar melhor a sua alma, na esperança da vida eterna. O comunismo diz que destrói a propriedade particular para proporcionar a todos os homens a maior soma de prazeres nesta terra, uma vez que não existe a vida eterna.

e) Na realidade, a pobreza voluntária dos Religiosos leva-os à maior liberdade no serviço de Deus. O comunismo, prometendo a maior soma de prazeres, realmente tem por fim escravizar os homens, e depois, por meio da fome, obrigá-los à total apostasia de Deus.

f) A pobreza voluntária das Ordens Religiosas serve a Deus. O comunismo serve a Satanás.

Concluindo, devemos, pois, dizer que a afirmação de que as Ordens Religiosas realizam o tipo econômico do comunismo é uma verdadeira blasfêmia.

domingo, 5 de outubro de 2014

A Bíblia contra o Protestantismo - parte 5.

4. A COMUNHÃO

ACUSAÇÃO : Por que os católicos comungam somente sob as espécies do Pão, e os protestantes sob espécie de Pão e Vinho, como Jesus fez na última ceia ?

RESPOSTA: A diferença entre católicos e protestantes é essencial e bem, maior do que parece :

A ) - Os protestantes desligaram-se da sucessão dos Apóstolos, por isso seus pastores não recebem o sacramento da ordenação e não têm nenhum poder espiritual a mais do que seus fiéis. Portanto, eles "presidem" a penas "a ceia", como memória - recordação da ÚLTIMA CEIA de Jesus. E nela comem simples pão e bebem vinho, acreditando que, por esta piedosa recordação, Cristo lhes comunica sua graça e o seu amor.

B ) - Os sacerdotes Católicos recebem no Sacramento da Ordem, o sacerdócio ministerial, (realmente distinto do sacerdócio comum dos fiéis, recebido no batismo), pelo qual realizam na Santa Missa o duplo efeito: 1o. - celebram a última Ceia de Jesus ; 2o. (Dentro desta comemoração fazem o que Jesus fez nela antecipadamente) : tornam , presente ( aqui e agora ) o sacrifício de Jesus na Cruz, consumado pela separação do sangue esgotejado do corpo, simbolizado pela consagração separada de pão e vinho. É isto que Jesus ordenou aos Apóstolos e seus legítimos sucessores no sacerdócio, com as palavras: "Fazei isto em memória de Mim ! ". (Lc 22,19).

Este sacrifício de Jesus na cruz, perpetuado em cada Santa Missa (que falta aos protestantes) - sendo a principal fonte de todas as graças - é de máxima importância. Por isso todos os católicos têm a grave obrigação, pelo 1o. mandamento da Lei da Igreja, de participar da Missa inteira nos Domingos e festas de guarda ( quando há possibilidade ).

C ) - As provas bíblicas sobre a real presença de Jesus na Eucaristia são as seguintes:

a ) Os Evangelhos foram escritos na língua grega, de alta cultura, em que existe muitas expressões para os verbos "simbolizar, significar, representar, lembrar, etc." No entanto, os três Evangelistas e S.Paulo, ao descreverem a Última Ceia de Jesus, usam exclusivamente a palavra " é " : "Isto é o meu Corpo; este é o cálice do meu sangue". ( Mt 26,26s; Mc 14,22s; Lc 22,19s; I Cor 11,23s).

b ) Jesus falava ao povo simples, com palavras claras e compreensíveis. Quando usava comparações, p.ex. : "Vós sois o sal da terra; vós sois a luz do mundo"; - ninguém reclamava, e não esperava os Apóstolos transformados em imagens de sal ou luz. Quando porém, Jesus lhes disse: "Este é o pão que desceu que desceu do céu, se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu vos darei é minha carne ( imolada ) pela vida do mundo". ( Jo 6,50-51 ) - então os judeus o entendem verbalmente e reclamam dizendo: "Como pode Ele dar-nos a comer sua carne ? " E Jesus reafirma : "Em verdade, em verdade Eu vos digo: se não comerdes carne do filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós... pois a minha carne é um verdadeiro alimento e o meu sangue é uma verdadeira bebida. Quem come deste pão viverá eternamente"; (Jo 6,52-58). Até muitos discípulos seus o entenderam assim verbalmente, e por isso murmuraram e se retiraram dizendo: "É dura tal linguagem; quem pode escutá-la ? ( Jo 6,60-66 ). Mas Jesus não se retrata, para os recuperar. Pelo contrário, pergunta aos doze Apóstolos: "Também vós quereis partir ?" E então Simão Pedro dá a bela resposta da fé, em nome dos Apóstolos e de todos os fiéis católicos: "Para quem iremos nós, Senhor ? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus". ( Jo 6,67-71). Porém somente na Última Ceia foi lhes revelada a maneira de alimentar-se com o Corpo e o Sangue de Jesus, velado sob espécies de pão e vinho
consagrados.

