quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Fé: o justo vive pela fé. Sobre o crescimento na fé.

Parte IV



Pela fé se inicia em nós a vida eterna, pois a vida eterna nada mais é do que conhecer a Deus. De fato, diz o Senhor no Evangelho de S. João: "Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro". Ora, este conhecimento de Deus se inicia em nós pela fé.

A fé enquanto conhecimento tem como objeto a Deus e as coisas que se ordenam a Deus. As duas coisas em que maximamente consiste a fé são o mistério de Deus e do Verbo Encarnado. "Nisto consiste a vida eterna", diz Jesus, "que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo". (Jo. 17,3).

As Sagradas Escrituras afirmam que a fé pode crescer e admitir graus de grandeza.

Não conseguindo os Apóstolos curar um jovem lunático, perguntaram ao Cristo porque não o haviam conseguido. Ouviram a seguinte resposta: "Por causa de vossa pouca fé". Mt. 17, 20

Caminhando sobre as águas do mar ao encontro de Jesus, e percebendo a força do vento, Pedro teve medo e começou a afundar. Jesus o repreendeu: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?" Mt. 14, 31

Encontrando uma mulher cananéia que lhe suplicava a cura do filho, Jesus lhe disse: "Ó mulher, é grande a tua fé". Mt. 15, 28 7. Os Apóstolos, percebendo quão pequena era a fé que os animava, pediram ao Cristo: "Aumentai a nossa fé". Lc. 17, 5

Há duas coisas em que consiste a fé: `O conhecimento, e o afeto, isto é, a constância e a firmeza no crer'. A fé de alguns é grande pelo conhecimento, mas pequena pela constância e pela firmeza; já a de outros é grande pela constância e firmeza, e pequena pelo conhecimento. Outros, finalmente, há em que a fé é grande ou pequena em ambas as coisas.

O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda. É, na verdade, a menor de todas as sementes, mas, crescendo, é a maior de todas as hortaliças, e faz-se árvore de modo que as aves do céu vem pousar nos seus ramos. Mt. 17, 32

A constância e a firmeza na fé são mais louváveis do que a quantidade de seu conhecimento, pois o Senhor o manifestou claramente quando comparou a fé ao grão de mostarda, que, se pela quantidade é pequeno, não o é, todavia, pelo fervor.

Em verdade eu vos digo, se alguém disser a este monte: `Ergue-te e lança-te no mar', e não hesitar no próprio coração, mas acreditar que aconteça o que diz, isso lhe será feito. Por isso eu vos digo, tudo o que pedirdes na oração, crede como já alcançado, e vos será concedido. Mc. 11, 23-24.

A um centurião romano que veio pedir-lhe que curasse um de seus servos, Jesus, vendo a sua fé, lhe respondeu: `Em verdade vos digo que não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Vai, faça-se segundo a tua fé'. E naquela mesma hora o servo ficou curado. Mt. 8, 13

Na maioria das vezes em que concedia um milagre, Jesus também respondia ao que lho tinha pedido: `Levanta-te e parte; a tua fé te salvou'; Lc. 17,19 ou então: `A tua fé te salvou; vai em paz'. Lc. 8, 48

Se tiverdes fé como um grão de mostarda, podereis dizer a este monte: `Muda-te daqui para ali', e ele se mudará, e nada vos será impossível. Mt. 17,20

Aquele que crê em mim, diz Jesus, ainda que venha a morrer, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Jo. 11, 26

`O justo viverá da fé, diz o Senhor, mas, se retroceder, não será aceito à minha alma'. Hb. 10, 37

Há um gênero de homens para os quais crer significa apenas não contradizer a fé, aos quais denominamos fiéis mais pelo costume da vida do que pela virtude de crer. De fato, dedicados apenas às coisas que passam, nunca elevam a mente ao pensamento das coisas futuras; embora recebam os sacramentos da fé cristã juntamente com os demais fiéis, não atentam para o que significa ser cristão ou que esperança há na expectativa dos bens futuros. Estes, embora sejam ditos fiéis pelo nome, de fato e em verdade estão longe da fé. A fé consiste em uma santa dedicação que, partindo de verdades que lhe são oferecidas, com o auxílio da graça do Espírito Santo, inclina decididamente a mente às coisas invisíveis futuras.

Já que ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, pensai nas coisas do alto, não vos interesseis pelas terrenas, já que vós morrestes, e vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Col. 3, 1-3

A fé é argumento das coisas que não se vêem (Hb. 11,1). Embora em nós o homem exterior vá caminhando para a sua ruína, o homem interior se renova de dia a dia; não olhamos para as coisas que se vêem, mas para as que não se vêem (II Cor. 4, 16- 18).

A fé não é apenas das coisas que não se vêem, mas, mais ainda, a fé ensina a desprezar as coisas que se vêem. Pois as coisas que se vêem são aquelas que podem cair sob o domínio da imaginação, e a fé, ao contrário, obriga a inteligência a elevar-se à pureza da abstração das coisas maximamente inteligíveis.

`O meu justo vive da fé'. Esta sentença é ao mesmo tempo apostólica e profética. O Apóstolo diz o que o profeta prediz, pois o justo vive da fé; e se assim é, ou melhor, porque assim é, devemos nos elevar com freqüência aos mistérios de nossa fé.

Sem a fé é impossível agradar a Deus. Pois onde não há fé, não pode haver esperança. Onde não há esperança, não pode haver caridade. Pela fé somos promovidos à esperança, e pela esperança progredimos à caridade. Qual seja, porém, o fruto da caridade, pode-se ouvi-lo da própria boca da verdade: Se alguém me ama, será amado pelo meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele'. Jo. 14,21 Quão aplicados, pois, não nos convém ser à fé, da qual procede o fundamento de todo o bem e através da qual se alcança o firmamento?

Se somos filhos de Sião, levantemos aquela sublime escada da contemplação, tomemos asas como de águia pelas quais nos possamos destacar das coisas terrenas e nos levantar às coisas celestes. Pensemos nas coisas do alto, não nas coisas da terra, onde Cristo está sentado à direita de Deus; para isto de fato Cristo nos enviou o seu Espírito, para que conduzisse o nosso espírito de tal modo que para onde o Cristo ascendeu com o corpo, ascendamos nós pela mente.

A fé causa a pureza do coração porque as coisas que estão na inteligência são princípios das coisas que estão no afeto, na medida em que o bem do intelecto move o afeto. De onde que a purificação do coração é um efeito da fé: "Deus não fez distinção alguma entre judeus e gregos", diz São Pedro, "pois purificou os corações de todos pela fé". At. 15,9

Para alcançar o conhecimento da fé, não basta apenas que a vontade mova a inteligência; é necessário também o instinto interior de Deus que convida. Nas coisas da fé, o conselho do homem, sem o auxílio divino, é enfermo e ineficiente. É necessário, portanto, levantar-se à oração, e pedir o seu auxílio, sem o qual nenhum bem pode ser alcançado. Isto é, é necessário pedir a sua graça, a qual, para que tivesses chegado até aqui para pedi-la, era ela que já te iluminava, e daqui para a frente será quem haverá de dirigir os teus passos para o caminho da paz, e de cuja única boa vontade depende que sejas conduzido ao efeito da boa obra. Não serás obrigado por ela, serás ajudado. Se apenas tu operares, nada realizarás; se apenas Deus operar, nada merecerás. Aquele que corre por esta via, busca a vida.

Está escrito: `Se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos céus dará o Espírito Santo aos que lhO pedirem?' Portanto, o Pai celeste dará o Espírito Santo aos filhos que lhO pedirem. Os que são filhos, não pedem outra coisa; os que pedem outras coisas são servos mercenários, não filhos. Os que pedem prata, os que pedem ouro, os que pedem coisas que passam, os que não pedem o que é eterno, pedem o ministério da servidão, não o espírito da liberdade.

O que for pedido, isto será dado; se pedes o corporal, não receberás mais do que o que pedes. Se pedes o espiritual, o que pedes será concedido e o que não pedes será acrescentado; será dado o espiritual, será acrescentado o corporal. `Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus, e tudo o resto vos será acrescentado'. Deve-se, portanto, orar ao Pai, e ao Pai, que está nos céus, pedir os dons celestes, não os da terra; não a substância corporal, mas a graça espiritual.

Uma coisa é a firme certeza de que existe um ser inteligente e imaterial que é a causa de todas as coisas; outra coisa muito diferente é crer que somos amados pela causa primeira como seus filhos, que quando oramos a causa primeira nos ouve como um pai, e que ela nos espera após o termino desta vida como a um ente querido para nos fazer felizes por toda a eternidade.

Que é o ser humano diante da imensidão do Universo? É menos do que um grão de poeira. E o que é o Universo diante da perfeição da causa primeira? Menos ainda do que o homem diante do Universo. Certamente a causa primeira sustenta todas as coisas no ser e sabe que existem as coisas de que ela é causa; mas daí para a afirmação de que quando oramos a causa primeira nos ouve como um pai vai uma diferença descomunal.

Que dizer da afirmação segundo a qual Jesus Cristo era a causa primeira, crucificada por ordem de Pôncio Pilatos? Ou daquela segundo a qual na causa primeira, perfeitamente una, subsistem desde toda a eternidade três pessoas que compartilham uma só divindade, que se conhecem e se amam com uma felicidade que supera o alcance de qualquer entendimento? Que esta causa primeira nos ama a ponto de se ter deixado crucificar pelos homens e que esteja nos esperando após o término desta vida para nos fazer felizes comunicando-nos a sua própria felicidade, aquela que há nela mesma em virtude da trindade de suas pessoas, é algo que está além dos sonhos mais extraordinários que o homem possa conceber. Não há vontade humana capaz de, sozinha, sem o auxílio da graça do Espírito Santo, fazer a inteligência assentir a afirmações desta natureza com a firmeza e a constância que as Sagradas Escrituras atribuem à fé.

Segundo o crescimento da fé encontramos três gêneros de pessoas que crêem. Há alguns fiéis que elegeram crer apenas pela piedade, os quais todavia não compreendem se se deve crer ou não pela razão; nestes, apenas a piedade faz a eleição. Há outros que aprovam pela razão o que crêem pela fé; nestes a razão acrescenta a sua aprovação. Outros, finalmente, pela pureza do coração e da consciência já começam a saborear interiormente aquilo que crêem pela fé; nestes a pureza da inteligência apreende a certeza.

A Sagrada Escritura afirma que a fé opera pela caridade (Gal. 5,6); a fé, sem a obra da caridade, é morta (Tg. 2,17). A fé vive pela caridade e, através dela, torna-se realidade perfeita. Não há mais de uma fé, uma morta e outra viva. Não são duas, mas a mesma fé aumentada, pelo que diz o Evangelho de S. Lucas: `Aumentai a nossa fé'. Lc. 17,5

A caridade é amor de amizade, amor ao qual Jesus se referia quando disse: `Não mais vos chamo de servos, porque o servo não sabe o que seu amo faz; mas eu vos chamo de amigos, porque tudo o que ouvi do Pai eu vos dei a conhecer'. Jo. 15,15

A amizade requer por natureza uma mútua benevolência, porque o amigo é, para o amigo, outro amigo; requer, ademais, que esta mútua benevolência se fundamente sobre alguma comunicação. A caridade é amor de amizade fundamentado sobre a comunicação entre Deus e o homem na medida em que Deus quer nos comunicar a sua própria felicidade.

O amor de caridade não é apenas aquele pelo qual o homem cumpre o mandamento de amar a Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo o seu entendimento e com todas as suas forças, mas também aquele amor que pressupõe o amor pelo qual o homem é amado primeiro por Deus: `Nisto consiste a caridade: não fomos nós que amamos a Deus, mas Ele que nos amou primeiro'. I Jo. 4,10

Aquele que ama a Deus tem em si próprio a maior prova de ser amado por Deus, porque ninguém pode amar a Deus se Deus não o amar primeiro, pois o próprio amor pelo qual nós amamos a Deus é causado em nós pelo amor com que Deus nos ama.

A contemplação se inicia quando a uma fé firme, constante e pura se acrescenta uma caridade intensa.

O encontro entre a fé e a caridade se torna estável e duradouro pela virtude da esperança, conforme o dito de S. Bento: `Apodera-se deles o desejo de caminhar para a vida eterna; por isso lançam-se como que de assalto ao caminho estreito do qual diz o Senhor que conduz à vida'.

A esperança reside na vontade, mas tem suas raízes mais profundas na memória, conforme diz S. Antão ao afirmar que dos pensamentos puros da fé se produz a memória de Deus e dos bens que Ele nos prometeu, e da memória destas coisas se origina aquele amor perpétuo que nos é prescrito no maior de todos os mandamentos. Diz também S. Boaventura que é necessário amar a Deus não apenas com todo o nosso coração e com toda a nossa alma, mas também com todo o nosso entendimento, isto é, "com toda a memória, sem esquecimento".

A esperança é pressuposto do pleno caráter sobrenatural da fé e da caridade, pois, conforme diz a Sagrada Escritura: `A fé é a substância das coisas que se esperam'; e também, quanto à caridade: `Não vos chamo mais de servos, porque o servo não sabe o que o seu amo faz, mas eu vos chamo de amigos, porque tudo o que ouvi do Pai eu vos dei a conhecer'.

A contemplação se inicia quando, após uma vida de virtude e de oração, reflexão e estudo, é possível viver da fé. A esta fé deve-se acrescentar e unir a caridade, pois sem a fé a caridade não pode crescer. Á medida em que a caridade cresce no solo da fé, ela passa gradualmente a se tornar condutora da fé a que está unida e a introduzi-la num modo superior de vivência.

Toda contemplação espiritual é precedida, como por condutores, pela fé, pela esperança e pela caridade, mas principalmente pela caridade. De fato, a fé e a esperança nos ensinam a desprezar as coisas que se vêem. A caridade, com elas, une a alma às virtudes divinas, investigando por um certo sentido da mente as coisas que não podem ser vistas.

Dizem-me que estudais os profetas; mas eu vos pergunto, julgais compreender realmente o que ledes? Em caso afirmativo, decerto não ignorais que quem desejar alcançar o Cristo será melhor sucedido seguindo os seus passos do que lendo a seu respeito. Se tomásseis uma resolução definitiva, compreenderíeis o que está escrito: `Os olhos não viram, ó Deus, além de Ti, que coisas preparastes para os que Te amam'. Se provásseis ao menos uma vez o belo trigo com que o Senhor inundou Jerusalém, com que satisfação abandonaríeis então aos judeus amadores da escrita estas migalhas duras com que eles se contentam! Prouvera a Deus que fôsseis meu condiscípulo na escola do amor divino em que Jesus é o mestre! Com que agrado partilharia convosco o pão celestial que, ainda quente, fumegante e tenro do forno, Cristo oferece freqüentemente aos seus pobres!

Dizem as Escrituras que o caminho do justo é como a luz da aurora, que vai clareando até o pleno dia (Pr. 4,18). Assim também, seguindo um curso comparável à luz da aurora, para o justo que persevera no seu caminho chega o momento em que a caridade começa a operar nele de um modo mais manifestamente excelente e intenso do que este supunha ser possível.

Vim espalhar um fogo sobre a terra, e que mais desejo eu senão que se acenda? Quem crer em mim, disse Jesus, de seu seio correrão rios de água viva. Dizia isto Jesus do Espírito Santo que haveriam de receber os que nele cressem. Lc. 12, 49; Jo. 7, 7.

Uma é a caridade natural da alma, outra aquela que pelo Espírito Santo lhe é infundida. Aquela que está em nós, quando queremos, se move com moderação pelo afeto de nossa vontade; por esta razão não é difícil para os espíritos malignos, a não ser que nos defendamos com fortaleza, que nos seduzam para os seus propósitos. A divina, porém, incendeia de tal forma a alma à caridade divina, que vence e une entre si, por uma infinita simplicidade e sinceridade de afeto, todas as partes e as faculdades da alma na bondade do desejo celeste. A alma se torna uma fonte profunda de caridade e de alegria, como que grávida da graça celeste e da virtude do Espírito Santo.

O Evangelho consiste, de um modo especial, na graça do Espírito Santo, pois cada coisa parece ser aquilo que nela há de principal. Aquilo, porém, que é principalíssimo na Lei do Novo Testamento, e no qual consiste toda a sua virtude, é a graça do Espírito Santo, que nos é dada pela fé em Cristo. Portanto, a Nova Lei é principalmente a própria graça do Espírito Santo, que é dada por Cristo aos fiéis.

Segundo o modo comum de entender dos homens, sabedoria é o mais elevado conhecimento possível. Assim também entre os dons do Espírito Santo enumera-se o dom de sabedoria, por meio do qual o Espírito Santo nos move ao mais elevado conhecimento possível ao homem e à mais elevada forma de vida contemplativa que o homem pode alcançar.

A causa próxima da contemplação produzida pelo dom de sabedoria é o modo supereminente de vivência da caridade produzido em nós pela graça do Espírito Santo que Jesus prometeu aos que seguissem os seus preceitos.

`Bem aventurados os pacíficos', diz Jesus, `porque serão chamados filhos de Deus'. São filhos de Deus todos aqueles que são movidos pelo Espírito de Deus (Rom. 8,14). São filhos de Deus todos aqueles que receberam o Espírito Santo, e serão chamados filhos de Deus aqueles que receberam tanta plenitude do Espírito Santo que esta condição se manifesta com tal evidência diante dos homens que eles próprios passam a chamá-los de filhos de Deus. Trata-se daquela vivência supereminente da caridade movida pelo Espírito Santo que introduz os homens naquela forma superior de contemplação associada ao dom de sabedoria pela qual se lhes manifesta a verdade e se tornam livres.

Aqueles que recebem o dom de sabedoria mediante o Espírito Santo são de modo próprio ditos filhos de Deus, na medida em que participam da semelhança do Filho de Deus unigênito e natural, os quais Deus na sua presciência os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho (Rom. 8, 29), o qual é a sabedoria gerada.

Esta sabedoria de que tratamos não é o próprio Deus. É uma sabedoria de homem, a qual, todavia, é segundo Deus, e é o seu verdadeiro e principal culto. Se a mente do homem se torna capaz de cultuar a Deus por seu intermédio, o homem se torna sábio, não pela própria luz de Deus, mas por uma participação daquela que é a maior de todas as luzes.

O dom de sabedoria produz uma contemplação deiforme, e de certo modo explícita, dos artigos que a fé contém de certo modo envolvidas sob um modo humano.

A sabedoria que é dom do Espírito Santo possui sua causa na caridade, embora sua essência esteja no intelecto. Deus nunca dá esta sabedoria sem amor, pois é o próprio amor que a infunde, conforme o mostra Jeremias, onde diz: `Enviou fogo aos meus ossos e ensinou-me'. Lam. 1,13

O dom de sabedoria possui uma eminência de conhecimento por uma certa união às coisas divinas, às quais não nos unimos a não ser pelo amor, de tal modo que aquele que adere a Deus se torna um só espírito com Ele, conforme diz o Apóstolo na primeira epístola aos corintios. E por isso o dom de sabedoria pressupõe o amor como princípio, de tal modo que reside no afeto, embora quanto ao conhecimento esteja no intelecto.

`Se permanecerdes nas minhas palavras', diz Jesus, `sereis verdadeiramente meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres' (Jo. 8,31). `Para isto é que eu nasci', diz Jesus, `e para isto é que vim ao mundo: para dar testemunho da verdade' (Jo. 18,37). Foi por isto que Jesus veio ao mundo: a quantos o receberam, `deu- lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aos que crêem no seu nome, e que não pelo sangue, nem pela vontade humana, mas de Deus nasceram' (Jo. 1,12). “Aqueles que vivem pelo Espírito fazem morrer as obras da carne. (Ninguém que proceda diversamente) terá herança no Reino de Cristo e de Deus. Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: a fornicação, a impureza, a lascívia, os desejos maus, e a avareza, que é uma idolatria, pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os que não crêem. Rom.8,13; Ef.5,5; Col.3,5. As obras da carne são manifestas. São a fornicação, a impureza, a luxúria, a idolatria, os malefícios, as inimizades, as contendas, as iras, as rixas, as discórdias, as seitas, as invejas, os homicídios, a embriaguez, as glutonerias, e outras semelhantes, sobre as quais vos previno, que os que as praticam não possuirão o Reino de Deus. Os que são de Cristo crucificaram a própria carne com os seus vícios e as suas concupiscências. Gal.5,19-21;5,24.

Referências:

1. S. Tomás de Aquino: Comentário ao Símbolo dos Apóstolos.

2 . S. Tomás de Aquino: Summa Theologiae. Hugo de S. Vitor: Summa Sententiarum. Evangelho segundo João.

3 . Catecismo Romano.

4. Evangelho segundo Mateus.

5. Evangelho segundo Mateus.

6. Evangelho segundo Mateus.

7. Evangelho segundo Lucas.

8. Hugo de S. Vitor: De Sacramentis Fidei Christianae.

9. Evangelho segundo Mateus.

10. Hugo de S. Vitor: De Sacramentis Fidei Christianae.

11. Evangelho segundo Marcos.

12. Evangelho segundo Mateus.

13. Evangelho segundo Lucas.

14. Evangelho segundo Mateus.

15. Evangelho segundo João.

16. Epístola aos Hebreus.

17. Hugo de S. Vitor: De Sacramentis Fidei Christianae; Idem: De fructibus carnis et spiritus.

18. Epístola aos Colossenses.

19. Epístola aos Hebreus. Segunda Epístola aos Coríntios.

20 . .........................

21. Ricardo de S. Vitor: De Trinitate.

22. Ricardo de S. Vitor: De Trinitate.

23. Ricardo de S. Vitor: De Trinitate.

24. S.Tomás de Aquino: Summa Theologiae. Atos dos Apóstolos.

25. S.Tomás de Aquino: Summa Theologiae. Hugo de S. Vitor: Didascalicon.

26. Hugo de S. Vitor: De Quinque Septenariis.

27. .........................

28. .........................

29. .........................

30. Hugo de S. Vitor: De Sacramentis Fidei Christianae.

31. Epístola aos Gálatas. Epístola de Tiago. S. Tomás de Aquino: Summa Theologiae. Hugo de S. Vitor: Summa Sententiarum.

32. S.Tomás de Aquino: Summa Theologiae.

33. S.Tomás de Aquino: Summa Theologiae.

34. .........................

35. S.Tomás de Aquino: texto de localização não identificada.

36. .........................

37. .........................

38. .........................

39. .........................

40. .........................

41. S.Diádoco de Fócia: Capítulos sobre a Perfeição.

42. S.Bernardo: Carta a Henrique Murdach.

43. .........................

44. Evangelho segundo Lucas. Evangelho segundo João.

45. S.Diádoco de Fócia: Capítulos sobre a Perfeição.

46. S.Tomás de Aquino: Summa Theologiae.

47. .........................

48. .........................

49. S.Tomás de Aquino: Summa Theologiae.

50. .........................

51. Pedro Lombardo: Terceiro Livro das Sentenças.

52. S.Tomás de Aquino: Comentário ao Terceiro Livro das Sentenças.

53. S. Tomás de Aquino: Summa Theologiae.

54. S. João da Cruz: Noite Escura da Alma.

55.Tomás de Aquino: Summa Theologiae. Evangelho segundo João.

MUSEU DO PURGATÓRIO EM ROMA.

Museu das Almas do Purgatório


Este insólito museu está localizado na Igreja do Sagrado Coração do Sufrágio, no Lungotevere Prati, 18, em Roma. O estilo neogótico da construção, projetada pelo arquiteto Giuseppe Gualandi, tem algo de fascinante e, ao mesmo tempo, espectral, e lhe garantiu a definição de "Pequeno Duomo de Milão". A igreja foi edificada em um terreno edificável comprado, em 1893, pelo padre Victor Jouet, da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração, fundada por Jean Jules Chevalier em 1854. A construção levou 23 anos, estendendo-se de 1983 a 1917.