c ) Outra prova bíblica sobre a verdadeira presença de Jesus na Eucaristia, são as admoestações de S. Paulo aos Coríntios: "E por isso, todo aquele que comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, tornar-se culpado do corpo e do sangue do Senhor... Pois quem come e bebe sem fazer distinção de tal corpo, come e bebe a própria condenação". ( I Cor 11,27-29 ).

d ) A Comunhão sob uma ou duas espécies não constitui essencial diferença já que em cada pedacinho de pão e em cada gota de vinho consagrado recebemos Jesus inteiro, vivo e ressuscitado; como consta claramente de suas palavras ( Jo 6,51-56): "Eu sou o pão vivo que desceu do céu... e o pão que hei de dar é a minha carne... Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em Mim e Eu nele". Claro, não é um pouquinho de carne ou sangue que recebemos na santa Comunhão, mas o "EU" de Jesus: a Pessoa do Filho de Deus Encarnado - nosso Salvador.

Por isso os primeiros cristãos costumavam levar aos encarcerados pela fé, somente o pão consagrado; e os doentes que não conseguem engolir um pedacinho da hóstia consagrada, a Igreja recomenda administrar algumas gotas do vinho consagrado. E em grupos, menores e bem preparados, pode-se administrar a Santa Comunhão sob duas espécies. O que mais importa é a viva fé, humildade diante deste Santíssimo Sacramento do Amor ! Daí, o 3o. Mandamento da Lei da Igreja nos obriga: Comungar ao menos uma vez por ano, pela Páscoa da Ressurreição; e recomenda fazê-lo em cada santa missa !

Que pena que pela falta de fé no poder e no amor infinito de Jesus, tantos "crentes" se afastam desta "árvore da vida", presente entre nós até ao fim do mundo, - na Eucaristia; apesar de suas palavras claras: "Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós" ( Jo 6,53).
voltar ao índice

5 . CASAMENTO - SACRAMENTO INDISSOLÚVEL ?

ACUSAÇÃO : Por que a Igreja católica proclama o matrimônio como sacramento indissolúvel ? Os outros crentes adotam simplesmente a lei civil sobre o casamento e o divórcio. Qual é o ensinamento da Bíblia ?

RESPOSTA : a) A Bíblia não deixa nenhuma dúvida a respeito da indissolubilidade do matrimônio, como consta de Mt 19,3-9. Nesta disputa com os fariseus, acostumados a repudiar facilmente as sua mulheres, Jesus lhes responde : "Não leste que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e disse: - Por isso deixa o homem pai e mãe e une-se com sua mulher e os dois formam uma só carne ?... Não separe, pois, o homem o que Deus uniu". - Acrescentaram eles: - "Então, por que Moisés mandou dar-lhes libero de repúdio e despedi-la ? Respondeu-lhes Jesus : - "Por causa da dureza do vosso coração, permitiu-vos Moisés repudiar as vossas mulheres, mas no princípio não era assim". - E agora, com a autoridade do divino Legislador, Jesus restabelece a ordem primitiva, declarando : "Ora, Eu vos digo : - Todo o que despedir a própria mulher, salvo de concubinato, ( e não adultério, como traduzia-se erradamente), e casar-se com outra, comete adultério; e quem casar-se com uma repudiada, comete adultério".

Em I Cor 7,10-11 S. Paulo reafirma a indissolubilidade do matrimônio, escrevendo : "Aos casados mando ( não eu, mas o Senhor ) Que a mulher não se separe do marido. E se ela estiver separada, que fique sem casar, ou se reconcilie com seu marido. Igualmente o marido não repudie sua mulher". Portanto, segundo as expressas declarações da Bíblia, não há mais lugar para o divórcio e novo casamento, entre os cristãos casados.

b ) Sacramento. Na carta aos Efésios ( Ef 5,25-33 ), S. Paulo recomenda aos maridos amarem suas esposas, "como Cristo amou sua Igreja e se entregou a si mesmo por ela, a fim de a santificar... para que seja santa e irrepreensível", - e acrescenta : - "Esse mistério ( = sacramento ) é grande, quero dizer, com referência a Cristo e a Igreja ".

Por esse mistério ( sacramento ) o contrato natural do matrimônio, e a convivência cotidiana do casal cristão, representando e encarnando o amor fecundado de Cristo à sua Igreja, é elevado a uma nova dignidade e realidade transcendental, ou ao plano sacramental.

É verdade que nos primeiros séculos, nos tempos da perseguição, o sacramento do matrimônio não tinha ainda fórmulas prescritas, e era contraído no ambiente familiar ; mas a Igreja Católica nunca o entregou às autoridades civis do Estado, ( como fazem muitos "crentes"), e depois prescreveu em pormenores as exigências para sua válida celebração na Igreja.

c ) Mesmo que a Igreja Católica nunca aprove o divórcio, em alguns casos o Tribunal Eclesiástico do Matrimônio pode declarar a nulidade dum "matrimônio", quando depois de séria investigação fica provado que, na celebração de tal "casamento" na igreja, faltaram condições essenciais para sua validade, exigidas pela lei da Igreja, ( idade, liberdade, etc. ). Isso não é concessão do divórcio, mas apenas uma declaração de que - apesar da cerimônia religiosa, - o tal "matrimônio" não era validamente contraído, isto é, nunca se realizou.

d ) Para todos os casados vale a exortação bíblica da carta aos Hebreus : " Seja por todos honrado o matrimônio, e o leito conjugal sem mácula ; porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros" ( Hb 13,4 ).

sábado, 4 de outubro de 2014

Marxismo Cultural ao alcance de todos.

Introdução ao Marxismo Cultural
Por Jason Sutherland - FONTE: http://omarxismocultural.blogspot.com.br/

Há já algum tempo que eu queria escrever um artigo sobre o Marxismo Cultural, mas tentar limitar o alcance do meu artigo ou cobrir todas as ideias distintas tem sido um desafio. Já li o artigo na Wikipedia e ele fala na Escola de Frankfurt, mas não estou convencido de que ele é assim tão aprumado; eu acho até que isto está mais relacionado com a natureza humana do que com Karl Marx. Este será apenas o primeiro artigo que eu tenciono escrever sobre o Marxismo Cultural, mas gostaria de deixar este artigo disponível como uma introdução ao tópico, ou como algo do tipo "como detectar um Marxista Cultural", antes de começar a explorar os diferentes aspectos do Marxismo Cultural de uma forma mais profunda.

Socialismo, Comunismo e Marxismo


Os Marxistas são um grupo diverso; muitas pessoas podem afirmar que o que os une são as suas ideias de colectivismo. Eu discordo; o que os une é a ideia de que todas as relações humanas, que atravessam as áreas da etnia, da classe, da cultura, da religião, da política, da sexualidade e da vida pessoal, podem ser reduzidas para a dinâmica de dominação e submissão com um opressor e um oprimido. Ou seja, onde quer que haja uma distinção entre dois grupos, a sua relação será uma de "opressor versus oprimido", isto é, boas pessoas e más pessoas.

Para além disso, o grupo que está na mó de cima, ou que é visto como estando na mó de cima ("privilegiado"), é automaticamente a parte culpada. Qualquer pessoa que os Marxistas Culturais classifiquem de "privilegiado" é inimigo da sociedade. A única posição segura é criar a impressão de ser uma vítima indefesa.

Eu não acredito que Marx tenha inventado o Marxismo, mas sim que o mesmo faça parte da nossa programação igualitária primitiva e tribalista que foi muito bem usada pela nossa espécie durante os tempos nómadas. Ela manteve a maioria dos membros da tribo vivos através dum sistema de exploração dos trabalhadores mais eficazes, e desde logo providenciando uma vantagem de sobrevivência à espécie.

Os marxistas culturais não são diferentes dos revolucionários ou dos comunistas no propósito final que eles têm para todas as sociedades. Eles só diferem deles porque desejam avançar com a sua agenda usando tácticas não-violentas de causar a vergonha dentro da sociedade ["social shaming"] e o cultivo da culpa. Uma vez que isto é motivado por um instinto primitivo, duvido que a maior parte dos marxistas culturais esteja ciente do que faz, ou do porquê eles o fazerem, mas eles são pessoas cheias de boas intenções, apenas lhes faltando a perspectiva da forma como o seu comportamento está, na verdade, a impactar o mundo à sua volta, e como isso está a impactar a sua própria habilidade de terem vidas felizes e satisfatórias.