Em 15 de Setembro de 1897, deu-se um incêndio no interior do edifício; depois de apagado o fogo, o padre Jouet reconheceu em uma mancha desenhada pelo fogo na parede um rosto padecente. O episódio foi documentado com uma fotografia que está guardada no interior da igreja e deu lugar ao Museu das Almas do Purgatório, que substituiu a pequena capela de Nossa Senhora de Rosário. O pároco convenceu-se de que se tratava da alma de um falecido que se encontrava no Purgatório, mas que queria entrar em contato com os vivos. Com esta convicção na cabeça, Padre Jouet começou a procurar outras aparições desse tipo. Ele prosseguiu com suas pesquisas através de longas viagens na Itália e na Europa, e recolheu várias relíquias que pareciam dar credibilidade à sua opinião.



Vários objetos "tocados" pelas almas dos mortos se encontram no museu. A estrutura, entre outras coisas, tem também a reputação de lugar "maldito". As relíquias, cerca de uma dúzia, são todas acompanhadas por uma rica documentação. Entre outros, há a impressão digital feita em fogo sobre uma almofada, deixada na noite entre 5 e 6 de junho de 1894, pelo fantasma da Irmã Maria de São Luís Gonzaga enquanto aparecia à Irmã Margarida do Sagrado Coração quando esta se encontrava em sua cama. O fantasma da mulher tinha uma expressão desesperada e estava cercado por sombras negras. A falecida contou que estava no Purgatório porque em vida ela havia pecado gravemente por ter desejado morrer por causa do indescritível sofrimento que lhe causara a tuberculose; mas, após o encorajamento da Madre Superiora, confiou-se tranquilamente à vontade de Deus; poucos dias depois, na manhã de 5 de junho, ela morreu em paz: contudo, deveria passar 20 anos no Purgatório; o fantasma pediu, então, orações para acelerar a passagem para o Paraiso. O fantasma reapareceu nos dias 20 e 25 de Junho à mesma irmã para agradecer suas orações e deu-lhe algumas mensagens espirituais antes de subir para o Céu.



Outro testemunho presente no museu é representado pelas impressões digitais de um sacerdote falecido na manga da veste de uma monja, sobre a mesinha de trabalho dela e em uma folha de papel. O evento em questão aconteceu em 01 de novembro de 1731. Na igreja do mosteiro de São Francisco, em Todi, a Madre Abadessa Isabella Fornari assistia à Missa que o Padre Isidoro Gazala estava celebrando em sufrágio de Padre Panzini, falecido abade Olivetano de Mântua. O religioso quis deixar um sinal de sua passagem e comunicar desta forma que ele ainda estava no Purgatório.



Outra relíquia diz respeito às misteriosas aparições da Sra. Leleux a seu filho Joseph, em Wodecq, na Bélgica, em 1789, vinte e sete anos após sua morte. Durante esta aparição, a mãe deixou sua marca na manga da camisa de seu filho, mas antes havia se manifestado durante as onze noites anteriores, atormentando seu filho, lembrando-lhe de celebrar missas para sua alma e implorando-lhe de abandonar a sua vida dissoluta. A mulher alcançou seu objetivo. Seu filho fundou uma congregação religiosa e morreu em odor de santidade em 1825.


Em 21 de dezembro de 1838, Joseph Stitz estava lendo um livro de orações quando uma mão ficou estampada sobre as páginas. O sujeito afirmou sentir uma estranha presença no quarto, uma rajada de ar gelado e uma voz: era a voz de seu irmão falecido recentemente, que lhe pedia para rezar algumas Missas para encurtar sua estada no Purgatório. Há ainda outros exemplos deste tipo no museu.


O Padre Jouet fundou a Associação do Sagrado Coração de Jesus para o sufrágio das Almas do Purgatório.


Para visitar o Museu, basta ir a Roma, Lungotevere Prati, 18, das 9 às 12:30 e das 17 às 19.

Esses fenômenos não dizem respeito às teorias heréticas espíritas sobre a comunicação com os mortos, que a Igreja condena. Esses fatos são fatos excepcionais permitidos pela Divina Providência.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Roma saqueada pelos islâmicos em 846!

Roma, saqueada pelo Islão em 846.


Será ela, no futuro, conquistada como foi Constantinopla?





Muitos de nós ficariam surpresos se nos fosse dito que, no século 9, uma frota árabe baseada na Sicília navegou pelo Rio Tibre e ocupou e saquou Roma e o Vaticano por dias a fio, até serem derrotados e expulsos pela milícia papal, juntamente com exércitos do Sacro Império Romano e os contingentes francos. Este ataque foi breve, felizmente muito breve, mas os árabes conseguiram chegar a Roma - uma proeza que até mesmo Hannibal não pode alcançar! Para ser mais preciso, o ataque árabe ocorreu em 28 de agosto, no ano 846 DC, quando os árabes chegaram à foz do rio Tibre e navegaram até Roma.

Os árabes não conseguiram entrar no interior da cidade fortificada de Roma, que foi defendida pelos romanos, mas as igrejas de São Pedro e São Paulo, no Vaticano de hoje, que estava fora dos limites fortificados de Roma, foram violadas pelos árabes. O Papa Leão IV teve que fugir de Roma brevemente e apelar pela ajuda dos reinos vizinhos.

Em resposta ao apelo do Papa por ajuda, um exército começou a descida por terra a partir de Civitavecchia em direcção a Roma. Outro exército começou a marcha de Portus e Ostia.

Inutilmente saxões, lombardos, frísios e francos defenderam (a igreja de) São Pedro até o último homem. Os árabes levaram para longe todos os tesouros de São Pedro, rasgaram a prata das portas, as folhas de ouro do chão da confissão, devastaram a cripta de bronze do apóstolo, tomaram a cruz de ouro que estava sobre o túmulo de Pedro. Eles assolaram todas as igrejas do subúrbio do distrito.

O marquês Guy de Spoleto, chegou para ajudar a Roma, e com um pequeno grupo de corajosos que conseguiram derrotar os árabes que se retiraram parcialmente para Civitavecchia e em parte para Fondi, seguindo a Via Ápia.

Durante a sua retirada, os árabes infligiram em ruína e devastação em todo o campo romano. No Gaeta, o exército lombardo colidiu novamente com os árabes. Guy de Spoleto se viu em sérias dificuldades, mas as tropas bizantinas de Cesário, filho de Sérgio, magister militum em Nápoles, chegou a tempo. Mas em novembro de 846 a tempestade provocou numerosos danos aos navios dos árabes, alguns dos quais naufragaram na costa.

Aproveitando a retirada árabe, o Papa Leão IV, em conseqüência do ataque contra São Pedro, em 848, empreendeu a construção da Leonina Civitas para proteger a colina do Vaticano. As paredes que encerram foram concluídas em 27 de junho no ano 852 DC [1].

O islamismo é territorialista.

"A Profecia"

A tradição islâmica narra que Maomé teria dito que os muçulmanos conquistariam Constantinopla e depois Roma [2; 3]. O problema aqui não é discutir a validade de profecias (eu não vou entrar nesse mérito). O problema é quando existem grupos que agem como se eles fossem os agentes da profecia, tentando tornar a profecia em realidade.

Fontes:

[1] History of Jihad against the Italians and Rome (812-1571), http://islam-watch.org

http://infielatento.blogspot.com.br/2012/06/roma-saqueada-pelo-islao-em-846-sera.html

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Pornografia emocional?




Pornografia emocional.

Adaptação do texto original, editado e censurado, disponível no website do Canal do Búfalo.

Vez ou outra até mesmo feministas conseguem ver um pouco a verdade. Naomi Wolf tem um longo histórico de falar bobagens, mas sua afirmação que a grande quantidade de pornografia acaba anestesiando o homem para os prazeres da “mulher de verdade”* tem seus méritos.

(*tradução da linguagem feminista: “mulher de verdade” = trintona gorda e desleixada)

(...)Resultado: quanto mais pornô eles vêem menos vontade de investir eles terão nessas sub medianas que se acham a última bolacha do pacote.

Então o argumento racional que se pode ser feito aqui é que o pornô hardocore fez com que as expectativas dos homens aumentassem demais. Ou que o pornô saciou a vontade deles de investirem ativamente em mulheres reais e seus joguinhos e aborrecimentos costumeiros.

Ah, mas como todas as teorias propostas por feministas e conservadores que lutam pelos valores da família, eles sempre se esquecem do papel da hipergamia feminina e o efeito que esta hipergamia tem nas escolhas femininas no mercado sexual (hipergamia = sempre procurar algo melhor e nunca se satisfazer com o que tem). A lei fundamental do mercado sexual é: como controladoras do ato sexual, mulheres tem os homens que merecem. Se mulheres estão recompensando pilantras e cafajestes, então são pilantras e cafajestes que os homens irão se transformar.

(...)E a verdade é que a mulher moderna está absorvendo gulosamente sua própria versão de expectativas absurdas e de sua própria pornografia sobre “caras legais”.

Pornografia emocional.

Um comentarista nota:

Mulheres tem problemas com falsas expectativas de romance. A pornografia emocional realmente bagunçou com a cabeça delas.

É só ver esses filmes românticos.

(...)
Vamos ser diretos. Mulheres se deleitam com palavras. Com historinhas. Historinhas que são contadas em filmes, livros e na tv. Todas essas histórias compartilham temas semelhantes, geralmente apresentando algum machão poderoso e difícil que atrai outras centenas de mulheres, com algum carinha bobão fazendo figuração. A fantasia que as mulheres tem com esses caras são descabidas. Este tipo de homem existe em números muito baixos no mundo real. O que a faz com que esse amor impossível fique ainda mais atraente.

Não pense nem por um segundo que a pornografia visual masculina e a pornografia emocional feminina não são comparáveis. Elas tem exatamente o mesmo propósito e função. (...)

O resultado final: expectativas muito altas e desapontamento com as alternativas que têm na vida real.

Como a maioria dos homens são caras sossegados e típicos provedores, a explosão da pornografia emocional para as mulheres causou indiretamente que o valor desses homens comuns caísse, assim como um a pornografia causou que o valor das mulheres medianas e fora de forma também caísse. (...) Mas a queda é suficiente para fazer uma diferença no comportamento das pessoas num relacionamento, assim como nos confins do casamento.

Abaixo dou uma lista dos principais pornôs emocionais que estão enevoando a mente das mulheres americanas que as também fazem trocar o sexo e relacionamento com caras reais e normais:

Grey’s Anatomy
Gossip Girl
The Bachelorette
Desperate Housewives
Sex and the City
Praticamente boa parte da programação das grandes emissoras
Qualquer filme de comédia romântica
Crepúsculo (tanto os filmes quanto os livros)
Novelinhas
Tabloides e outros jornalecos
Toda a insípida cultura das celebridades

Nota da Confraria: mais um instrumento na destruição das famílias, dos casamentos e dos relacionamentos - a pornografia, física (visual) ou emocional (além do pecado contra a castidade).

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Como agradar a Deus.

Parte III: Santo Antâo



Se ouvirdes atentamente a minha voz
e guardardes a minha aliança,
sereis minha propriedade especial entre todos os povos,
porque minha é a terra e vós constituireis para mim
um reino de sacerdotes e uma nação santa.

Ex. 19,5-6.

Eis que celebrarei uma aliança:
diante de todo o povo farei maravilhas
que jamais foram operadas em terra alguma,
nem em nenhuma nação;
e todo o povo no meio do qual te encontras,
contemplará a glória do Senhor.

Guarda-te de fazer aliança alguma
com os habitantes da terra para a qual te diriges,
a fim de que não constituam um laço no meio de ti.
Pelo contrário, derrubarás os seus altares,
despedaçarás as suas estátuas
e cortarás os seus bosques.

Não adorarás nenhum outro deus,
porque Zeloso é o nome do Senhor:
um Deus zeloso é Ele.

Cuida de não estabelecer aliança com os habitantes do país,
porque se prostituem aos seus deuses
e lhes oferecem sacrifícios,
e te convidariam e comerias de seus sacrifícios.

Ex. 34,10-16

Aproximai-vos de Cristo, pedra viva, eleita e estimada por Deus,
também vós, como pedras vivas.
Vinde formar um templo espiritual para um sacerdócio santo,
a fim de oferecer sacrifícios espirituais,
agradáveis a Deus por Jesus Cristo.

Sois uma estirpe eleita, sacerdócio real, gente santa,
povo trazido à salvação,
para tornardes conhecidos os prodígios
d’Aquele que vos chamou das trevas
para a luz admirável.