Uma pessoa independente e que tenha o que tem como consequência do esforço próprio, não pode ser um marxista cultural porque a sua independência retira dele todas os incentivos para que ele venha a depender de outras pessoas. Quanto mais dependente a pessoa for de outros, emocionalmente, socialmente ou materialmente, maiores serão as probabilidades dessa pessoa vir a ser marxista cultural.

Politicamente Correcto

A melhor definição de politicamente correcto que já ouvi é "colocar a responsabilidade da reacção do ouvinte sobre os ombros de quem fala". Por exemplo, se por acaso tu dizes algo que me deixa perturbado, então tu és culpado por me teres perturbado, e como tal, da próxima vez que fores a falar, toma cuidado com o que vais dizer como forma de não magoares os meus frágeis sentimentos e eu não me responsabilizar por te ter espancado. Esta é a mentalidade dum tirano, no entanto todos os dias nós andamos por ruas que estão cheias de pessoas que pensam assim.

Os marxistas culturais pensam desta forma porque eles dependem emocionalmente de outras pessoas.

Será fácil detectar os marxistas culturais quando se chega ao politicamente correcto porque eles ficam zangados sempre que tu dás uma opinião diferente da deles. Por exemplo, é um facto amplamente estabelecido que, nos EUA, os negros comentem mais crimes que os brancos. Não existe qualquer razão racional para alguém ficar ofendido com este facto, mas os marxistas culturais irão reagir de formas que vão desde tentar silenciar o teu discurso, ridicularização e até inventar directamente acusações de racismo.

Outro exemplo seria expressar uma opinião tal como, "Eu acredito que em média, os homens têm um limiar de dor mais elevado que as mulheres"; esta é uma opinião que eu já expressei abertamente e por uma vez a reacção foi, "nem te atrevas a dizer isso a uma mulher!"

No entanto, a pessoa com quem eu estava a falar era uma mulher, e ela pessoalmente não se importava com esta minha opinião; ela não concordava mas ela não sentia necessidade de fazer com que eu concordasse com ela, ou vice-versa; nós pudemos discordar de forma amigável.


Mas o facto dela ter que me avisar (para a minha própria protecção) para não expressar tal opinião, ressalva o poder do politicamente correcto e, consequentemente, do Marxismo Cultural. Embora uma menor proporção de pessoas seja marxista cultural, eles têm uma alargada e desproporcional influência na liberdade e no discurso na nossa sociedade através do seu uso da intimidação de pessoas até que elas se calem e não expressem publicamente as suas sinceras opiniões.

Quando foi a última vez que tu falaste com uma pessoa e disseste exactamente o que estava na tua mente antes de passares por um intenso processo de análise para saber se era seguro falar ou não? Agradece isso ao facto dos marxistas culturais monitorizarem todos os teus pensamentos.

Nacionalismo Negativo

Nacionalismo Negativo é a crença de que o teu país é corrupto, degenerado e indigno do teu amor e da tua lealdade. A título pessoal, posso dizer que este é um dos sinais mais repulsivos e alarmantes no Marxismo Cultural. O desprezo que muitas pessoas, especialmente estudantes universitários, têm pelo seu próprio país é uma situação extremamente perturbadora, particularmente se levarmos em conta que os graduados universitários irão preencher a larga maioria das posições de autoridade na nossa sociedade.

Quando eu falo de nacionalismo, ou do amor pelo próprio país, não estou a falar da obediência desmiolada ao governo ou a um líder nacional. O nacionalismo é o amor pelo país e, de facto, amar o próprio país envolve uma certa desconfiança,, suspeita, e até hostilidade para com os governos nacionais visto que é impossível confiar aos políticos o cuidado necessário do bem-estar de algo que tanto amamos.

O nacionalismo centra-se em dizer, "Eu exijo melhores líderes para o meu país. Eu exijo melhores motivos que justifiquem a nossa entrada numa guerra como forma de dar apoio à ganância corporativista, ou ideias altruístas vagas de civilizar os Povos 'selvagens'". O Nacionalismo é criar uma sociedade onde as pessoas olha umas pelas outras visto que partilham duma identidade comum e um conjunto de valores.

O nacionalismo é criar uma comunidade forte e unida. O nacionalismo não é o conformismo ou lealdade descuidada. De facto, um líder ou governo que exige lealdade descuidada por parte do seu país está a dar apoio a um crime contra a nação, crime que chamamos de "traição".