1 Pe. 2, 4-5

O Senhor é digno de receber o louvor
e de abrir os selos do Livro,
porque foi imolado e nos remiu para Deus com o seu sangue,
e fez de nós reis e sacerdotes para o nosso Deus.

Àquele que nos amou,
que nos lavou dos nossos pecados pelo seu sangue,
e que nos fez ser reino e sacerdotes de Deus seu Pai,
a Ele a glória e o império
pelos séculos dos séculos. Amém.

Ap. 5,1

Quem se aproxima das lições das Sagradas Escrituras com o desejo de aprender, deve considerar primeiro qual é o assunto de que tratam, pois assim poderá alcançar mais facilmente a verdade e a profundidade de suas sentenças. A matéria de todas as Sagradas Escrituras é a obra da restauração humana.

O fim a que deve aspirar cada cristão é, segundo o permitirem as próprias forças, observar exatamente a lei divina e os conselhos evangélicos, cuidando, neste sentido, excluídos os casos de extrema necessidade, em primeiro lugar de si próprios e em seguida do próximo, naqueles ministérios de caridade que, de acordo com os tempos e lugares, devem ser executados para buscar a maior glória de Deus e o próprio adiantamento espiritual, as quais duas coisas não devem afastar-se jamais da mente e do coração de cada um.

O maior mandamento do Cristianismo é o da caridade para com Deus:

"Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração,
com toda a tua alma, com toda a tua mente,
e com todas as tuas forças". Mc. 12,28. 4.

A Escritura nos manifesta o quanto devemos amar o nosso bem que é Deus. Não preceituou apenas que o amássemos, ou que amássemos apenas a Deus, mas que o amássemos o quanto pudéssemos. A tua possibilidade será a tua medida; quanto mais o amares, mais o terás.

O mandamento da caridade divina é a nova aliança que o Senhor fêz, escrevendo sua lei em nossa mente e em nosso coração e fazendo de nós templos do Espírito Santo. Cada cristão o explicará aos seus filhos, meditará nele quando sentado em sua casa, andando pelo caminho, ao dormir e ao levantar, o ligará como um sinal às suas mãos, estará e se moverá entre seus olhos, e o escreverá no limiar e nas portas de sua casa.

Quem desejar cumprir verdadeiramente o mandamento da caridade divina deve, primeiramente, renunciando a si próprio, decidir-se a abandonar toda obra e ocupação que tenha caráter pessoal e dedicar-se exclusivamente àquelas ocupações que tenham razão de caridade.

A primeira e mais fundamental de todas as ocupações que têm razão de caridade é a oração. A oração é uma elevação da mente a Deus, para lhe pedir a fé e a graça do Espírito Santo. Por meio da fé aprendemos a desprezar as coisas visíveis enquanto visíveis. Sem fé é impossível crescer no mandamento do amor. Antes de tudo o mais, deve-se orar incessantemente sem jamais desanimar, e dar graças a Deus por tudo aquilo que em nossa vida ocorreu e por tudo aquilo que há de ocorrer. Quando alguém se entrega a Deus pela oração, Deus tem piedade dele e lhe concede o Espírito de conversão.

Depois da oração, deve-se renunciar a todas as demais obras, grandes e pequenas, que não tenham razão de caridade e, em todas as demais obras além da oração, deve-se pedir a Deus para não as fazer apenas por um amor virtual, mas também por um amor atual a Deus, de tal modo que, fazendo-as, isto contribua para elevar a memória até Deus, conforme diz o salmista: "Cantai ao Senhor um cântico novo, louvai o seu nome entre danças".

Diz o Senhor: "Deixemos os mortos sepultar os seus mortos". É preciso, pois, que muito nos acautelemos da malícia e da sutileza de Satanás, que não quer que o homem eleve o seu espírito e coração para o Senhor seu Deus. Ele nos espreita sem cessar, e gostaria, sob as aparências de uma recompensa ou vantagem, atrair para o seu lado o coração do homem e sufocar-lhe na memória a palavra e os preceitos do Senhor, e obcecar-lhe o coração por meio das solicitudes e cuidados mundanos e nele habitar. Na verdade, acontece que habitamos na própria morada do ladrão. Nela estamos presos pelas cadeias da morte. Importa, pois, se nós compreendemos a nossa morte espiritual, que muito nos vigiemos a nós mesmos, a fim de não perdermos ou desviarmos do Senhor a nossa mente e o nosso coração sob a aparência de uma recompensa ou obra ou vantagem. Mas na santa caridade que é Deus, que todos removam todos os obstáculos e posterguem todos os cuidados para, com o melhor de suas forças, servir, amar, adorar e honrar de coração reto e mente pura o Senhor nosso Deus, pois é isso o que Ele deseja sem medida. E que Deus abençoe a todos os que isto ensinarem, aprenderem, guardarem, recordarem e praticarem.

A obra pela qual o homem pode agradar a Deus é a lei e a obra da caridade. Ela é a boa vontade, que perfeitissimamente agrada a Deus. Cumpre-a aquele que incessantemente louva a Deus com pensamentos puros, que produzem a memória de Deus e a memória dos bens que Ele nos prometeu, e que em nós cumpriu por obras, e de sua grandeza. Da memória destas coisas se origina no homem aquele amor perpétuo que nos foi prescrito:

"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração,
de toda a tua alma, e com toda a tua força".

Está também escrito:

"Como a corça que suspira pelas águas da torrente,
assim minha alma suspira por vós, ó Senhor".

Assim é necessário que cumpramos para com o Senhor esta obra e esta lei, para que em nós se cumpra aquela sentença do Apóstolo:

"Quem poderá separar-nos do amor de Cristo?
Certamente nem as tribulações, nem as tristezas,
nem a fome, nem a nudez, nem as angústias,
nem a espada, nem o fogo".

Deve-se considerar que, se se age assim, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.

Não se deve preocupar com a própria vida, nem pelo que haverá para se comer, ou pelo que haverá para se beber, e nem pelo corpo, pelo que haverá para se vestir. Deve-se preocupar, ao contrário, em primeiro lugar, em buscar o Reino de Deus. Todas as demais coisas serão acrescentadas, porque o trabalhador tem direito ao seu sustento.

Se pudéssemos ver os fios sutis com que a providência urde a tela de nossa vida, apoderar-se-iam de nós sentimentos de gratidão e amor para com nosso bom pai celestial e, deixando nas suas mãos todo o cuidado sobre o nosso futuro, contentar-nos-íamos de ser a pequena lançadeira que doce e calmamente desliza entre os fios da urdidura divina.

Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só, como é; mas, se morrer, produz abundante fruto. Jo. 12,24. 15.

Pela glória de Deus, pela sua salvação, e pela dos próximos, deve- se estar verdadeiramente dispostos a padecer muito, ser burlado, desprezado e sofrer voluntariamente trabalhos e tribulações.

Deve-se, finalmente, agir de tal maneira que a principal ocupação seja sempre a oração; para que Deus habite permanentemente em nós pela caridade, devemos também construir em nós uma casa para a fé, para que se realizem as palavras de São Paulo:

"Já que ressuscitastes com Cristo,
procurai as coisas do alto,
pensai nas coisas do alto,
não vos interesseis pelas terrenas,
já que vós morrestes,
e vossa vida está escondida com Cristo em Deus";
e também as de Cristo: "A tua fé te salvou".

Lc. 8,48.

Se tiverdes fé como um grão de mostarda,
direis a este monte:`Muda-te daqui para ali',
e ele se mudará,e nada vos será impossível.

Mt. 17,20

Se a vossa justiça
não exceder a dos escribas e a dos fariseus,
não entrareis no Reino dos Céus.

Ouvistes o que foi dito aos antigos:
`Não matarás'. Eu, porém, vos digo:
todo aquele que se encolerizar contra o seu irmão
será réu em juízo.

Ouvistes (também) o que foi dito:
`Não cometerás adultério'.
Eu, porém, vos digo:
todo aquele que olha para uma mulher para cobiçá-la,
já cometeu adultério com ela em seu coração.

Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta
e espaçoso o caminho que conduz à perdição,
e muitos são os que entram por ele.

Mt. 5,1; 20-27; 7,13.

Referências:

1. Hugo de São Vitor: De Sacramentis Fidei Christianae, Prólogo; Migne PL 176,183.

2. S. Paulo da Cruz: Regra da Congregação dos Clérigos Passionistas, C.1,2.

3. S. Marcos: Evangelho, C.12,28.

4. Hugo de São Vítor: De Sacramentis Fidei Christianae, L.II P.XIII C.9; Migne PL 176, 535.

5. S. Marcos: Evangelho, C.12,28. S. Paulo: Epístola aos Hebreus; C. 8,10. Jeremias: C. 31,31-34. S. Leão Magno: Sermo 21, C.3; Migne PL 54,192-3. Deuteronômio: C. 6,4-9; C. 11,18-21.

6. S.Lucas: Evangelho, C. 14,25-35.

7. S. Afonso Ligório: O Grande meio da Oração, Intr.S.João Damasceno: De Fide Orthodoxa, L. III, C. 24. S. Marcos Diádoco: Capita Centum de Perfectione Spirituali, C. 1; Migne, PG 65,116

7. S. Antão: Regulae sive Canones ad filios suos; Migne, PG 40, 1065. Epistola I; Migne, PG 40, 981.

8. S. Inácio Loyola: Exercícios Espirituais.S.Antão: Interrogationes Quaedam; Migne, PG 40, 1093-5. Salmo 149.

9. S. Francisco de Assis: Regra não aprovada dos Frades Menores, C. 22-23. S. Antão: Epístola II; Migne, PG 40, 986-987.

10. S. Antão: Interrogationes Quaedam; Migne, PG 40, 1093-5.

11. S. Paulo: Epístola aos Romanos, C. 8. S.Tomás de Aquino: Quaestiones Disputatae de Veritate, Q.5 a.8.

12. S. Mateus: Evangelho, C. 6; C. 10.

13. Vida de S. Francisca Xavier Cabrini, por uma Missionária do Sagrado Coração, C. 9.

14. S. João: Evangelho, C. 12,24.

15. S. Paulo da Cruz: Regra da Congregação dos Clérigos Passionistas, C. 4,11.

16. S. João da Cruz: Subida do Monte Carmelo. S. Paulo: Epístola aos Colossenses, C. 3,1-3. S.Lucas: Evangelho, C. 8,48.

O veneno do "politicamente correto": marxismo, islamismo, diversidade, multiculturalismo, etc.

Politicamente Correcto - A Vingança do Marxismo

Fonte:http://omarxismocultural.blogspot.com.br/2012/10/politicamente-correcto-vinganca-do.html#comment-form

FrontPage Magazine: Você faz a perspicaz observação da forma como o politicamente correcto gera o mal "devido à violência que leva a cabo nas almas das pessoas ao forçá-las a afirmar ou a aludir coisas que não acreditam, mas que não podem questionar." Pode falar um pouco mais disto?

Theodore Dalrymple:
O politicamente correcto é propaganda comunista em ponto pequeno. Durante o meu estudo das sociedades comunistas, cheguei à conclusão de que o propósito da propaganda comunista não era persuadir ou convencer . . . . mas humilhar e desde logo, quanto menos estiver de acordo com a sociedade, melhor é. Quando as pessoas são forçadas a permanecer caladas quando lhes é dita a mais óbvia das mentiras, ou pior ainda quando são obrigadas a repetir elas mesmas a mentira, elas perdem o seu sentido inquisitor. Concordar com mentiras óbvias é co-operar com o mal, e em menor escala, tornar-se ela mesma também maligna. A capacidade da pessoa de resistir a qualquer coisa é corroída e até destruída. Uma sociedade de mentirosos emasculados é mais fácil de controlar. Eu acho que se examinarmos o politicamente correcto, ele tem o mesmo efeito e é suposto que tenha.

Eu ouvi pessoas que cresceram em países comunistas a afirmar que nós, no Ocidente, somos tão indoutrinados pelo Multiculturalismo e pelo Politicamente Correcto tal como eles o eram sob o comunismo, ou até mais. Mesmo nos tempos áureos do Bloco do Leste existiam grupos dissidentes nestes países. O mais assustador é que eu acho que ele tem razão.

Mas como é isso possível? Não temos nós liberdade de expressão aqui? Não estamos nós livres de sermos enviados para um Gulag?

O problema é que nós nunca chegamos a vencer a Guerra Fria da forma decisiva que deveríamos ter vencido. Sim, o Muro de Berlin caiu e a União Soviética entrou em colapso. Isto retirou a ameaça militar sobre o Ocidente, e a economia Marxista mais hardcore sofreu um golpe na sua credibilidade como alternativa credível. No entanto, um dos maiores erros que nós fizemos depois da Guerra Fria foi declarar que o Socialismo encontrava-se agora morto, e como tal, não tinhamos mais com o que nos preocupar.

No entanto, eis-nos aqui agora, uma geração depois, a descobrir que a retórica e a forma de pensar Marxista penetrou todos os estratos da nossa sociedade, desde as universidades até aos média. O terrorismo islâmico é explicado como sendo um fenómeno causado pela "pobreza, opressão e marginalização," uma interpretação Marxista clássica.

O que aconteceu foi que, embora o Marxismo "rígido" da União Soviética possa ter entrado em colapso, pelo menos por agora, o Marxismo "soft" da Esquerda Ocidental na verdade tornou-se mais forte, em parte porque nós o consideramos menos ameaçador. Os Marxistas "rígidos" possuíam mísseis nuclear intercontinentais e abertamente afirmavam que nos iriam "enterrar". Os Marxistas "soft" falam de tolerância e aparentam ser menos ameaçadores, mas o seu propósito de subverter o maligno Ocidente capitalista continua a ser o mesmo. Aliás, os Marxistas "soft" são mais perigosos porque escondem o seu propósito por trás de qualificações distintas. Se calhar o melhor seria chamarmos a isto de "Socialismo oculto" em vez de Marxismo "soft".

Um dos leitores do blogue Fjordman ressalvou uma vez que, depois da Guerra Fria, nunca chegamos a ter um processo de des-Marxização semelhante ao processos de des-Nazificação que ocorreu depois da 2ª Grande Guerra. Ele tinha em mente a antiga União Soviética e os países da Europa do Leste, mas provavelmente ele deveria ter incluído os acompanhantes dos marxistas, os seus simpatizantes e apologistas do Ocidente.

Nós nunca chegamos a confrontar a ideologia Marxista, e nem demonstramos que o sofrimento causado a centenas de milhões de pessoas era consequência directa das ideias Marxistas. Nós apenas assumimos que o Marxismo estava morto, o que permitiu que muitos dos seus ideiais sofressem mutações e surgissem com nova roupagem, permitindo que os seus advogados prosseguissem ininterruptamente com o seu trabalho, às vezes com um sentimento de vingança e um renovado zelo no seu ataque ao Ocidente capitalista.

Hoje em dia estamos a pagar o preço disso. Não só o Marxismo sobreviveu, como está a prosperar e tornou-se mais forte. As ideias esquerdistas em torno do Multiculturalismo e das fronteiras abertas practicamente adquiriram a hegemonia no discurso público, ao mesmo tempo que os seus críticos são atacados e demonizados.

Ao esconderem as suas intenções por trás de nomes como "anti-racismo" e "tolerância, os Esquerdistas adquiriram um grau de censura no discurso público que nunca poderiam ter imaginado adquirir se tivessem decarado abertamente as suas intenções de transformar radicalmente a civilização Ocidental e destruir os seus fundamentos.

A Esquerda tornou-se orfã ideológica após o fim da Guerra Fria; se calhar o termo mais apropriado é mercenários ideólogos. Apesar da alternativa económica viável ao capitalismo não ter funcionado, o seu ódio pelo sistema nunca acalmou; apenas se transformou em outras coisas. O Multiculturalismo é apenas outra palavra para "dividir e conquistar", colocando os vários grupos étnicos e culturais uns contra os outros, destruindo a coerência da sociedade Ocidental a partir do seu interior.

As pessoas que viviam nos antigos países Comunistas sabiam e admitiam que faziam parte duma gigantesca experiência social, e que os média e as autoridades lhes serviam propaganda como forma de alcançar apoio para os seus projectos. No entanto no Ocidente supostamente livre, nós fazemos parte da gigantesca experiência social com o nome de Multiculturalismo e imigração Muçulmana que é tão radical, utópica e potencialmente tão perigosa como o Comunismo - buscando formas de transformar toda a nossa sociedade de cima a baixo - no entanto nos recusamo-nos a aceitar que essa experiência está a decorrer.

Na Noruega, um pequeno país que até há pouco tempo tinha uma população 99% branca e Cristã Luterana, os nativos noruegueses serão em breve uma minoria na capital do seu país, e mais tarde uma minoria em todo o país. Mesmo assim, os políticos, jornalistas e professores universitários Noruegueses insistem que não existe motivo para preocupação.

O Multiculturalismo e a imigração não são coisas novas. De facto, há cerca de um século atrás o nosso rei de então havia nascido na Dinamarca, portanto ter uma capital dominada por Paquistaneses, Curdos, Árabes e Somalis não é nada de anormal. A transformação mais colossal do país em mil anos, e provavelmente a maior transformação registada pela História, é, portanto, tratada como algo natural. Sugerir que pode haver algo de errado com isto é suficiente para se ser silenciado debaixo de acusações de "racismo."

Eric Hoffer ressalvou que

É perfeitamente óbvio que o movimento de massas que tenta converter os outros tem que destruir todos os laços de grupo existentes, se é propósito seu fazer-se rodear por uma considerável massa de seguidores. O potencialmente ideal convertido é aquele que se encontra sozinho, que não faz parte de qualquer corpo colectivo onde se possa misturar, e perder-se no seu interior como forma de mascarar a sua mesquinha, insignificante e superficial existência. Nos sítios onde os movimentos de massas encontram um padrão corporativo de família, tribo, nação, etecera, num estado de perturbação e decadência, o movimento de massa muda-se para o seu interior e recolhe os dividendos. Onde ele encontra um padrão corporativo em boa forma, ele têm primeiro que atac-lo e perturbá-lo.

Isto corresponde na perfeição com o comportamento da Esquerda Ocidental actual.

Na Alemanha, Hans-Peter Raddatz no seu livro “Allahs Frauen” (As Mulheres de Alá) expõe a destrutiva atitude do Multiculturalismo que é partilhada por muitos funcionários civis, jornalistas, políticos e advogados na Alemanha e na União Europeia (UE). Ele documenta particularmente a forma como o Partido "Os Verdes" Alemão possui um plano para dismantelar e dissolver a “Leitkultur” Cristã, ou a cultura comum, que até agora tem sido a base da Alemanha e o Ocidente.

Raddatz é de opinião de que as décadas de imigração Muçulmana estão a ser usadas como um instrumento com o qual destruir as instituições, as normas e as ideias que a Esquerda tentou no passado destruir através da economia. Através de posições poderosas nos média, nas instituições públicas e no sistema de educação, estes Multiculturalistas estão a trabalhar num projecto de larga escala que visa renovar a civilização Ocidental que, segundo eles, falhou.

A jornal norueguês com o nome de Dagens Næringsliv expôs o facto da maior organização "anti-racista" do país, SOS Rasisme, estar fortemente infiltrada por Comunistas e membros da extrema-Esquerda. Eles infiltraram-se na organização nos finais dos anos 1980 e princípios dos anos 1990, isto é, durante o período da queda do Comunismo na Europa Oriental.

Eles passaram directamente do Comunismo para o Multiculturalismo, o que pode indicar que pelos menos alguns deles viam o Multiculturalismo como uma continuação do Comunismo, mas por outros meios. Para além disso, isto revela-nos muito acerca da íntima ligação entre o Marxismo económico e o Marxismo cultural; estas ideologias são apenas caminhos distintos que visam atingir os mesmos objectivos.

A maior parte da Esquerda política está determinada em expor os seus adversários como malignos, em vez de discutir de forma racional os seus argumentos. Atribuir qualificações tais como "racista" ou mesmo "Fascista" a alguém que critica a imigração em massa ou o Multiculturalismo tornou-se tão comum que os anti-Islamistas noruegueses cunharam um novo termo para isso: “Hitling,” que, em sentido lato, pode ser traduzido como "fazer como Hitler." A lógica por trás do “hitling” é mais ou menos assim:

Tu tens uma barba. Adolf Hitler também tinha pêlos faciais, portanto tu deves ser como Hitler. Adolf Hitler gostava de cães. Tu também tens animais de estimação, portanto tu deves ser como Hitler. Adolf Hitler era vegetariano. Tu gostas de cenouras, tu és exactamente como Hitler.

Qualquer "direitista" pode ser atacado com tais acusações. Curiosamente, o reverso quase nunca é verdade. Embora o Marxismo tenha morto 100 milhões de pessoas durante o século 20, e tenha falhado em todas as sociedades onde quer que tenha sido instalado, não parece haver qualquer estigma em ser um Esquerdista. O facto dos Esquerdistas poderem sair ilesos com alegações de superioridade moral demonstra de forma ampla que nós não vencemos a Guerra Fria. Nós baixamos a guarda depois da queda do Muro de Berlim e nunca chegamos propriamente a denunciar a ideologia por trás dela. Isto agora voltou para nos assombar.

Um membro dum partido anti-imigração do Reino Unido disse que ser chamado de racista no século 21 é "o mesmo que ser chamado de bruxa durante a Idade Média." Ele provavelmente ele tem razão, o que significa que o anti-racismo tornou-se na moderna caça às bruxas.

Naomi Klein, activista canadiana e autora do livro No Logo, é figura querida da Esquerda Ocidental. Ela alega que o verdadeiro motivo por trás do terrorismo Islâmico é o racismo Ocidental, directamente ligados às experiências pessoais de Sayyid Qutb - teórico da Jihad Islâmica moderna - durante o período em que ele viveu nos EUA dos anos 1940. “O verdadeiro problema,” conclui ela, “não é a existência de demasiado Multiculturalismo mas o facto de haver pouco.” O aumento do Multiculturalismo, alega ela, “tiraria aos terroristas o que sempre foi a sua melhor arma de recrutamento: o nosso racismo.”

Robert Spencer, no entanto, não está muito impressionado com a lógica ou o conhecimento histórico de Klein:

“A raiva de Qutb que mudou o mundo?” Será que essa raiva é mesmo de Qutb? Será que o terrorismo Islâmico moderno pode ser atribuído a ela e às suas experiências racistas que ele sofreu no Colorado? Seria de esperar que, se isto fosse verdade, não existissem evidências do Islão político e violento antes de 1948. Mas de facto, a Irmandade Muçulmana, da qual Qutb fazia parte, foi fundada não em 1948 mas em 1928, e não por Qutb, mas por Hasan Al-Banna.

Foi Al-Banna, não Qutb, que escreveu: “Na Tradição [Islâmica] existe um claro indicador em favor da obrigação de lutar contra os Povos do Livro [Judeus e Cristãos], e o facto de Deus duplicar a recompensa daqueles que lutam contra eles. A Jihad [guerra santa aprovada pela tradição islâmica] não é só contra os politeístas, mas contra todos os que não aceitam o Islão.”

Paul Berman também não partilha da interpretação de Klein. Segundo ele, o livro que Qutb escreveu nos anos 1940 com o nome de 'Social Justice and Islam' [Justiça Social e o Islão] demonstra que, mesmo antes da sua viagem para EUA, Qutb “encontrava-se firme no seu fundamentalismo Islâmico,” embora possa ter piorado depois de ele se deparar com a "imoralidade" Ocidental.

Segundo Berman, o elemento realmente perigoso da vida Americana, segundo as estimativas de Sayyid Qutb, “não era o capitalismo, a política externa, o racismo ou a infeliz veneração da independência feminina. O verdadeiro elemento perigoso dos EUA encontrava-se na separação entre a Igreja e o Estado - o legado moderno da antiga divisão Cristã do sagrado e do secular. Os verdadeiros proponentes do Islão tinham que se unir em torno do que Qutb, no seu livro Milestones chamou de vanguarda. Esta vanguarda de genuínos Muçulmanos iria restaurar o califado e levar o Islão para todo o mundo, tal como Muhammad o havia feito.”