O nacionalismo negativo é uma forma de traição. No passado, se alguém dissesse "Tenho vergonha em ser Australiano!", nós chamaríamos a essa pessoa de traidora ou pelo menos ficaríamos com a suspeição de que ela estava disposta a cometer actos de traição. O que é muito revelador na pessoa que diz "Odeio o meu país", é que as razões que elas dão prendem-se com decisões feitas pelo governo. "Odeio o meu país por aquilo que o governo fez" é a mesma mentalidade perturbada de confundir o nacionalismo com a adoração do governo ou do estado. Se o governo tomasse decisões com as quais eles concordam, será que eles amariam o seu país então?

Quem é que estaria à vontade em confiar numa pessoa cujo "amor" pelo seu país é tão ténue? Seria mais lógica olhar para esta pessoa como um oportunista pronto a trair o país na primeira oportunidade que tivesse, e como forma de ganho próprio.

Para o marxista cultural, se o governo não age segundo a sua visão socialista ou comunista utópica, eles odeiam o seu país. É difícil pensar numa atitude mais traiçoeira ou desprezível que um concidadão pode ter. No entanto, aqui no Ocidente, nós já nos habituamos tanto ao facto dos marxistas culturais denegrirem a dignidade e a santidade das nossas nações que nós nem tentamos colocar em causa as suas palavras. Em vez disso, nós retiramo-nos para um lugar isolado, frio, solitário e assustador que é para onde vão as pessoas sem a unidade nacional que os fala sentir unidos, fortes, cuidados e protegidos.

Ateísmo Marxista


De forma a entendermos a diferença entre o Ateísmo racional pessoal e o ateísmo Marxista temos que entender que o Marxismo é uma religião. Tal como todas as outras religiões, o Marxismo tem um livro de vida completo. Para além disso, ele tem os seus textos sagrados (“Das Kapital” e “O Manifesto Comunista”), santos e profetas (Marx, Engels, Lenin, Trotsky, Mao, etc…) e até copia outras religiões tal como o Catolicismo. Eis aqui um exemplo da história Marxista e como eles se alinham com a história Católica e as suas profecias:

Catolicismo: No passado, nós estávamos com Deus num lugar chamado Jardim do Éden.

Comunismo: No passado, nós vivíamos felizes e satisfeitos em sociedade nómadas num estado chamado de comunismo primitivo.

Catolicismo: Cometemos pecado e consequentemente fomos expulsos do paraíso.

Comunismo: Inventamos a propriedade individual (o capital) e começamos a destruir a nossa felicidade e o nosso mundo.

Catolicismo: Entraremos num estado completo de pecado, onde irmão matará o irmão e a mães comerão os seus filhos.

Comunismo: Entraremos num estado de capitalismo completo, onde irmão matará o irmão e as mães comerão os seus filhos.

Catolicismo: Devido ao peso do pecado mundial entrar em colapso sobre si mesmo, o Senhor Jesus voltará.

Comunismo: O sistema de capitalismo global entrará em colapso devido ao peso da sua própria corrupção.

Catolicismo: Por fim, re-entraremos no reino de Deus e viveremos no paraíso até ao final da história.

Comunismo: Por fim, recriaremos uma sociedade comunista perfeita que irá durar até ao final da história.
(...)
A oposição do Marxismo Cultural às outras religiões existe pelos mesmos motivos que o Cristianismo e o islão estão em oposição a todas as outras religiões: eles são rivais na luta pelo domínio cultural.

Se a vida já não fosse suficientemente complicada, é importante ter em mente que nem todos os ateus são marxistas culturais; eu [Jason] sou totalmente contra o Marxismo Cultural e sou um ateu. Só porque se é um ateu, não significa que se é um marxista cultural, do mesmo modo que crer em deus(es) não significa que não se possa ser um marxista cultural. Não existem marxistas culturais puros, da mesma forma que não existem Cristãos puros.

O Marxismo Cultural está dissolvido na nossa cultura e se ele alguma ver atingir os seus objectivos, teremos os gulags e os campos de concentração necessários para purificar os marxistas culturais impuros do meio de nós. Mas nós ainda não chegamos a esse nível de consciencialização; tudo o que temos por enquanto é uma proliferação de sabotadores dentro das nossas sociedades. No entanto, se a actual tendência continuar, então a situação dos gulags e dos campos de concentração são inevitáveis.