Tanto o livro Milestones como partes do livro provavelmente mais importante de Qutb, In the Shade of the Qur’an, encontram-se disponíveis online e em inglês. No livro Milestones, ele escreve como a Jihad continuará até que todo o mundo responda ao Islão, que “o Islão veio ao mundo para estabelecer o domínio de Deus na Terra de Deus.” “O Islão tem o direito de remover todos os obstáculos que se encontram no caminho,” e “tem o direito de destruir todos os obstáculos, quer sejam instituições e tradições,” por tudo o mundo. “O domínio de Deus na terra que Lhe pertence só pode ser estabelecido através do sistema Islâmico.”

De que forma é que isto está relacionado com o racismo Ocidental? Porque é que a Jihad teve início mil anos antes do colonialismo Ocidental ter entrado em contacto com terras Islâmicas? E o que dizer dos milhões massacrados na Índia através da Jihad Islâmica? Foi também isso o resultado do racismo Ocidental? Disto Naomi Klein não fala. Ela só culpa o ocidente. E ela não é a única a sofrer desta desilusão.

Comentando os tumultos-Jihad ocorridos em França no Outono de 2005, o filósofo Alain Finkielkraut afirmou:

Em França, muito gostariam eles de reduzir este confrontos à sua dimensão social e olhar para eles como uma revolta de jovens dos subúrbios contra a sua situação, contra a discriminação que sofrem, contra o desemprego. O problema é que estes jovens são, na maioria, negros ou árabes com identidade islâmica. Reparem numa coisa: em França existem outros imigrantes também eles numa situação difícil — Chineses, Vietnamitas, Portugueses — e eles não estão a tomar parte das manifestações. Devido a isto, torna-se claro que esta é uma revolta com características etnico-religiosas.

Estas pessoas são tratadas como rebeldes, como revolucionários. (…) Eles são "interessantes." Eles são os "desprezados do mundo."

Imaginem por um momento que eles eram brancos, tal como em Rostock na Alemanha. Imediatamente, todos diriam coisas como "o fascismo não será tolerado." Quando um Árabe incendia uma escola, isso é qualificado de rebelião. Quando um branco faz o mesmo, isso é fascismo. O mal está errado, independentemente da cor de quem o faz.

Numa entrevista com o semanário dinamarquês Weekendavisen, Finkielkraut disse que:

O racismo é a única coisa que ainda pode gerar raiva entre os intelectuais, entre os jornalistas e entre as pessoas da área do entretenimento, isto é, as elites. A cultura e a religião entraram em colapso; apenas o anti-racismo permanece, e funciona como uma idolatria intolerante e desumana.

Um dos líderes duma das organizações contra o racismo teve a audácia de se referir às acções da polícia dos subúrbios de Paris como "limpeza étnica." Este tipo de terminologia usada em torno da situação Francesa indica um deliberada manipulação da linguagem.

Infelizmente, estas mentiras malucas convenceram o público de que a destruição dos subúrbios deveria ser vista como um protesto contra a exclusão e contra o racismo. Acho que esta elevada ideia de "guerra ao racismo" gradualmente se está a tornar numa ideologia horrível. E este anti-racismo será no século 21 o que o comunismo foi no século 20: uma fonte de violência.

Será que os franceses tornaram-se vítimas do niilismo de Jean-Paul Sartre? Roger Scruton escreveu em torno desta continuada influência do The Spectator:

Os franceses ainda não se recuperam de Sartre e provavelmente nunca se irão recuperar uma vez que tiveram que viver com um establishment intelectual que repudiou as duas coisas que unem o país: o Cristianismo e a ideia da França.

A postura anti-burguesa dos intelectuais da esquerda entrou dentro do processo político e deu forma a uma elite para quem nada é seguro excepto o repúdio da ideia nacional. É graças a esta elite que o projecto louco da União Europeia se tornou indelevelmente inscrito no processo político Francês, embora o povo Francês o tenha rejeitado. É graças a esta elite que a imigração em massa para França de comunidades Muçulmanas não-assimiláveis foi encorajada e subsidiada e é graças a esta elite que o socialismo se tornou embutido no estado Francês de forma tão firme que ninguém o pode reformar.

Não só de negociação viverá o homem.

O próprio Karl Marx declarou que “O significado de paz é a total ausência de oposição ao socialismo,” um sentimento que se corresponde de modo quase exacto com a ideia Islamica de que a "paz" significa a ausência de oposição ao domínio Islâmico. O Marxismo Cultural - isto é, o Politicamente Correcto - e o Islão partilham da mesma visão totalitária, e instintivamente concordam na sua oposição à livre discussão e na posição de que a liberdade de expressão tem que ser controlada se a mesma for "ofensiva" para alguns grupos.

O ex-Muçulmano Muslim Ali Sina ressalva que,

. . . as diferenças entre a esquerda e o Islão são mínimas. O que falta a ambos os credos é a aderência à Regra de Ouro. Tal como para muitos Muçulmanos tudo o que é Islâmico está à priori certo e é bom e tudo o que é não-Islâmico está à priori errado e é maligno, para a Esquerda, tudo o que é esquerdista é à priori oprimido e é bom, e tudo o que vem da direita é opressor e é maligno. Os factos não interessam. A justiça é determinada por quem tu és e não por aquilo que tu fizeste. . . . . O politicamente correcto é uma doença intelectual que significa mentir de modo expediente quando dizer a verdade não é proveitoso. Esta práctica encontra-se tão disseminada que é considerada normal.

Sina cita também o historiador Christopher Dawson quando escreve:

É relativamente fácil o indivíduo adoptar uma atitude negativa de cepticismo crítico, mas quando a sociedade como um todo abandona todas as crenças positivas, ela fica sem forças para resistir aos efeitos desintegradores do egoísmo e do interesse egocêntrico. De modo lato, todas as sociedades dependem do reconhecimento de princípios e ideias comuns. Mas se elas não fazem nenhum apelo moral ou espiritual à lealdade dos seus membros, ela inevitavelmente entra em colapso.

Este será o resultado do Multiculturalismo, e suspeita-se que este era o objectivo desde o princípio.

Outro antigo Muçulmano, o escritor Ibn Warraq, visitou a Dinamarca aquando do lançamento do seu livro Why I am not a Muslim. Durante uma entrevista, Ibn Warraq declarou que entre a Esquerda existe um complexo de culpa pós-colonial que constitui um obstáculo quase intransponível para quem quer criticar o Islão ou as culturas do Terceiro Mundo. Portanto, a Esquerda colocou de lado os seus valores universais em favor do perigoso relativismo.

Ibn Warraq notou que mesmo depois de terem decorrido mais de 50 anos desde o momento em que o Ocidente abandonou as colónias do Terceiro Mundo, os Esquerdistas continuam a culpar o Ocidente por todos os males existentes em África e no Médio Oriente. No entanto, passados que estão 10 anos depois da queda do Comunismo, eles culpam o capitalismo descontrolado pelos problemas da Rússia.

A Esquerda recusa-se a buscar respostas em outros lugares. Ao mesmo tempo, e muito por culpa de Marx, eles estão habituados a procurar explicações económicas para tudo. Consequentemente, eles buscam explicações económicas para o terrorismo Islâmico. Mas é um mistério enorme como é que 200 mortos em Madrid podem de alguma forma ajudar os pobres do mundo Islâmico.

O Presidente da República Checa Vaclav Klaus, que tem experiência pessoal de viver sob o jugo do Socialismo, avisa-nos que o mesmo pode não estar tão morto como nós pensamos que está:

Podemos afirmar de modo confiante que a "versão rígida" - comunismo - acabou. No entanto, temo que quinze anos depois do colapso do comunismo estejamos a presenciar o início da sua versão mais suave (ou fraca), o social-democratismo, que - sob vários nomes como por exemplo: estado pensionista - se tornou no modelo social e económico dominante da actual civilização Ocidental. O mesmo baseia-se num governo condescendente e patronizador, numa extensiva regulamentação do comportamento humano, e numa redistribuição em larga escala dos rendimentos. O socialismo explicito perdeu o seu apelo e como tal, nós não o deveríamos ter como o rival principal das nossas ideias actuais.

Klaus avisa que estas ideias anti-liberais estão a regressar com formas distintas:

Estas ideias são, no entanto, semelhantes a ele. Existe sempre uma limitação (ou constrangimento) da liberdade humana, existe sempre uma ambiciosa engenharia social, existe sempre uma imodesta "implementação dum bem" por parte daqueles que são ungidos (Thomas Sowell) sobre outros contra a vontade destes últimos.

As ameaças actuais à liberdade podem usar "chapéus" diferentes, esconder melhor a sua natureza, e agir de uma forma mais sofisticada que em eras passadas, mas, em princípio, são as mesmas de sempre. Estou a falar no ambientalismo (que tem como princípio colocar a Terra - e não a Liberdade - em primeiro lugar), no direito-humanismo radical (baseado - como defende de modo preciso de Jasay – em não distinguir os direitos do direitismo), na ideologia da "sociedade cívica" (ou "communitarism"), que mais não é do que uma versão do colectivismo pós-Marxista que deseja privilégios para grupos organizados, e como consequência, uma refeudalização da sociedade.

Estou a falar também do multiculturalismo, do feminismo, do tecnocratismo apolítico (baseado no ressentimento contra a política e os políticos), o internacionalismo (e especialmente a sua variante Europeia, o Europeianismo) e um fenómeno em crescimento rápido que eu gosto de chamar de ONGismo. [ed: ONG = Organização Não Governamental]

The EUSSRVladimir Bukovsky é um antigo dissidente Soviético, para além de autor e activista pelos direitos humanos.

Ele foi um dos primeiros a expor o uso de aprisionamento psiquiátrico contra os prisioneiros políticos na URSS, e passou o total de 12 anos nas prisões Soviéticas.

A viver actualmente em Inglaterra, ele lança avisos contra alguns impulsos anti-democráticos no Ocidente, especialmente os impulsos da União Europeia, que ele vê como herdeiros da União Soviética.

Em 2002 ele juntou-se a um protesto contra a obrigatória "TV licence" da BBC, facto que ele considera ser "um arranjo tão medieval que eu pura e simplesmente tinha que protestar contra ele."

Os Britânicos estão a ser forçados a subsidiar uma corporação que suprime a liberdade de expressão, e que publicita posições que nem sempre estão de acordo com as posições mantidas pelo público em geral

Ele atacou a BBC pelo seus "viés e propaganda", especialmente na sua cobertura de eventos em torno da UE ou do Médio Oriente.

Gostaria que a BBC se torna-se na sucessora da KGB e me lançasse na prisão por exigir liberdade de expressão. Nada os revelaria de modo mais óbvio aquilo que eles são.

Ele não é o único farto daquilo que ele pensa ser o viés Esquerdista da BBC. Michael Gove, um MP [Membro do Parlamento] Conservador, e Mark Dooley, comentador político, queixam-se da cobertura invertida de alguns assuntos.

Tomemos como exemplo a cobertura da BBC em torno do falecido Yasser Arafat. Numa emissão de 2002, ele foi caracterizado de "ícone", e "herói", mas nenhuma menção foi feita aos seus esquadrões de terror, à corrupção, ou à sua supressão brutal dos dissidentes palestinos. Semelhantemente, quando, em 2004, Israel assassinou o líder espiritual do Hamas, Sheikh Ahmed Yassin, um repórter da BBC descreveu-o como um homem "simpático, amável, espirituoso, e profundamente religioso." Isto apesar do facto de, debaixo da liderança de Yassin, o Hamas ter assassinado centenas de pessoas.

Um ligeira influência esquerdista na visão do mundo da BBC influencia demais o que a corporação produz. Temos o direito de esperar mais honestidade do serviço de emissão que nos é pedido que subsidiemos.

Vladimir Bukovsky é de opinão de que o Ocidente perdeu a Guerra Fria:

Nunca houve julgamentos ao estilo de Nuremberg em Moscovo. Porquê? Porque embora nós tenhamos vencido a Guerra Fria em termos militares, perdemos no contexto das ideias. O Ocidente parou um dia cedo demais, tal como na Tempestade do Deserto. Imaginem se os Aliados tivessem ficado satisfeitos com algo parecido com a Perestroika na Alemanha Nazi - em vez de rendição incondicional. Qual seria a situação da Europa então, isto sem falar na própria Alemanha? Todos os colaboradores Nazis teriam permanecido no poder, embora com um novo disfarce.