A Manada e o Indivíduo


O que é mais importante? Os interesses de muitos ou os interesses do indivíduo? A resposta óbvia é, os interesses de muitos. No entanto, isto é uma enorme simplificação do pensamento civilizado e um tipo de pensamento que eu estou certo tu te arrependerás se tentares viver segundo ele. Os marxistas culturais colocam este ponto sobre a mesa frequentemente como justificação para as suas políticas sociais: "Temos que os 99%! A maioria pensa desta forma, e como tal, temos que avançar e fazer as coisas!" Isto é uma forma de dizer que o que conta é a lei do mais forte; se estás em maior número, então estás moralmente correcto.

No entanto, vencer e estar moralmente certo têm uma relação puramente coincidente, se por acaso ocorrerem ao mesmo tempo. No entanto, ao usarem o argumento da manada contra o indivíduo, os marxistas culturais irão esconder o seu vácuo moral interior.

Imaginemos que se quer escolher alguma e como forma de os trazer, pede-se emprestado o saco da Betty; ela recusa. Respeitando a sua decisão, tu encontras alguns pedaços de material e com eles tu fazes o teu próprio saco de compras. Depois disto, tu pedes ao Toby que te empreste a sua escada, ao que ele diz não. Como consequência, tu resolves trepar as árvores embora seja mais perigoso e mais cansativo tu fazeres isso. Depois disto, pedes à Julie que te ajude a apanhar a fruta, e ela diz não. Finalmente, perguntas ao Gary se ele te pode dar uma boleia do morro até a pomar, e ele diz não.

Sem perderes a calma, sobes esse morro, arranhas-te quando sobes as árvores para colher o fruto, batalhas para carrega-las de volta dentro do teu saco feito por ti, mas depois de tanto trabalho, tu voltas para casa com uma recompensa. Estás em vias de te sentar para saboreares os frutos quando aparecem a Betty, o Toby, a Julie e o Gary a exigir a sua parte da tua fruta. Eles falam da importância da igualdade e exigem que a fruta seja dividida uniformemente com 20pct (porcento) para cada um.

É isto um final justo? Sem dúvida que é um resultado igual e no interesse da maioria. Se nós estivéssemos a viver numa savana pré-histórica, esta decisão ajudaria na sobrevivência do grupo.
Isto é o socialismo e o Marxismo Cultural - a crença de que as pessoas preguiçosas e as pessoas que em nada ajudam têm o direito ao resultado do trabalho das pessoas engenhosas e laboriosas. Eles, os socialistas e os marxistas culturais, chamam a isto de "compaixão", de providência ["welfare"], de acção afirmativa, e eles chamam a isto "pensar nos outros que têm menos sorte que tu".

Para além disso, eu acredito que se tu não pagas impostos, tu não deverias ter direito de voto. Não é justo que aqueles que em nada contribuem para os recursos do estado tenham a mesma voz que aqueles que dão para o estado. Os marxistas culturais insistirão, no entanto, que todos têm o direito à tua propriedade ou fortuna, e que isto é no melhor interesse da maioria.

NOTA: Sei que o capitalismo tem as suas falhas, e isso eu não nego. Eu só nego que o socialismo seja a solução para essas falhas.

Para que qualquer sociedade possa sobreviver, é necessário cultivar uma atitude de reciprocidade: eu ajudo-te e tu ajudas-me. Isto é o individualismo - que não pode ser confundido com o egoísmo (isso é o socialismo), que é onde o indivíduo pode ver os direitos individuais sobre os seus corpos, a sua propriedade e os seus recursos serem-lhe ser retirados pela maioria sempre que eles assim desejarem.

Eu preocupo-me com os sem-abrigo, e também me preocupo com a fome no continente Africano; mas isso não é motivo para exigir que eu entregue o meu dinheiro em prol de pessoas que nunca chegarão a exibir qualquer tipo apreciação, e muito menos reciprocidade, pelo meu sacrifício feito em seu favor. Os marxistas culturais dirão que sou insensível e ganancioso; eu respondo e digo que eu tenho respeito por mim mesmo, e se há algo que os marxistas culturais odeiam, é pessoas com respeito por si mesmas visto que é muito difícil extorquir dinheiro e recursos a eles.

Os marxistas culturais querem que te sintas desmoralizado, sem valor e imerecedor; melhor ainda, eles querem que te sintas assim porque de outro modo, todo o sistema económico socialista não funciona, e qualquer pessoa com um átomo de respeito próprio irá construir o seu próprio ninho mal consigam; para além disso, o Bloco do Leste tinha este tipo de corrupção em níveis endémicos.

Feminismo


O feminismo é a crença de que as mulheres formam uma classe - tal como os escravos ou os negros formam uma classe - e que segundo a teoria marxista, existe uma dialéctica e uma relação histórica de antagonismo entre os homens e as mulheres de opressor e oprimida, tal como a relação entre o rico dono de terras e o servo.

Eu já escrevi um artigo mais extenso sobre isto (que irei publicar brevemente) explicando que o feminismo e o socialismo são essencialmente a mesma coisa; como tal, não entrarei agora em maiores detalhes.

No entanto, posso dizer que, embora nem todas as pessoas (homem ou mulher) que se identificam como feministas são marxistas culturais, é bastante seguro assumir que são.

Arte Abstracta Sem Sentido

Eu não sei bem como é que isto foi causado directamente pelo Marxismo Cultural, ou se o Ocidente sofreu danos colaterais provenientes do Marxismo Cultural, mas posso dizer que a maior parte da arte Ocidental é demasiado cara, sem inspiração, degenerada e feia. Eu acho que as coisas acontecem da seguinte forma:

* Um artista decide criar uma pintura, escultura, novela ou uma peça de música. O que pode ele criar, pensa ele?

a) Uma bela imagem de perfeição física, tal como David ou Vénus? Não, porque isso é politicamente incorrecto; as pessoas podem pensar que eu não gosto de pessoas feias ou que sou uma espécie de fascista.

b) Uma história inspiradora em torno de um colono ou explorador? Não, porque isso também não é politicamente correcto visto que os brancos têm vergonha da sua história e da sua cultura. Pelo menos deveriam ter.

c) A história dum homem heterossexual triunfando na vida quando as probabilidades estavam todas contra ele? Não, porque isso também não é politicamente correcto visto que os homens heterossexuais são canalhas privilegiados violentos que criaram os problemas do mundo. Para além disso, essa história poderia chatear todos aqueles que não são brancos e heterossexuais.

d) Uma história retirada dum mito cultural Europeu? Não, visto que os Europeus têm demasiados privilégios e essa história poderia chatear os não-Europeus.


Já sei! Vou desenhar umas linhas coloridas sem qualquer tipo de significado, visto que isso não irá chatear ninguém. Se por acaso alguém lançar alguma crítica, eu lançarei sobre eles o truque do "Rei vai nu" e fazer com que eles se sintam burros [por "não entenderem arte"]. Ou então, crio uma história em torno dum estrangeiro ou dum homossexual - história com a qual 95% das pessoas neste país não se vai identificar de alguma forma significativa - ou então crio uma peça de arte onde exponho o quão corrupta e degenerada a humanidade é - especialmente os homens brancos heterossexuais - e então a audiência dos marxistas culturais brancos pode-se sentar e se auto-flagelar, dizendo uns aos outros o quão moralmente superiores eles são só porque se odeiam a eles mesmos (...).

É suposto que a arte seja a história cultural das pessoas, e que ela não só as una, mas também que una a sua história, a sua identidade, e as inspire a fazer grandes coisas e a expressar amor pela nobreza, força e beleza. A arte não é uma ferramenta política para os marxistas culturais como forma de desmoralizar a sociedade. Alguém diga isso aos marxistas culturais, se faz favor!

Infantilismo Racial

Sempre que os marxistas culturais falam dos estrangeiros, é sempre em termos deles serem vítimas indefesas e os brancos como opressores gananciosos. As linhas orientadoras desta forma de pensar têm semelhanças com panfletos de propaganda Soviética, e embora seja uma coisa boa o facto do marxistas culturais serem letrados - de facto, eles lêem muito - o facto deles não se aperceberem do quão racistas eles são quando pensam assim é desencorajador.

Os marxistas culturais olham para o mundo em termos de "vítimas" e "opressores"; as vítimas são inocentes e impotentes para se ajudarem a eles mesmos visto que são oprimidos, ao mesmo tempo que os opressores são culpados imperdoáveis e são os únicos que têm vontade própria. Os marxistas culturais não vêem zonas neutras nos conflitos internacionais ou nos discursos. Em vez disso, eles analisam a situação em busca das "vítimas" e dos "opressores". Eles têm tão pouca percepção dos relacionamentos tal como uma princesa mimada.