Foi exactamente isto que aconteceu na União Soviética em 1991. . . . O Comunismo provavelmente estava morto, mas os comunistas permaneceram no poder nos países do Pacto de Varsóvia, e os seus colaboradores Ocidentais ascenderam ao poder em todo o mundo (particularmente na Europa).

Isto é pouco menos que um milagre: a derrota dos Nazis em 1945 logicamente virou a política mundial para a Esquerda, ao mesmo tempo que a derrota do Comunismo em 1991 virou a mesma política também para a Esquerda - desta vez de forma bastante ilógica. Não é surpreendente, portanto, que, apesar da derrota do Comunismo, a Esquerda radical ainda atribua si mesma um patamar moral superior.

Quando os Nazis perderam a Segunda Guerra Mundial, o ódio racial foi desacreditado. Quando os Soviéticos perderam a Guerra Fria, os pilares do ódio de classes permaneceram tão populares como sempre.

Bukovsky alega que embora o Ocidente tenha obtido uma vitória militar, ideologicamente o Socialismo prevaleceu como uma ideia popular por todo o mundo. Ele escreve:

Havendo falhado em acabar de modo conclusivo com o sistema comunista, encontramo-nos agora em perigo de integrar o monstro resultante no nosso mundo. Pode não ser chamado de comunismo, mas retém muitas das mesmas características perigosas . . . . . Enquanto os crimes do comunismo não forem sujeitos a um julgamento ao estilo de Nuremberga, o mesmo não está morto e a guerra ainda não acabou.

Marxismo Cultural

O Marxismo Cultural tem as suas raízes nos anos 1920, quando pensadores socialistas propuseram um ataque às bases culturais da civilização Ocidental como forma de pavimentar o caminho para a transição Socialista. O Marxismo Cultural, portanto, não é nada de "novo", mas sim algo que tem coexistido com o Marxismo económico há já algumas gerações, mas que recebeu um forte impulso no Ocidente a partir da década 60 e 70 do século passado.

À medida que a União Soviética ruia e a China abraçava o capitalismo, os Marxistas económicos juntaram-se também ao comboio "cultural" uma vez que, por esta altura, era o único jogo a decorrer. Eles não têm qualquer alternativa ao presente, mas eles não estão preocupados. Eles genuinamente acreditam que nós, o Ocidente, somos tão malignos e exploradores que virtualmente qualquer coisas seria melhor, mesmo o Califado Islâmico.

A "Free Congress Foundation" tem um livrete interessante online chamado Political Correctness: A Short History of an Ideology, editado por William S. Lind. Segundo Lind, o Politicamente Correcto. . .

. . . quer alterar o comportamento, o pensamento e até as palavras que nós usamos. De modo significativo, isto já está feito. Quem quer, ou o que quer, que controle a linguagem, controla o pensamento. O Politicamente Correcto é, de facto, Marxismo cultural. O esforço de traduzir o Marxismo da economia para a cultura não teve início na rebelião estudantil dos anos 60. Ela tem as suas origens, pelo menos, nos anos 1920 e nos escritos do Comunista Italiano Antonio Gramsci.

Em 1923, na Alemanha, um grupo de marxistas fundou um instituto dedicado a fazer esta tradução: O "Institute of Social Research" (mais tarde conhecida como a Escola de Frankfurt). Um dos fundadores, George Lukacs, declarou o seu propósito como sendo a resposta à questão: "Quem nos salvará da Civilização Ocidental?"

Lind é de opinião de que existem paralelos significativos entre o Marxismo clássico e o Marxismo cultural:

Ambas as ideologias são totalitárias. A natureza totalitária do Politicamente Correcto pode ser visto nas Universidades onde o "PC" tomou conta da instituição: a liberdade de expresssão, a liberdade da imprensa, e até a liberdade de pensamento encontram-se eliminadas.

Hoje, com o Marxismo económico morto, o Marxismo cultural prosseguiu a sua missão. O método mudou, mas a mensagem é a mesma: uma sociedade de igualitarismo radical imposto através do poder do Estado.

Tal como no Marxismo clássico, certos grupos - operários e camponeses - são à priori bons, outros grupos - a burguesia e os donos do capital - são malignos. No Politicamente Correcto do Marxismo cultural certos grupos são bons, por exemplo, as mulheres feministas. Semelhantemente, os homens brancos são automaticamente maus, transformando-se no equivalente da burguesia no Marxismo económico.

Tanto o Marxismo económico como o cultural têm um método de análise que automaticamente lhes dá as respostas que eles querem. Para o Marxista clássico, é a economia Marxista. Para o Marxista cultural é a desconstrução. A desconstrução essencialmente pega num texto, retira todo o significado dele, e re-insere qualquer dos sentidos desejados.

Raymond V. Raehn concorda com Lind quando este diz que o "Politicamente Correcto é Marxismo, com tudo o que isso implica: perda da liberdade de expressão, polícia do pensamento, inversão da ordem social tradicional e, por fim, um Estado totalitário." Segundo ele,

. . . Gramsci tinha em mente uma longa marcha pelas instituições sociais, incluindo o governo, o sistema legal, os militares, as escolas e os média. Ele concluiu também que enquanto os trabalhadores tivessem uma alma Cristã, eles nunca responderiam ao apelo revolucionário.

Outro teórico Marxista cultural, Georg Lukacs, reparou que "Tal subversão mundial dos valores não pode ocorrer sem primeiro a aniquilação dos antigos valores e a criação de novos valores por parte dos revolucionários.” No encontro que decorreu na Alemanha, em 1923, “Lukacs propôs o conceito da indução do "Péssimismo Cultural" como forma de aumentar o estado de falta de esperança e alienação da sociedade Ocidental como pré-requisito necessário para a revolução.”

William S. Lind ressalva que este Marxismo cultural teve início depois da Revolução Marxista da Rússia de 1917 não se ter espalhado para outros países. Os Marxistas tentaram analisar as razões para isso, e descobriram-na na civilização e cultural Ocidental.

Gramsci disse que os trabalhadores nunca se mentalizariam dos seus interesses de classe, tais como definidos pelo Marxismo, até que eles se vissem livres da cultura Ocidental, e particularmente da religião Cristã; os trabalhadores encontravam-se alienados dos seus interesses de classe devido à cultura e à religião. Em 1919, Lukacs, que foi considerado o mais brilhante teórico Marxista desde o próprio Marx, disse "Quem nos salvará da Civilização Ocidental?"

John Fonte descreve como esta guerra cultural está a ser levada a cabo nos EUA no seu poderoso artigo “Why There Is A Culture War: Gramsci and Tocqueville in America.” ["O Porquê de Existir Uma Guerra Cultural: Gramsci e Tocqueville na América"]

Segundo ele, “abaixo da superfície da política Americana um intenso confronto ideológico está a decorrer entre duas visões do mundo concorrentes. Eu chamo a isto "Gramsciano" e "Tocquevilliano", segundo os intelectuais e autores das ideias em confronto - o pensador Italiano do século 20 Antonio Gramsci e, claro está, o intelectual francês do século 19 Alexis de Tocqueville. O que está em jogo nesta batalha entre os herdeiros destes dois homens nada menos é que o tipo de país que teremos nas décadas que se seguem,"

Antonio Gramsci (1891-1937), intelectual e político Marxista,

“acreditava que primeiro era necessário delegitimizar os sistemas de crença dominantes dos grupos predominantes e criar uma "contra-hegemonia" (i.e., um novo sistema de valores para os grupos subordinados) antes dos marginalizados poderem receber poder. Para além disso, uma vez que os valores hegemónicos permeiam todas as esferas da sociedade civil - escolas, igrejas, os média , associações voluntárias - a própria sociedade civil, disse ele, é o grande campo de batalha na luta pela hegemonia, a "guerra posicional." A partir deste ponto, também, seguiu-se um corolário pelo qual Gramsci deveria ser conhecido (que encontra-se presente no slogan feminista) - que toda a vida é "política".

Portanto, a vida privada, o local de trabalho, a religião, a filosofia, as artes, a literatura, e a sociedade civil no seu todo, eram campos de batalha contestados na luta para se atingir a transformação social.

Isto, segundo Fonte,

. . é o cerne da mundivisão Gramsciana-Hegeliana - moralidade de grupo, ou a ideia de que o que é moralmente aceite é o que serve os interesses dos grupos étnicos, raciais e sexuais "oprimidos" ou "marginalizados". A noção da "opressão internalizada" é igual à noção Hegeliana-Marxista da "falsa consciência" onde as pessoas dos grupos subordinados "internalizam" (e, como tal, aceitam) os valores e as maneiras de pensar dos seus opressores presentes nos grupos dominantes. Esta forma de pensar é clássica do Hegelianismo-Marxismo - acções (tais como a liberdade de expressão) que "objectivamente" causam dano às pessoas das classes subordinadas são injustas (e deveriam ser ilegalizadas).

Ele documenta como as ideias de Gramsci e dos Marxistas culturais se propagaram por todas as Universidades Ocidentais. A professora de Direito Catharine MacKinnon escreve no seu texto Toward a Feminist Theory of the State (1989), “O estado de direito e o domínio do homem são a mesma coisa, indivisíveis" porque "o poder do Estado, incorporado na lei, existe através da sociedade como poder masculino." Para além disso, "O poder masculino é sistemático. Coercivo, legitimado, e epistémico, é o regime.”

MacKinnon alegou que o assédio sexual é, na sua essência, "um assunto de poder exercido pelo dominador sobre o grupo subordinado.” Numa conferência académica patrocinada pela Universidade do Nebraska, “os participantes articularam a visão de que 'os estudantes Brancos precisam desesperadamente de "treino" formal em percepção racial e cultural. O objectivo moral de tal treino é eliminar a noção dos brancos em torno da privacidade e individualismo.'"

Por vezes isto transforma-se em simples lavagem cerebral mascarada de pensamento crítico. Fonte menciona que, na Universidade de Columbia, “os novos estudantes são encorajados a livrarem-se das 'suas crenças sociais e pessoais que fomentam a desigualdade.' Para se levar a cabo isto, o deão assistente para os caloiros, Katherine Balmer, insiste que 'treinamento' é necessário. No princípio da década 1990, na Bryn Mawr, e segundo o programa escolar, no final da orientação dos novos estudantes, os mesmos estavam a 'ver-se livres' do 'ciclo de opressão' e transformarem-se em 'agentes de mudança'. O programa multicultural da Universidade de Syracuse está construído para ensinar os alunos que eles vivem 'num mundo impactado por vários tópicos de opressão, incluindo o racismo.'"

John Fonte é de opinião de que a resistência primária ao avanço do Marxismo cultural nos EUA vem dum segmento que ele qualifica de “Tocquevillianismo contemporâneo". "Os seus representantes tomam a descrição empírica de Alexis de Tocqueville em torno do excepcionalismo Americano, e celebram as características desde excepcionalismo como valores normativos que devem ser abraçados."

Tal como Tocqueville ressalvou nos anos 1830, os Americanos de hoje "tal como no tempo de Tocqueville, são muitos mais individualistas, religiosos, e patrióticos que qualquer outra nação comparativamente avançada. O que era particularmente excepcional para Tocqueville (e para os Tocquevillianos contemporâneos) é o singular caminho Americano para a modernidade. Ao contrário de outros modernistas, os Americanos combinaram crenças religiosas e patrióticas fortes com uma energia entrepreneurial dinâmica e incansável que colocava ênfase na igualdade e na oportunidade individual, e desdenhava afiliações grupais hierárquicas e ascriptivas."

Esta batalha está agora a ser levada a cabo na maioria das instituições Americanas.

Os Tocquevillianos e os Gramscianos entram em rota de colisão em virtualmente tudo o que interessa. Os Tocquevillianos acreditam que as verdades morais objectivas existem e que elas são vinculativas para todo o ser humano, independentemente da linha temporal. Os Gramscianos acreditam que "verdades" morais são subjectivas e que as mesmas dependem de circunstâncias históricas. Os Tocquevillianos acreditam na responsabilidade pessoal. Os Gramscianos acreditam que "o pessoal é político".

Em jeito de análise final, os Tocquevillianos são a favor da transmissão do regime Americano; os Gramscianos são a favor da transformação. Embora o Marxismo económico pareça ter morrido, a variedade Hegeliana articulada por Gramsci e outros não só sobreviveu à queda do Muro de Berlim, como avançou para desafiar a república Americana ao nível das suas ideias mais preciosas. Durante mais de dois séculos a América tem sido uma nação "excepcional", uma onde o dinamismo entrepreneurial tem sido temperado pelo patriotismo e um forte âmago religioso-cultural.

O triunfo final do Gramscianismo significaria o fim desta América muito "excepcional". A América tornar-se-ia mais Europeizada: estadista, amplamente secular, pós-patriótica, e preocupada com hierarquias de grupo e direitos de grupos onde a ideia da igualdade perante a lei, como tradicionalmente entendida pelo Americanos, seria finalmente abandonada. Por trás do nosso aparente tempo plácido, as consequências ideológicas, políticas e históricas são enormes.

O Britânico Anthony Browne escreve em The Retreat of Reason como o Politicamente Correcto é muito mais intolerante da dissidência que os liberais tradicionais ou os conservadores, visto que os Liberais de tempos idos . . "aceitavam a não-ortodoxia como normal. De facto, o direito à diferença de opinião era um pilar do liberalismo clássico. O Politicamente Correcto não confere a esse direito uma prioridade máxima uma vez que causa desconforto às suas mentes programadas. Aqueles que não se conformam [ao Politicamente Correcto] têm que ser ignorados, silenciados ou desacreditados. Existe um tipo de totalitarismo suave no Politicamente Correcto. Uma vez que os politicamente correctos não só acreditam que estão do lado da verdade mas também da virtude, logicamente segue que aqueles que se encontram na oposição não só estão errados, como malignos. Na mente PC, a busca pela verdade confere-lhes o direito de limitar as posições daqueles que discordam." "As pessoal que transgridem as crenças politicamente correctas são vistas não só como erradas, dignas de serem debatidas, mas malignas, dignas de serem condenadas, silenciadas e abafadas. A ascenção do politicamente correcto representa um ataque à razão e à democracia liberal."

Browne define o Politicamente Correcto como "a ideologia que classifica certos grupos de pessoas como vítimas que precisam de ser protegidas do criticismo, e que faz com que os crentes acreditem que nenhuma voz contrária deve ser tolerada." Ele avisa também que "Boas intenções pavimentam a estrada para o inferno. O que não falta no mundo são boas intenções. O que falta são boas formas de raciocinar."

No entanto, Anthony Browne foca-se mais na situação geopolítica - e não na estratégia Marxista - para explicar a ascensão do PC:

Essencialmente, o Politicamente Correcto é o produto duma civilização poderosa mas decadente que se sente suficientemente segura para deixar de lado a razão e colocar no seu lugar a emoção, e de subjugar a verdade em favor do bem. No entanto, os ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001, e aqueles que se seguiram em Bali, Madrid e Beslan, deixaram um sentimento de vulnerabilidade que fez com que as pessoas se sentissem mais assertivas em relação aos benefícios e defeitos da civilização Ocidental.

De alguma forma, a ascensão das potências do Este, China e índia, vai garantir que nas décadas que se seguem, a culpa ocidental murche: tendo agora poderes análogos com os quais se comparar, o Ocidente não mais se sentirá inclinado a mergulhar em auto-crítica, mas vai procurar formas de reafirmar a sua identidade.(…) a longo prazo, o politicamente correcto vai ser visto como uma aberração do pensamento Ocidental.

O produto da posição única e inquestionável do Ocidente, a sua afluência sem rival, o declínio comparativo do Ocidente, quando comparado com o Este, certamente que irá significar o fim do politicamente correcto.

No seu artigo “Why Isn’t Socialism Dead?” Lee Harris pondera se o Socialismo não se encontra vivo apenas e só porque não pode morrer. O economista Peruano Hernando de Soto alegou no seu livro, "The Mystery of Capital", que o fracasso das várias experiências socialistas durante o século 20 deixaram a humanidade com apenas uma escolha racional no que toca ao sistema económico a adoptar, nomeadamente, o capitalismo.

No entanto, alega Harris, "a vida dum socialista revolucionário é transformada porque ele aceita o mito de que um dia o socialismo triunfará, e a justiça geral prevalecerá." Devido a isto, existe "uma analogia entre a religião e o Socialismo revolucionário que aspira à aprendizagem, preparação, e até reconstrução do indivíduo - uma tarefa gigantesca. . . . . Pode até ser que o Socialismo não esteja morto porque não pode morrer. Quem é que não quer ver os maldosos e os arrogantes julgados? Quem, de entre os desprezados e entre os expulsos das suas terras, pode ficar imune à promessa dum mundo onde todos os homens serão iguais e onde todos terão o que precisam?"

Se calhar o Socialismo é como o virus da gripe: ele continua em mutação e mal o nosso sistema imunitário derrota um tipo de vírus da gripe, ele muda o suficiente para não ser reconhecido pelo nosso corpo, e depois volta a atacar.

O Politicamente Correcto pode atingir níveis absurdos. Em Junho de 2006 a polícia Canadiana prendeu um grupo de homens suspeitos de planearem um ataque terrorista. Alegadamente o grupo "estava bastante avançado nos seus planos" de atacar um certo número de instituições Canadianas, entre elas o Parlamento Canadiano - chegando ao ponto de se colocar a hipótese da decapitação do Primeiro Ministro - e o Metro de Toronto.

No entanto, o parágrafo inicial da história como reportada pelo Toronto Star em torno da prisão dizia:

Nas instalações dos investigadores, um gráfico complexo exibindo as ligações entre os 17 homens acusados de serem membros duma célula terrorista local cobre pelo menos uma parede. Mas mesmo assim, afirma uma fonte, é difícil encontrar um denominador comum.

Mike McDonell (Comissário Assistente da "Royal Canadian Mounted Police") disse que os suspeitos são todos residentes Canadianos e que a maioria tem nacionalidade canadiana. Ele disse que “Eles representam um estrato alargado da nossa comunidade. Alguns são estudantes, alguns estão empregados, outros desempregados." No entanto havia um denominador comum entre todos os suspeitos que não foi mencionado: Todos eles eram Muçulmanos.

De igual modo, o artigo do dia 4 de Junho presente na capa do New York Times era um estudo em torno da forma mais correcta de não usar a perversa palavra começada por "M", Os suspeitos eram referenciados como "residentes de Ontário", "residentes Canadianos", "o grupo", "em larga maioria, descendentes de imigrantes provenientes do Sul da Ásia." Tudo e mais alguma coisa, desde que não fossem "Muçulmanos."

O Chefe Policial de Toronto, Bill Blair, ressalvou orgulhosamente durante a conferência de imprensa que se seguiu à prisão dos suspeitos que "Por parte dos agentes de autoridade, não posso deixar de notar que não houve uma única referência feita a "Muçulmano" ou à comunidade Muçulmana." Antes do raid anti-terrorismo, a polícia Canadiana não só recebeu “treino de sensibilidade” como recebeu instruções cuidadosas em torno das tradições Islâmicas tais como o manuseamento do Alcorão, o uso dos tapetes durante as rezas, e a auto-explosão durante um decurso duma prisão. Como Charles Johnson do blogue "Little Green Footballs notou, “Será que a polícia Canadiana extende tais considerações quando apreende Cristãos, Judeus, Hindus ou membros de outras confissões religiosas? Se não, então os Muçulmanos já ganharam um reconhecimento importante ao serem tratados como "pessoas especiais."

Comentando a apreensão, o Globe e o Mail declararam que "este pode ter sido a operação anti-terrorismo mais politicamente correcta da história." O aparato da segurança secreta Canadina há já alguns anos que "desenvolvia esforços sérios para suavizar a sua imagem" junto dos Muçulmanos.

O governo federal do Canadá chegou a considerar alterações no Anti-Terrorism Act de modo a tornar claro que a polícia e os agentes de segurança não levam a cabo discriminação religiosa. O jornal The Calgary Sun entrevistou o criminólogo Canadiano Mahfooz Kanwar, que declarou que o "Multiculturalismo tem sido mau para a unidade do Canadá uma vez que leva a cabo uma ghettozação das pessoas, e fá-los acreditar, erradamente, que o isolamento e a não-adaptação na nova sociedade é perfeitamente aceitável. Não é. . . . . O politicamente correcto é uma ameaça porque nós não conseguimos combater algo que nos recusamos a identificar e entender."

Kanwar disse que a quantidade de politicamente correcto levada a cabo durante a prisão dos 17 Muçulmanos na área de Toronto foi "enjoativa." “O politicamente correcto já foi longe demais, e o mesmo ameaça a nossa sociedade," declarou Kanwar, nascido no Paquistão. “É responsabilidade das minorias adaptarem-se à maioria e não o contrário," acrescentou Kanwar. Entretanto, o Canadian Islamic Congress atribuiu culpas ao governo Canadiano por este não lhes dar dinheiro suficiente para lidar com o problema. Eles queriam mais financiamento de modo a que pudessem "cientificamente diagnosticar os problemas e elaborar soluções."

Para a nação inteira, eles queriam também um "Programa de Integração Inteligente", seja lá o que isso for. Uma vez que recentemente Muçulmanos Canadianos desenvolveram esforços para a implementação parcial das leis da Sharia no país, nós podemos suspeitar que a "integração inteligente" significaria que os não-Muçulmanos deveriam demonstrar uma atitude mais apaziguadora. Afinal, se as autoridades Canadianas prestaram atenção aos conselhos da compatriota Naomi Klein, estes planeados assassinos em massa direccionados aos civis Canadianos tem como causa o racismo Canadiano e o facto deste país não ser suficientemente Multiculturalista. Os Muçulmanos querem matar os Canadianos, os Canadianos sorriem de volta, declaram como "os respeitam" e questionam de que forma é que eles [os Canadianos] os podem agradar.

O Politicamente Correcto conduz-nos a situações como esta. Não é engraçado e nem é uma piada. O Politicamente Correcto mata. Já matou milhares de civis Ocidentais e se não for controlado, ele pode vir a matar nações inteiras ou, no caso da Europa, continentes inteiros.

Tal como já disse previamente, o Islão é apenas uma infecção secundãria, uma que, de outro modo, nós poderíamos resistir. O Marxismo Cultural enfraqueceu o Ocidente e tornou-o pronto a ser tomado. O Marxismo Cultural é SIDA cultural, devorando o nosso sistema imunitário até que esteja demasiado fraco para resistir as tentativas de infiltração Islâmicas. O Marxismo Cultural tem que ser destruído antes que nos destrua a todos.

A aliança Esquerdista-Islâmica terá consequências profundas. Ou ela derrotará o Ocidente, ou ambos cairão juntos, Nós nunca chegamos a vencer a Guerra Fria do modo decisivo que a deveríamos ter vencido. O Marxismo recebeu permissão para perdurar e, sorrateiramente ou através dum proxy, levar a cabo outro ataque contra nós. No entanto, este namoro com os Muçulmanos pode potencialmente revelar-se mais devastador para os Marxistas que a queda do Muro de Berlim.

Como William S. Lind ressalva: “Embora estejamos atrasados, a batalha ainda não está decidida. Muito poucos Americanos se apercebem que o Politicamente Correcto é, na verdade, Marxismo com outra roupagem. À medida que a realização se propagar, a resistência vai-se propagar também. Actualmente, o Politicamente Correcto prospera ao se disfarçar. Através da resistência, e através da educação levada a cabo por nós mesmos (que deve fazer parte de todos os actos de resistência), podemos revelar a camuflagem e revelar o Marxismo por trás de termos como "sensibilidade", "tolerância" e "multiculturalismo."

O Politicamente Correcto é Marxismo com uma operação ao nariz. O Multiculturalismo não tem nada a ver com a tolerância e a diversidade; é, sim, uma ideologia de ódio anti-Ocidente criada com o expresso propósito de destruir a civilização Ocidental.

Se nós formos capazes de demonstrar isto, uma parte importante da batalha estará já vencida...

Nota da Confraria: somos monarquistas e detestamos tanto o capitalismo estatal (marxismo) quanto o capitalismo privado (democracias liberais).

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