A colocarem os não-brancos como vítimas perpétuas, os marxistas culturais negam que eles tenham vontade própria e capacidade de mudar o seu futuro; para além disso, os marxistas culturais negam aos não-brancos a sua dignidade humana ao afirmar que eles são impotentes perante as suas circunstâncias e eles precisam de ser salvos. Algumas pessoas podem até gostar de receber este tipo de tratamento infantil ("repara, se eu disser que o que ele disse é racista, eles dão-me coisas boas, e calam-se!"), mas a maior parte das pessoas apercebe-se que ser tratado como uma criança é humilhante de degradante - mas os marxistas culturais não se apercebem disso.

Embora eu pessoalmente prefira focar-me no que as pessoas fazem e não na cor da sua pele, os marxistas culturais parecem ter uma obsessão pela cor da pele, e pela atribuição de privilégios inatos às distintas cores da pele. Não existe aquilo que eles chamam de "privilégio branco", mas sim brancos que, em média, olham mais por si do que os não-brancos. A ideia do privilégio branco faz com que os não-brancos pensem algo do tipo, "Não interessa o quanto que eu me esforço, ou assuma responsabilidade pela minha vida, ou pelas minhas decisões, porque eu não tenho o que os brancos supostamente têm por defeito." Com uma atitude como esta, como é que eles irão sair da pobreza?

Conseguem ver o quão racista isto é? Alertem os marxistas culturais para pararem de falar dos outros grupos étnicos como se eles fossem crianças ao mesmo tempo que olham para os brancos como pais abusadores. A maior parte do mundo não vive segundo um relacionamento de dominância e submissão mas sim de respeito e cooperação, conceitos totalmente alheios à abordagem dialéctica antagonista de Marx.

Colonialismo Cultural


Os marxistas culturais gostam de falar em "diversidade", mas o que eles têm em mente é que todas as pessoas, todos os países e todas as comunidades têm que se conformar às ideologias marxistas culturais. A globalização centra-se na padronização mundial da cultura, da etnia, das leias, dos valores e da forma de pensar. Ninguém pode continuar a ter as suas próprias ideias, opiniões, cultura e propriedade; o politicamente correcto significa conformidade - conformidade absoluta a tal ponto onde ter ideias próprias é um tipo de desordem de personalidade. A ideia dum país, grupo ou indivíduo querer preservar a sua identidade cultural, social ou a sua história, é algo que aterroriza os marxistas culturais; tu tens que concordar com eles porque se não estás do seu lado, então estás contra eles.

Isto não está a ocorrer só no Ocidente, onde os brancos estão a ser privados da sua história e da sua identidade cultural por parte dos marxistas culturais, mas em todo o mundo onde os Marxistas estão a promover políticas de assimilação e conversão em todos os países não-Ocidentais de modo a que eles se transformem em países Marxistas. Os Chineses têm que se conformar aos nossos pontos de vista sociais; os Indianos têm que viver a sua vida da forma que nós queremos que eles vivam; os Africanos têm que adoptar as nossas politicas; os Árabes têm que adoptar o nosso ponto de vista no que toca à religião. Todas as mulheres da Terra têm que ser feministas quer ela queira ou não.

O Marxismo Cultural é uma doença que se tenta propagar para o interior de outros anfitriões (outras sociedades) como forma de os infectar. Não interessa se as pessoas têm as suas tradições, os seus valores ou o seu modo de vida; para o seu próprio bem, elas têm que se conformar visto não haver alternativas ao Marxismo Cultural.

Conclusão:

Para concluir, o tópico do Marxismo Cultural é vasto e, de uma forma ou outra, o mesmo afecta todas as pessoas do planeta. Neste artigo eu apenas falei superficialmente dos assuntos aqui mencionados, mas ao escrevê-lo como uma introdução para a série de artigos que eu planeio escrever, espero trazer alguma perspectiva do quão diversos estes assuntos são e, embora superficialmente possam parecer distantes uns dos outros, eles estão intimamente ligados com a doença intelectual que é o Marxismo Cultural.

Estou plenamente convicto de que, onde só há uma voz, não há liberdade e isso aplica-se a culturas e a nações. Se só existir um governo central mundial e uma cultura mundial, não existirão liberdades individuais; mesmo que nós nos sintamos mais seguros nesse tal mundo, ele só viria a existir através da redução da nossa vida de viver para sobreviver.

Felizmente, existem muitas outras soluções e outros caminhos através dos quais nós podemos nos fortalecer e encontrar felicidade e satisfação nesta aventura que chamamos de vida.
- See more at: http://omarxismocultural.blogspot.com.br/#sthash.GFh6fqCw.dpuf

Pesquisar: