sábado, 30 de junho de 2012

O perigo de conviver com hereges.




O perigo de conviver com hereges

“Por duas razões não se deve manter relações com os hereges. Primeiramente, por causa da excomunhão, pois, sendo excomungados, não se deve ter relações com eles, da mesma maneira que com os outros excomungados. A segunda razão é a heresia. – Em primeiro lugar, por causa do perigo, para que as relações com eles não venham a corromper os outros, segundo aquilo da primeira epístola aos Coríntios (15, 33): ‘As más conversações corrompem os costumes’. E em segundo lugar para que não pareça se prestar algum assentimento às suas doutrinas perversas. Daí dizer-se na segunda epístola canônica de S. João (v. 10): ‘Se alguém vier a vós e não trouxer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis, pois o que o saúda toma parte em suas más obras’. E aqui a Glosa comenta: ‘Já que para isso foi instituída, a palavra demonstra comunhão com esse tal: de outro modo não seria senão simulação, que não deve existir entre cristãos’. Em terceiro e último lugar, para que nossa familiaridade [com eles] não dê aos outros ocasião de errar. Por isso, outra Glosa comenta a respeito dessa passagem da Escritura: ‘E se acaso vós mesmos não vos deixais enganar, outros todavia, vendo vossa familiaridade [com os hereges], podem enganar-se, acreditando que esses tais vos são agradáveis, e assim crer neles. E uma terceira Glosa acrescenta: ‘Os Apóstolos e seus discípulos usavam de tanta cautela em matéria religiosa, que não sofriam sequer a troca de palavras com os que se haviam afastado da verdade’. Entende-se, porém: excetuado o caso de alguém que trata com outro a respeito da salvação, com intuito de salvá-lo”.

São Tomás de Aquino [Quaestiones quodlibetales, quodlibeto 10, q. 7, a. 1 (15), c.]

Fonte: http://www.saopiov.org

http://sanctidominici.blogspot.com.br

http://osegredodorosario.blogspot.com.br

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Imitação de Cristo.

Imitação de Cristo, livro 3, capítulos 32,33,34.





Da abnegação de si mesmo e abdicação de toda cobiça



1. Jesus: Filho, não podes gozar perfeita liberdade, enquanto não renunciares inteiramente a ti mesmo. Em escravidão vivem todos os ricos e egoístas, os cobiçosos, curiosos, que gostam de vaguear, buscando sempre as delícias dos sentidos e não as de Jesus Cristo, mas só imaginam o que não pode permanecer e só disso cogitam. Pois tudo que não vem de Deus perecerá. Conserva em teu coração esta breve e profunda sentença: Deixa tudo, e terás sossego. Pondera isto, e, quando o praticares, tudo entenderás.



2. A alma: Senhor, isto não é obra de um dia, nem brincadeira de criança, antes nesta breve palavra se compendia toda a perfeição religiosa.



3. Jesus: Filho, não deves recear, nem logo desanimar, ouvindo falar do caminho dos perfeitos, mas antes esforça-te por um estado mais perfeito, ou pelo menos almeja-o ardentemente. Oxalá fosses assim e tivesses chegado a tanto, que não te amasses a ti mesmo, mas estivesses inteiramente resignado à minha vontade e à daquele que te dei por diretor. Muito me agradarias, então, e toda a tua vida passaria em paz e alegria. Ainda tens que desprender-te de muitas coisas, e se não mas entregares inteiramente, não alcançarás o que me pedes. "Aconselho-te que me compres o ouro acrisolado, para te tornares rico" (Ap 3,18), isto é, a sabedoria celestial, que pisa aos pés todas as coisas terrenas. Despreza a sabedoria terrena, todo o humano contentamento e própria complacência.



4. Eu disse que deves buscar, em lugar das coisas nobres e preciosas, aquilo que, aos olhos do mundo, é vil e desprezível. Porque mui vil e desprezível, até quase esquecida, parece a verdadeira e celestial sabedoria, que não se tem em grande conta, nem trata de se engrandecer na terra. Muitos a louvam com a boca, mas afastam-se dela na vida; contudo é esta a pérola preciosa, conhecida de poucos.



Da instabilidade do coração e que a intenção final se há de dirigir a Deus



1. Jesus: Filho, não te fies nos teus afetos atuais, que depressa em outros se mudarão. Enquanto viveres, estarás sujeito ao variável, ainda que não queiras; ora te acharás alegre, ora triste, ora sossegado ora perturbado, umas vezes fervoroso, outras tíbio, já diligente, já preguiçoso, agora sério, logo leviano. O sábio, porém, e instruído na vida espiritual, está acima desta inconstância, não cuidando dos seus sentimentos, nem de que parte sopra o vento da instabilidade, mas concentrando todo o esforço de sua alma no devido e almejado fim. Porque assim poderá permanecer sempre o mesmo e inabalável, dirigindo a mim, sem cessar, a mira de sua intenção, entre todas as vicissitudes que lhe sobrevierem.



2. Quanto mais pura for tua intenção, porém, tanto mais constante serás durante as diversas tempestades. Mas em muitos se escurece o olhar da pura intenção, porque depressa o volvem para qualquer objeto deleitável que se lhes depare. Poucos há inteiramente livres da pecha do egoísmo. Assim, os judeus foram um dia a Betânia, em casa de Maria e Marta, não só por amor de Jesus, mas também para verem a Lázaro (Jo 12,9). Cumpre, pois, purificar a intenção, para que seja simples e reta e se dirija a mim acima de tudo que há de permeio.



Como Deus é delicioso em tudo e sobretudo a quem o ama.



1. A alma: Vós sois meu Deus e meu tudo! Que mais quero eu e que dita maior posso desejar? Ó palavra suave e deliciosa! Mas só para quem ama a Deus, e não o mundo nem as suas coisas. Meu Deus e meu tudo! Para quem a entende basta esta palavra, e quem ama acha delicia em repeti-la a miúdo. Porque, quando estais presente tudo é aprazível, mas, se vos ausentais, tudo enfastia. Vós dais ao coração sossego, grande paz e jubilosa alegria. Vós fazeis que julguemos bem de todos e em tudo vos bendigamos; nem pode, sem vós, coisa alguma agradar-nos por muito tempo, mas, para ser agradável e saborosa, é necessário que lhe assista a vossa graça e a tempere o condimento da vossa sabedoria.



2. A quem saboreia vossa doçura, que coisa não lhe saberá bem? Mas a quem em vós não se deleita, que coisa lhe poderá ser gostosa? Diante da vossa sabedoria desaparecem os sábios do mundo e os amadores da carne, porque nos primeiros se acha muita vaidade, nos últimos, a morte; os que, porém, vos seguem pelo desprezo do mundo e pela mortificação da carne, esses são verdadeiramente sábios, porque trocam a vaidade pela verdade, e a carne pelo espírito. Esses acham gosto nas coisas de Deus, e tudo quanto se acha de bom nas criaturas, referem-no à glória do seu Criador. Diferente, porém, e mui diferente, é o gosto que se encontra em Deus e na criatura, na eternidade e no tempo, na luz incriada e na luz criada.



3. Ó luz eterna, superior a toda luz criada, lançai do alto um raio que penetre todo o íntimo do meu coração. Purificai, alegrai, iluminai e vivificai a minha alma com todas as suas potências, para que a vós se una em transportes de alegria. Oh! Quando virá aquela ditosa e almejada hora, em que haveis de saciar-me com a vossa presença, e ser-me tudo em todas as coisas? Enquanto isso não me for concedido, minha alegria não será perfeita. Mas ai! Que ainda vive em mim o homem velho, não de todo crucificado nem inteiramente morto. Ainda se revolta fortemente contra o espírito e move guerras interiores; nem consente em que reine tranqüilidade na alma.



4. Mas vós, que dominais a impetuosidade do mar e aplacais o furor das ondas, levantai-vos e socorrei-me! Dissipai os poderes que procuram guerras, esmagai-os com o vosso braço (Sl 88,10; Sl 43,26;Sl 67,31). Manifestai, Senhor, as vossas maravilhas, e seja glorificada a vossa destra (Eclo 36,7; Jd 9,11), pois não tenho outro refúgio senão em vós, meu Senhor e meu Deus!



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Desabafo de um católico.





O Depoimento de um Católico

O texto a seguir foi escrito por Pedro da Silva, Locutor na Rede Vida de Televisão, e circula pelas redes sociais como o Facebook. Tal texto, chamado pela redação deste Blog de "O Depoimento de um Católico", poderia também ser chamado de 'O Desabafo', pois rebate uma séria de falsas acusações levantadas contra a Santa Igreja, nos meios da internet, onde o escudo do anonimato é a coragem dos covardes.

O DEPOIMENTO DE UM CATÓLICO

Por Pedro da Silva

Oras, é muito fácil olhar uma coisa e achar "bonito" e sair espalhando por aí porque todo mundo ta fazendo e sem procurar saber como as coisas realmente são. O mais triste é que, muitas pessoas católicas ou não e que sabem que o sistema não é assim se calam por medo e muitas vezes repassando essas mentiras que circulam por aí.

Mas agora vamos aos esclarecimentos, tudo o que está escrito aqui é verdade, existem provas e fatos.

Pra quem acha que a Igreja Católica é um lugarzinho onde os padres falam "é porque Deus quis assim e pronto" aqui vai uma informação: a Igreja Católica é a instituição com o maior número de prêmios Nobel do mundo,ou seja, a Pontifícia Academia de Ciências conta com o maior número de membros laureados com prêmio Nobel sendo que foram majoritariamente escolhidos como membros da Academia bem antes de serem premiados, e quem pensa que essa academia é um clubinho onde padres se reúnem ta bem enganado,muitos dos cientistas membros, provenientes de todo o mundo, não são católicos.

E como eu gosto de matar a cobra e mostrar o pau, vou disponibilizar inúmeros links para quem quiser olhar e verificar:

http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2007/10/10/mais-dois-premios-nobel-na-academia-pontificia-das-ciencias/



http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2007/10/10/mais-dois-premios-nobel-na-academia-pontificia-das-ciencias/



Agora sobre a questão dessa foto que fica circulando por aí.

Sabia que a Igreja Católica é a a Maior Instituição de Caridade do Mundo ?

Nossa,que contraditório isso não ?

Sabia que se a Igreja Católica saísse da África 60% das escolas e hospitais seriam fechados ?

Sabia que quando a epidemia de Aids estourou nos EUA e as autoridades não sabiam o que fazer eles chamaram as freiras da Igreja pra cuidar dos doentes porque ninguém mais queria fazê-lo ?

Que no Brasil até 1950 quando não existia nenhuma política de saúde pública eram as casas de caridade que cuidavam das pessoas que não tinham condições de pagar um hospital ?

Oras, vejamos só.

A Igreja Católica mantém na Ásia:

1.076 hospitais

3.400 dispensários

330 leprosários

1.685 asilos

3.900 orfanatos

2.960 jardins de infância



Na África:

964 hospitais

5.000 dispensários

260 leprosários

650 asilos

800 orfanatos

2.000 jardins de infância



Na América:

1.900 hospitais

5.400 dispensários

50 leprosários

3.700 asilos

2.500 orfanatos

4.200 jardins de infância



Na Oceania:

170 hospitais

180 dispensários

1 leprosario

360 asilos

60 orfanatos

90 jardins de infância



Na Europa:

1.230 hospitais

2.450 dispensários

4 Leprosários

7.970 asilos

2.370 jardins de infância



Alguém pode me dizer se existe qualquer outra pessoa, empresa ou instituição que faz pelo menos 1/4 do que está escrito acima ?





Links:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=jZeH9OQkFlY http://temaspolemicosigreja.blogspot.com/2010/10/igreja-catolica-maior-instituicao-de.html

http://jornalpartilha.blogspot.com/2007/10/histria-das-ipsss-em-portugal.html

http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223380820T2vFD3xo1Yc47NV1.pdf

http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223380820T2vFD3xo1Yc47NV1.pdf

http://cotidianoespiritual.blogspot.com.br/2011/10/igreja-catolica-maior-obra-caritativa.html



Agora, "por que a Igreja não vende tudo o que tem pra ajudar essas pessoas necessitadas ?"

Veja só,a Igreja não poderia vender o que ela tem nem se ela quisesse, os bens da Igreja Católica são patrimônio de Roma e dos países em que ela está presente, além do mais existe o Tratado de Latrão, que impede a Igreja de vender o que está no Vaticano. Lembrado também que o trono não é de ouro é bronze dourado em madeira,Gian Lorenzo Bernini, o maior escultor do século XVII e também um extraordinário arquiteto, em 1657 começou o Trono de São Pedro, ou Cathedra Petri, uma cobertura em bronze dourado do trono em madeira do papa, que foi terminada em 1666. Mas vamos pensar que a Igreja deva vender tudo, se for assim, talvez todos os museus de mundo também devam vender as suas artes pra ajudar no combate da miséria, talvez todos os países devam dar as suas riquezas, talvez todas as pessoas devam dar o que tem, talvez você deva dar o seu computador que esta usando agora para ajudar na luta contra a miséria.

Link sobre o ''Trono de ouro'' :

http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernini.html

E aí, que tal ?

E ainda tem gente que diz que a Igreja é ignorante, que não se preocupa com a ciência, que não faz caridade, que tapa os olhos diante das coisas do mundo.


Peço desculpas se alguém se sentir ofendido, mas tudo que escrevi aqui é verdade, pode procurar além das fontes contidas aqui que vocês podem conferir.

Mas primeiramente quem se sentiu ofendido fui eu, porque pessoas que não sabem nada sobre a minha fé andam espalhando essas falsas informações por aí. Portanto, eu não poderia ficar calado de braços cruzados e criei essa contra campanha.

domingo, 24 de junho de 2012

Fraternidade (Confraria) de Penitentes: Estatuto.





ESTATUTO de uma Fraternidade de PENITENTES para o ano 1215

Esta reprodução de papel de um "propositum" primitivo reproduz as mais antigas passagens da "Memoriale", omitindo as cláusulas interpoladas.


1.Homens que pertencem a essa fraternidade usam roupas de um tecido humilde e não tingidos, cujo preço não exceda seis moedas.

2.Vestirão túnicas inteiriças que não se irão abrir como os seculares.

3.As irmãs irão usar com humildade igual, e também uma mantilha de linho, sem dobras.

4.Ambos os irmãos e irmãs usarão apenas peles de ovelha.

5.Não participarão de festas desonestas, espetáculos ou coros.

6.Não darão presentes para comediantes e suas famílias.

7.Abster-se-ão de comer todas as carnes, excepto aos domingos, terças e quintas-feiras e em caso de doença ou em alguma solenidade.

8.Nos dias de jejum, não poderão comer queijo e ovos.

9.Estarão satisfeitos com almoço e jantar, exceto para os fracos, doentes e viajantes.

10.Para os sãos, tanto a comida e bebida serão tomadas temperadamente.

11.Antes e depois do almoço e jantar, recitarão a oração do Senhor, e darão graças a Deus.

12.Da Páscoa até a festa de Todos os Santos jejuarão toda sexta-feira. Desde a festa de Todos os Santos até quarta-feira de Páscoa, jejuarão quartas e sextas-feiras, observando também todos os outros jejuns que a Igreja prescreve para todos os fiéis.

13.Jejuarão todos os dias durante a Quaresma de S. Martinho e durante a Quaresma maior.

14.As irmãs grávidas podem abster-se de exercício físico até o dia da sua purificação.

15.Aqueles que trabalham em trabalho pesado podem comer três vezes ao dia desde a Páscoa até a festa da dedicação de S. Miguel. Ao trabalhar para os outros, podem comer todas as coisas que os colocam à frente.

16.Todo mundo vai dizer diariamente as sete horas canônicas, a saber: Matinas, Primas, Terça, Sexta, Nona, Vésperas e Completas.

17.O analfabeto deve dizer 12 Pais-Nossos para as matinas, e sete Pais-Nossos, com Gloria Patri para cada para cada uma das outras horas. E aqueles que souberem, recitem o Credo in Deum e o Miserere mei Deus nas Primas e Completas.

18.Os enfermos não são obrigados a recitar as horas.

19.Todos assistirão às Matinas na Quaresma de São Martinho e a Quaresma Maior.

20.Façam uma confissão de seus pecados, três vezes por ano. Receberão a comunhão em Natividade do Senhor, na Páscoa e Pentecostes.

21.Nunca tomem uma arma mortal contra alguém nem levem armas mortais consigo.

22.Todos devem abster-se de juramentos solenes e evitarão tais juramentos na linguagem cotidiana.

23.Cada um encorajará sua família a servir a Deus.

24.Todos os irmãos e as irmãs se reunirão uma vez por mês nas igrejas e que avisem os Ministros, e ali ouçam as coisas de Deus.

25.Cada um deve dar ao tesoureiro um centavo que vai ser distribuído para os irmãos e irmãs pobres e, especialmente, entre os doentes, e depois entre outras pessoas pobres, e também ofereçam o mesmo dinheiro para a Igreja.

26.Se possível, terão um homem religioso educado na palavra de Deus para admoestar e incentivá-los a perseverar na penitência e as obras de misericórdia.

27.Se um irmão ou irmã ficar doente, os ministros visitem os doentes e o exortem à penitência, e do fundo comum fornecerão aos indigentes as coisas necessárias para o corpo.

28.Se algum irmão partir deste mundo, notificar os irmãos e irmãs para participar de seu enterro. Então um padre dirá uma Missa para o falecido no prazo de oito dias de sua morte. Aquele que conseguir, recitará 50 salmos do saltério. Outros digam uma centena de Pais-Nossos.

29.Toda pessoa que tem direito a um testamento, terá a sua vontade e as coisas dispostas de modo que ninguém pareça interessado em ganhos.

30.Os ministros, em sua opinião, façam a paz entre irmão e irmã ou entre estranhos. Se necessário, convoque o conselho do Bispo.

31.Se irmãos ou irmãs são perseguidos pelas autoridades contra o direito, ou privilégio, os ministros vão agir segundo sua opinião, com o conselho do Bispo.

32.Cada um deve aceitar e fielmente exercer os ministérios e outros ofícios que lhes sejam impostos, mas todos têm direito a descansar de seu trabalho depois de um ano.

33.Quando alguém solicitar para entrar nesta fraternidade, os ministros diligentemente examinarão sua condição e função, expondo as obrigações desta fraternidade. Antes de serem admitidos devem pagar suas dívidas, que se reconcilie com seu vizinho e será atualizado com os dízimos.

34.Aqueles que preenchem as condições acima, será o caminho dos que prometem observar tudo o que está escrito aqui o tempo todo de sua vida.

35.Ninguém pode deixar esta fraternidade, a menos que entrem em estado de religioso.

36.Não será admitido qualquer herege ou alguém com uma reputação de heresia.

37.As mulheres casadas não serão admitidos sem o consentimento e licença de seus maridos.

38.Irmãos e irmãs incorrigíveis, expulsos da fraternidade, não serão readmitidos sem o consentimento dos irmãos maiores e mais sãos.

39.Os ministros punirão faltas graves dos irmãos e irmãs, e se for estabelecido como incorrigível, será expulso com o conselho de alguns irmãos da fraternidade.

40.Se alguém souber de um escândalo causado por irmãos ou irmãs, deve informar imediatamente o ministro.

41.Os ministros têm o poder de dispensar, de todas estas coisas que estão escritas aqui, todos os irmãos e irmãs, sempre que entenderem.

42.Todos os anos, os irmãos escolherão dois ministros, um tesoureiro e fiéis mensageiros.

FONTE: http://www.franciscanos.net/reglas/penitent.htm

Tradução livre para o português.

Nota: “Quaresma de São Martinho” consistia num jejum de 40 dias, começando no dia seguinte à festa de São Martinho.

No calendário litúrgico, o dia de S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro, data em que este Santo, falecido dois ou três dias antes em Candes, no ano de 397, foi a enterrar em Tours, França.

Actualmente, não sendo o uso do missal tão frequente, nem todos os crentes católicos se lembrarão de ver, nos dias festivos do ano, o que se diz relativamente ao dia 11 de Novembro e ao seu Santo: «São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires, o primeiro Confessor, que subiu aos altares do Ocidente (...) A sua festa era de guarda e favorecida frequentemente pelos dias de “verão de S. Martinho”, rivalizando, na exuberância da alegria popular, com a festa de S. João.» (in Missal de Dom Gaspar Lefebvre )

Com efeito, S. Martinho foi, durante toda a Idade Média e até uma época recente, o santo mais popular de França. O seu túmulo, abrigado desde o séc. V por uma Basílica (sucessivamente destruída e reconstruída) em Tours, era o maior centro de peregrinação de toda a Europa Ocidental. A sua generosidade e humildade, aliadas a uma enorme fama de milagreiro fizeram dele um dos santos mais queridos da população.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Imitação de Cristo.

Imitação de Cristo, livro 3 (Da Consolação Interior), capítulos 30 a 31.






Como se há de pedir o auxílio divino e confiar para recuperar a graça.



1. Jesus: Filho, eu sou o Senhor, que te conforta no dia da tribulação (Na 1,7). Vem a mim quando te achares aflito. O que mais te impede de receber a consolação é que tarde recorres à oração. Antes que ores com atenção, procuras consolar-te, recreando-te com vários divertimentos exteriores. Daqui vem que pouco proveito tiras de tudo, até que conheças que sou eu quem salva do perigo os que em mim esperam, e que fora de mim não há auxílio valioso, nem conselho útil, nem remédio durável. Uma vez, porém, que recobraste alento depois da tempestade, procura readquirir forças à luz das minhas misericórdias; pois estou perto, diz o Senhor, para tudo restaurar, não só com integridade, mas também com abundância e profusão.



2. Porventura há para mim alguma coisa dificultosa (Jr 32,37), ou sou semelhante àquelas que dizem e não fazem? Onde está a tua fé? Tem firmeza e segurança! Mostra-te corajoso e magnânimo, e a seu tempo te virá a consolação. Espera por mim, espera! Virei e te curarei. É tentação o que te atormenta, é temor vão o que te assusta. Que ganhas com a solicitude de um futuro contingente, senão que tenhas tristeza sobre tristeza? A cada dia basta seu fardo (Mt 6,34). Coisa vã e inútil é entristecer-se ou regozijar-se com as coisas futuras, que talvez nunca venham a realizar-se.



3. É próprio do homem deixar-se iludir por tais imaginações, mas é sinal de pouco ânimo ceder tão facilmente às sugestões do inimigo. A ele pouco importa se é por meios verdadeiros ou falsos que te seduz e engana, se é com amor dos bens presentes, ou com o temor dos males futuros que te deita a perder. "Não se perturbe, pois, teu coração, nem se amedronte" (Jo 14,27). Crê em mim, e tem confiança em minha misericórdia. Quando te julgas muito longe de mim, mais perto estou, às vezes, de ti. Quando pensas que está tudo quase perdido, muitas vezes está próxima a ocasião de granjeares maior merecimento. Nem tudo está perdido, por te acontecer alguma contrariedade. Não julgues pela impressão do momento, nem te aflijas com qualquer tribulação, venha donde vier, como se não houvesse esperança de remédio.



4. Não te julgues inteiramente desamparado, ainda quando, de tempos a tempos, te mando alguma tribulação ou te privo de alguma consolação desejada; porque é este o caminho por onde se vai ao reino dos céus. E isto, sem dúvida, convém mais a ti e a todos os meus servos, serdes exercitados nas adversidades, do que se tudo vos sucedesse à vossa vontade. Eu conheço os pensamentos escondidos, e sei que muito importa à tua salvação seres, às vezes, privado de toda consolação espiritual, para que não te exalte o bom progresso e te desvaneças do que não és. O que dei posso tirar, e dar de novo, quando me aprouver.



5. É sempre meu o que dou, e quando o tiro; não tomo coisa tua, pois "de mim procede qualquer dádiva boa de todo dom perfeito" (Tg 1,17). Se eu te enviar qualquer pena ou contrariedade, não te revoltes nem desfaleça teu coração; eu posso num momento aliviar-te e transformar tua mágoa em alegria. Todavia, procedendo eu assim para contigo, sou justo e digno de louvor.



6. Se refletires bem e julgares as coisas segundo a verdade, não deves afligir-te tanto com a adversidade, nem desanimar, mas, ao contrário, alegrar-te e dar-me graças. Até deve ser tua única alegria que eu te aflija com dores, sem poupar-te. Assim como meu Pai me amou, também eu vos amo a vós (Jo 15,19), disse eu a meus diletos discípulos, e, entretanto, não os enviei às delícias temporais, mas às grandes pelejas, não às honras, mas aos desprezos, não aos passatempos, mas sim a produzir fruto copioso na paciência. Meu filho, lembra-te bem destas palavras.



Do desprezo de toda criatura,para que se possa achar o Criador.



1. A alma: Senhor, muita graça ainda me é necessária para chegar a tal ponto, que nenhum homem nem criatura alguma me possa estorvar.Pois, enquanto me detém alguma coisa, não posso voar à vós livremente. Aspirava a esta liberdade o profeta, quando dizia: Quem me dera asas como a pomba, para poder voar e descansar! (Sl 54,7). Que há de mais sereno que o olhar singelo, e quem é mais livre que o homem sem desejo terrestre? Por isso importa elevares-te acima de todas as criaturas, e renunciares totalmente a ti mesmo, e naquele arroubo da alma perseverares e compreenderes que o Autor de todas as coisas não tem semelhança com as criaturas. E quem não estiver desprendido das criaturas, não poderá livremente atender às coisas divinas. Por isso se encontram tão poucos contemplativos, porque raros são os que sabem desapegar-se de todo das coisas perecedoras.



Para isso é mister graça poderosa, que levante a alma e a arrebate acima de si mesma. Enquanto o homem não for elevado em espírito, livre de todas as criaturas e todo unido a Deus, pouco vale quanto sabe e quanto possui. Imperfeito permanecerá por muito tempo e preso à terra quem algo estimar que não seja o único, imenso e terno Bem. Porque tudo que não é Deus é nulo, e deve ser tido em conta de nada. Há grande diferença entre a sabedoria de um homem iluminado e devoto e a ciência de um letrado e estudioso. Muito mais nobre é a doutrina que vem do céu, por inspiração divina, do que aquilo que o engenho humano adquire à custa de muito esforço.



2. Muitos há que desejam a vida contemplativa, mas não tratam de exercitar-se nas coisas que ela exige. O grande obstáculo é que se detêm nos sinais e coisas sensíveis, cuidando pouco da perfeita mortificação. Não sei o que é, nem que espírito nos move, nem que pretendemos nós que passamos por homens espirituais quando empregamos tanto trabalho e cuidado nas coisas vis e transitórias, ao passo que raras vezes nos recolhemos plenamente a considerar nosso interior.



3. Ai! Que, depois de curto recolhimento, logo nos dissipamos, sem ponderar nossas ações em rigoroso exame. Não reparamos para onde se inclinam nossos afetos, nem deploramos quão defeituoso é tudo em nós. Por ter corrompido toda a carne o seu caminho (Gn 6,12), veio o grande dilúvio. Estando, pois, corrompido o nosso afeto interior, forçosamente se há de corromper a ação que dele se segue, patenteando bem a fraqueza interior. Só do coração puro procede o fruto da boa vida.



4. Muitos indagam quanto fez uma pessoa, mas de quanta virtude foi animada nem tanto se cura. Com diligência investigam se alguém é forte, rico, formoso, hábil, bom escritor, bom cantor, bom artista; mas quão pobre seja de espírito, quão paciente e manso, quão piedoso e espiritual, disso não se faz caso. A natureza só considera o exterior do homem, mas a graça olha o interior. Aquela muitas vezes se engana, esta espera em Deus, para não ser iludida.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Xuxa: contradição ou hipocrisia?





Xuxa: Freud explica, Marx comemora
Mirian Macedo

A entrevista de Xuxa ao Fantástico foi tiro pela culatra. Em vez de comover, serviu para relembrar. Um sobrevôo na vida pregressa da Rainha dos Baixinhos leva inevitavelmente a uma suposição: Xuxa ficou tão traumatizada com o abuso sexual que sofreu quando criança que acabou por assumir a persona de “suja” e “sem-vergonha”, transformando a sua vida artística num simulacro de Sodoma e Gomorra. Freud explica.

Convenhamos: se Xuxa foi de fato abusada quando criança, só Freud para explicar a persistência e determinação com que a Rainha dos Baixinhos escolheu e trilhou uma carreira toda calcada em apelos à sensualidade, exploração do sexo e oportunismo carreirista.

Provam-no as fotos nuas, os filmes com cenas picantes de sexo, os romances com homens mais velhos e famosos, as atrações pornográficas e os convidados vulgares dos programas e shows infantis pilotados pela apresentadora e cantora.

Basta analisar com clareza e objetividade a vida de Xuxa para concluir que sua indignação e revolta por ter sido abusada não guarda qualquer coerência com a figura sexual apelativa com que a Rainha dos Baixinhos se apresenta(va) às crianças que a idolatravam e a idolatram ainda hoje.



Tampouco a apregoada campanha de Xuxa para proteger a inocência das crianças contra pedófilos é compatível com o modelo de virtude que ela ofereceu a estas mesmas inocentes criaturas durante toda a sua vida.

Ter sido a responsável pela difusão e imposição do pancadão do funk, com suas coreografias e letras grosseiras, chulas, vulgares e inadequadas, aos corações e mentes da infância e juventude do Brasil é só parte do estrago que Xuxa produziu em mais de uma geração de súditos que estiveram sob a influência nefasta desta rainha má.

Mas, sejamos honestos, a contribuição freudiana pára por aí. A instalação e consolidação do reinado de apologia ao sexo pilotado por Xuxa têm outra explicação. Os pais da criança atendem pelos nomes de Karl Marx e Antonio Gramsci.

Xuxa é a prova viva de que a revolução passiva gramsciana, aliada ao marxismo cultural, vem sendo implantada no Brasil desde o tempo em que a esquerda ainda se passava por vítima naqueles que acostumamos a chamar de “anos de chumbo”.

O processo de perversão, corrupção e erotização da infância e juventude brasileira não começou agora, já vem de longe. A erosão e destruição da tradição moral judaico-cristã é ponto de honra e questão fechada na cartilha de implantação do socialismo. Uma das propostas explícitas de Lênin era “varrer o cristianismo da face da Terra”.

A chorosa senhora que apareceu no Fantástico vem cometendo crime de lesa-infância há quase 30 anos, com seus programas “infantis” recheados de vulgaridades, indecências e pornografias. Foi esta cinquentona, com ares de moça preocupada com a preservação da inocência das crianças, que implantou o funk de norte a sul do Brasil em seus programas da Globo e shows país e mundo afora.

A este ponto alto no curriculum da Rainha dos Baixinhos, soma-se à jogada marquetólogica de uma gravidez arranjada através da seleção e escolha de um reprodutor de plantel. Construir uma família — marido, mulher e filhos — nunca foi projeto da moça que diz tanto amar as crianças. São palavras suas:

“Estou procurando (um homem). Mas se não aparecer, vou ter essa criança sozinha.(...) Se eu tiver um filho por inseminação, ela vai conhecer ao menos a mãe. Na Espanha, nenhuma clínica tem os genes que eu quero. Na Alemanha e na França tem. Fazendo inseminação, vou ser o pai e a mãe da criança, quero que ela seja o mais parecida possível comigo”.

Precisa dizer mais?

Eu nunca permiti que meus três filhos assistissem ao circo de horrores que Xuxa liderava na TV Globo. Ainda assim, a pequena amostra do que pude ver sempre me levou a achar que esta “santa” merecia cadeia.



Qualquer um que assiste às entrevistas e brincadeiras do programa ou ouve as letras, e confere o significado das palavras da maioria das músicas ali apresentadas, só tem uma alternativa: pedir prisão perpétua para Xuxa. Pena de morte também não seria um exagero. É proporcional à gravidade dos crimes: lesa-infância, lesa-juventude e lesa-pátria.

No domingo, 19 de maio, Xuxa não foi à televisão defender crianças (ela mesma é a maior ameaça à infância). Se ela confessou sua tragédia pessoal foi para induzir à idéia de que é a família, a intimidade do lar, ou o próprio pai (por omissão ou por má companhia) quem ameaça os filhos.

Xuxa deu a entrevista e fez as confissões porque ela é quem é e continua a mesma, desde que surgiu para o estrelato com seus 16 anos de idade. Xuxa está aí para corromper e perverter as virtudes e valores morais do povo brasileiro, como pudor, família e alta cultura. É o seu papel.

Sou cética e crítica. Se, por um lado, nunca brinquei ou debochei da possibilidade real de que Xuxa tenha sido vítima de abusos, também não me comoveram as suas lágrimas. Ao contrário, a choramingação sobre os abusos que ela sofreu serviu, antes, para me fazer pensar por que Xuxa não denunciou há mais tempo fato de tamanha gravidade e não deu o nome de seus molestadores.



Se teve coragem de se expor na televisão, por que não ir atrás de justiça, denunciando quem abusou dela? Xuxa alega que era criança sem malícia, não sabia discernir o errado e tinha medo de denunciar os molestadores. A sua tragédia pessoal aconteceu há 40 anos.

Mas, e agora? Por que escolheu um programa de televisão para fazer uma confissão tão dolorida e íntima? Ela não sabe diferenciar a esfera pública da vida privada? Se resolveu expor-se desta maneira para alertar sobre os abusos, por que protegeu seus molestadores? É esta a mensagem? “Criança, se abusada, não divulga nunca o nome do criminoso, nem quando chegar a idade adulta. Premia o infame com o anonimato e a impunidade.”



Quer dizer que patifes (Xuxa diz que foram vários adultos!) cometem crime hediondo de pedofilia e a vítima, nas condições favoráveis de que desfruta Xuxa hoje, não os denuncia e não os submete aos rigores da lei? Se já estão mortos, tanto faz, não interessa. É preciso fazer justiça, desmascarando e retirando o véu de dignidade que pode recobrir a vida destes monstros. Por que ela não o fez?

Se Xuxa é tão transparente, honesta e virtuosa, por que seu tão corajoso e sincero depoimento ao Fantástico não tocou na sua participação ainda adolescente no concurso de pantera de Ricardo Amaral? Ela também nada falou de suas fotos nuas (inclusive na capa) para a revista Playboy. Nenhuma referência à tentativa de apagar a sua aparição do filme Amor Estranho Amor, de Walter Hugo Khoury, em que reparte com um menino de 12 anos uma cena de sexo ardente.





Xuxa seduzindo um menino de 12 anos no filme pornográfico Amor Estranho Amor

Por que a versão de que, menor de idade, com 17 anos, era a “namorada desinteressada” de uma celebridade como Pelé, o homem mais famoso do planeta, à época um quarentão, com idade para ser seu pai? O próprio Rei reconhecia que Xuxa era apenas uma ninfeta: “Não quis ser o primeiro homem da Xuxa. Quando eu a conheci, ela tinha 16, 17 anos. Era virgem e tinha um namoradinho com quem estava brigada.(...) Na base da brincadeira, dizia para Xuxa resolver o problema da virgindade.”

Amaury Junior conta que Pelé saía com fotos da modelo no bolso para pedir o apoio da imprensa e que foi abordado pelo ex-jogador, numa festa, com algumas delas nas mãos. “Ele me pediu para dar uma força àquela menina, dizendo que ela um dia faria muito sucesso”.

Pelé confirma: “Ajudei muito ela, fui eu que recolhi todas as fotos que Xuxa tinha feito nua. Todas. Tinha foto dela em cima de um taxi em Nova York com a bunda de fora, e todos foram compreensíveis comigo, afinal, ela era uma menina sem maldade, muito natural, que encarava a nudez com a maior tranquilidade”. (Pelé, em entrevista a Playboy)

Segundo a revista IstoÉ, “Pelé e Xuxa se conheceram em 1980, num ensaio fotográfico. Pelé ditou os passos de sua carreira nos seis anos de namoro. Em um ano, Xuxa foi capa de mais de 80 revistas. Virou apresentadora de programa infantil na TV Manchete e se tornou a Rainha dos Baixinhos”. Quanto amor!



Um balanço frio da carreira de Xuxa nos últimos tempos não deixa distante a hipótese, muito provável, de que a confissão ao Fantástico sobre os abusos, anunciada com sensacionalismo e recheada de emocionalismo piegas, seja puro golpe de marketing, destinado a recuperar a carreira descendente e decadente da apresentadora. Para tanto, ela resolveu posar de cidadã corajosa e heroína, que sacrifica a própria imagem e se expõe para proteger seus anjinhos inocentes.

O tiro pode ter saído pela culatra, Ibope não significa necessariamente aprovação e admiração. Um número expressivo de pessoas que assistiram e comentaram a entrevista de Xuxa ao Fantástico não teceu loas nem ficou comovido com o “calvário infantil” da senhora Maria das Graças Meneghel.

Muita gente continua achando que já passou a hora desta senhora prestar contas à Justiça por seus crimes contra a infância, adolescência e juventude do Brasil.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Dogmas imutáveis?




Dogmas mutáveis¹.


Padre Guido Matiussi

[Tradução: Gederson Falcometa]

Virá o dia que um Concílio adaptará a religião aos novos tempos, expondo-a segundo as idéias agora aceitadas, como o Concílio de Trento por sua vez a expôs segundo as idéias escolásticas. Assim muitos dizem, e mais despudoradamente que outros, Loisy“.

O conceito de verdade relativa, não é uma vaidade sem dano. Porque junto com o reo subjetivismo kantiniano no qual se funda, ela também leva ao ceticismo. E aquilo que é pior, espalhando o falso conceito e a forma errada de verdade relativa, e, portanto mutável segundo as condições do homem, a tudo aquilo que por qualquer meio passamos a conhecer, vem a causar dano também nas verdades reveladas. Se não ousam tocar precisamente enquanto são em Deus ou a nós vem de Deus, ao menos os despojos enquanto são recebidas pela Igreja, e expressas no ensinamento cristão, e formuladas nas definições dogmáticas. Os autores daquele novo modo de falar a apoiam ainda ao fato, que a nossa mente não pode adequar-se aos divinos mistérios; observam que historicamente as religiões se adaptaram aos conceitos e a voz que encontrou nas escolas humanas; deduzem que as asserções propostas a nossa fé são como são, pelo fato contingente da influência grega prevalecente entre nós; outro seria, se ao princípio tivesse prevalecido a filosofia kantiniana, de Spencer ou de Descartes; e assim podemos esperar que mudando-se o estado das almas com a cultura moderna, também as expressões usadas nos antigos Concílios, e o sentido a essas atribuído, as novas idades e as nossas mentes se adaptarão.

O Ser superior unido a Humanidade de Cristo não seria jamais dito Verbo do Pai, assim dizem, se a filosofia platônica florescente em Alexandria não tivesse sugerido aquela voz e aquele pensamento. Não se teria distinto a Essência do conceito de Pessoa em Deus, se os gregos não tivessem falado de supostos e de razões genéricas específicas. Assim a transubstanciação se funda sobre a opinião da substância distinta dos acidentes. E a graça foi concebida ao modo de qualidade, a causa dos predicamentos aristotélicos. E a alma foi definida como forma do corpo, exprimindo no melhor modo que podia no medievo a união que faz no homem. Mas todas essas determinações passam e mudam como a doutrina que domina na escola. Quem dos modernos compreende mais estas antiquadas noções? Virá o dia que um Concílio adaptará a religião aos novos tempos, expondo-a segundo as ideias agora aceitadas, como o Concílio de Trento por sua vez a expôs segundo as ideias escolásticas. Assim muitos dizem, e mais despudoradamente que outros Loisy.

Ora tudo isto é intolerável. Porque nós somos obrigados a acreditar por fé divina, qualsubesse non potest falsum(como disse o Tridentino), nas verdades reveladas por Deus, propostas pela Igreja, como são contidos nas distintas asserções do magistério comum ou da suprema autoridade. Quem não afirma as proposições onde constam os cânones do Concílio, não aceitando as palavras ai escritas, ou alterando o significado, cai sobre o anátema, Quem se atreve a dizer: Segundo o presente grau de cultura, convém afirmar uma Essência única em Deus, na qual subsiste três Pessoas; talvez, também irá o progresso filosófico mudar o próprio sentido daqueles termos e mostrará inexata a expressão usada até agora? Se fosse licito dizer assim, a presente asserção seria falsa, e a verdade deveria esperar, mas sempre em vão, pelo tempo futuro.

Alguns acreditam ter em mãos um exemplo evidente de verdade dogmática, onde é necessário mudar as ideias, ou ao menos as expressões, na descida de Cristo ao inferno e na ascensão ao céu: dizem que os novos conhecimentos astronômicos destroem de fato as antigas imagens. – Respondemos que, quanto a colocar a habitação dos danados e das almas suspensas no subterrâneo, não existe parecer cientifico algum, com o qual se possa combater a opinião tida como antiquada. Não se chegou ainda a cinco quilômetros de profundidade, e para chegar ao centro ainda faltam mais de seis mil e trezentos. Então, quem chegasse talvez veria ou ouviria almas e diabos? Se o descendit in inferiores partes terraede S. Paulo persuade os Padres, pode igualmente persuadir também a nós. Quanto aos céus, as representações que os antigos podiam fazer dos céus esféricos não foi jamais objeto de fé, e estavam bem cônscios os Escolásticos que tratava-se de opinião humana. Prescindindo de toda determinada imagem do céu, se diz e sempre se dirá entre nós como entre os antípodas, que localmente se eleva da terra e parte em sentido oposto a gravidade; metaforicamente se eleva daqui e vai a lugar mais nobre. Ora, Nosso Senhor foi visto elevando-se do solo indo para o firmamento; foi a lugar mais nobre e glorioso que não era a terra; então se elevou. Se qualquer velho pensou por isto ao primeiro móvel ou a última esfera, pior para ele; nunca na definição dogmática, nunca na profissão comum da fé, de esferas e de empíreo, disso se falou. Então o que se quer mudar? Nada. Ou pensastes vós de poder fazer um ato de fé segundo a cosmografia moderna? Estejam certos de que a Igreja não a definirá nem mais nem menos que a antiga.

No que diz respeito aos divinos mistérios, se advirta que os conceitos ou os nomes não nos são revelados nem infusos, como novas espécies. Devemos tomá-lo da linguagem humana, humanamente determinar-lhe a significação. Pela fé lhe conectamos em juízo, que do contrário não formaríamos. Não nos foi dito sobrenaturalmente que coisa importe a substância ou pessoa, que coisa seja um e três: mais Deus nos disse que Nele uma é a substância e devemos afirmar três pessoas. Aquelas mesmas noções eram naturais nos nossos intelectos, foram cultivadas e clareadas pelo estudo sincero da filosofia, e as melhores escolas da Grécia forneceram certamente uma doutrina racional, da qual pode se valer a Igreja para exprimir exatamente a verdade, não para falar segundo a cultura relativa. Até quando as expressões não foram bastante claras e exatas, a Igreja não definiu, não formulou o dogma que deve permanecer pelos séculos: assim ela foi prudente, assim o Espírito a dirigiu. Mas quando foi necessário dar a exata definição contra os hereges enfurecidos, dispôs Deus que os conceitos e as vozes fossem preparadas convenientemente, para assegurar que as afirmações resultassem em tudo verdadeiras – conformes a realidade, vale dizer – e para sempre imutáveis. Os novos estudos poderão acrescentar novas notícias; corrigir ou tocar aquelas que foram definidas, não poderão nunca (2).

E que a antiga filosofia de Alexandria ou de Atenas tenha podido fornecer elementos a serem incorporados na linguagem teológica católica, como de uma mina se leva o ouro e gemas (Ndt: Pedra preciosa) para o tabernáculo, é sinal de grande honra para está filosofia, e bem demonstra que, embora em muitas partes incertas e errantes, todavia, em grande parte tinha proposto o verdadeiro, com a luz da boa natureza; era uma parte daquela filosofia perennis, que injustamente outros dizem caduca; era um testemunho a bondade da natureza que de Deus recebemos, e que, com verdadeiríssimo sacrilégio, a humana soberba, enquanto aspira a inchar-se e a elevar-se, degrada e destrói. Se ao contrário as modernas filosofias não tem nada a dar ao pensamento cristão, estás se encontram ao invés a ele contrário, e tendem a mudar aquilo que foi estabelecido, é sinal que essas são falsas, e já não são ilustração e desenvolvimento, mas perversão e ruína, da reta razão e da luz natural.

Certamente quem se provou a exprimir os mistérios da Trindade e da encarnação, mudando o conceito antigo de pessoa para aquele que agora corre pelas escolas e pelos livros, mudou aquele dogma em absurdas heresias. Era claro e profundo o antigo conceito de pessoa, melhor que qualquer outro desenvolvido pelo Angélico Doutor, colocando-lhe a parte comum com qualquer suposto na subsistência distinta, e a própria determinação no ser intelectivo. Está última nota vale para discernir a pessoa, que tem razão própria em vista de um fim, das coisas simplesmente voltadas ao bem de outros, como são todas as naturezas inferiores. Mas aquilo que importa ao mistério está na primeira parte da subsistência: aqui competi a verdade revelada que a divina Essência subsiste em três distintas Pessoas; ou a outra, que em Jesus Cristo é única a Pessoa divina, a qual é e assumiu a Humanidade concebida no seio da Virgem Maria. Tríplice então é em Deus, por oposição relativa, não por divisão de entidades absolutas, a personalidade distinta; única é a subsistência em Jesus.

Agora que dirão os modernos? Para adaptarem-se as escolas modernas, deverão colocar a pessoa constituída da consciência. Consciência que é? É ato cognoscitivo de si. Serão em Deus três consciências como três pessoas? Então, Ele conhece a Si mesmo com três atos e o triteísmo, ou um brutíssimo politeísmo, é manifesto. Jesus conhecerá a si mesmo com um só ato? Aqui estamos em plena heresia monofisista, e será removida a distinção perfeita das duas naturezas, com as suas propriedades e operações. Para escapar a tal profanação e absurdidade, dirão ao invés que único é o conhecimento na Divindade, dúplice em Jesus Cristo; mas que Deus tem consciência de ser três, Jesus disse ser um, e em tal modo reduziram a consciência a noção de pessoa? Ou não se notam que o saber de si supõe já o ser constituído; que por consequência é ridículo querer declarar a unicidade real da pessoa, com a consciência de ser um e não mais? Convém que antecedentemente seja verdadeira está unicidade, ou seja, já constituída a pessoa que sabe ser uma. São então estes novos mestres, formados pelos nebulosos conceitos da escola moderna, ou ímpios contra a fé, ou absurdos contra a razão, e de fato corrompem a uma e a outra.

Poderemos induzir outros exemplos, talvez tantos quantos são os dogmas da Igreja, ou quanto são os cânones do Tridentino, a qual atribuem a desventura de ter expresso a doutrina da fé com linguagem da Escola antiga. Que dirão os modernos da graça, ou santificante ou movente? Que dirão para adaptar as novas doutrinas a Eucaristia? Bastará evidentemente para a subjetiva imanência, que se tenha união de pensamento e de espírito, de símbolos e de figuras. De fato disseram: esteja diante da Hóstia consagrada, como se realmente fosse Jesus. Mas isto não é declarar novamente os dogmas; é negar-lhe com verdadeira e já danada heresia. E sem chegar a tais excessos, malgrado é embebida de ceticismo aquela hipótese corrente que, estudando e aprendendo, tem de mudar a doutrina antes adquirida. Isto advém entre aqueles que são semper discentes et nunquam ad scientiant veritatis pervenientes(II Tm. III, 7); não advém na Escola da sã teologia, nem muito menos na Igreja do Deus vivo, a qual é coluna e sustentáculo da verdade (I Tm. III, 15)

(1) “O Veneno Kantiniano”, Roma, Tipografia Pontíficia no Instituto Pio XI, II ed., 1914, pg 320-327;

(2) Então não havia errado, mais verdadeiramente escrevia Bossuet, opondo a indefinida variação da hidra herética, a eternamente imutável verdade das definições dogmáticas na Igreja Católica. E se Newman a isto tivesse contradito, observando que a verdade do catolicismo é inexaurível para as nossas mentes: observação de resto notabilíssima e anquíssima. Mal se imaginou de ver contrariedade quem escreve o artigo “O dogma na história”, na Revista das ciências teológicas, nov. de 1905.

Desobediência civil pela liberdade religiosa.

FONTE: Militia Sanctae Mariae Cavaleiros de Santa Maria




Círculo “Shahbaz Bhatti” (CSB)
Newsletter nº 13


O nosso patrono, Shahbaz Bhatti, pouco tempo antes de ter sido assassinado (2 de Março de 2011) dizia: “… Eu sei que vou ser assassinado. Ofereço a minha vida por Cristo e pelo dialogo inter-religioso…”. Assim foi.

Clemente Shahbaz Bhatti, nasceu e 9 de Setembro de 1968, em Lahore, no Paquistão e foi entre 2 de Novembro de 2008 e 2 de Março de 2011, ministro federal para as minorias. Católico convicto e praticante, sabia que a sua vida corria graves riscos. Correu-os por amor a Deus e pelo diálogo entre crentes de outras confissões. Por isso, face a intolerância Islamita, Shahbaz Bhatti foi abatido. Morreu por Cristo, como queria. É um mártir. É um exemplo para hoje.

Em muitos países do mundo, trava-se uma guerra tremenda contra os valores que os Cristãos professam em privado e em público. E os Cristãos sofrem por isso.

Nos EUA, por exemplo, tido como um país de crentes e de liberdade religiosa, o governo de Obama esta a promover um ataque feroz contra tudo o que é católico, de forma incruenta, mas, nem por isso, menos forte. De facto, Obama, está em guerra contra os Valores Inegociáveis: o direito a vida, a família e a liberdade de educar. Obama quer impor modelos diferentes. Milhares de católicos, com os bispos á frente e o apoio do Núncio Apostólico, tem-se mobilizado para a defesa daqueles valores inegociáveis.

O movimento “Stand up for religious freedom” tem protestado e exigido liberdade, também, para os católicos. Liberdade na sacristia e liberdade na rua. Os bispos estão a prepara os católicos para a desobediência civil. Nesta linha, os bispos dos EUA convocaram os cristãos para de 21 de Junho a 4 de Julho participaram activamente numa “Quinzena pela liberdade”. Liberdade religiosa, entenda-se.
Assim, o Circulo Shahbaz Bhatti convida os seus amigos, aderentes e leitores, a divulgarem estas iniciativas e a rezarem pelos católicos americanos para que, à semelhança do mártir Shahbaz Bhatti, tenham a coragem e a força de lutar pela liberdade de professar a fé, em público e em privado, sem constrangimentos.






Tudo isso acontece em Betim-MG: desobediência ao Papa e ao Bispo, favorecimentos ao protestantismo e às heresias, sacrilégios e profanações, perseguição aos católicos tradicionais.

Nota de esclarecimanto - Missa Tridentina em Betim/MG
Prezados amigos,

Salve Maria!

Gostaríamos de fazer uma nota explicativa a respeito da missa tridentina em Betim que foi celebrada neste sábado, 16 de junho.

Desde janeiro deste ano, estamos sendo ATORMENTADOS pelos padres locais por causa da Santa Missa no Rito Tridentino e pelo ensinamento tradicional da Igreja.

Sabem por que estamos sendo atormentados aqui em Betim/MG? Deixa-nos explicar: Porque não estamos dispostos de defender heresias tais como “ecumenismo” nos moldes atuais, “liberdade religiosa” de qualquer espécie, tampouco a “colegialidade” imposta pelos bispos conciliares. Não estamos a fim de defender profanações na Santa Missa como vem ocorrendo nas paróquias de Betim/MG, com menininhas dançando com roupas transparentes pelo Templo; musiquetas protestanosas, heréticas e heretizantes e comunistas nas missas; teatrinhos idiotas (e mesmo os não-idiotas); instrumentos musicais mundanos e profanos nos Templos; pactos com pastores protestantes para “o bem comum”; agradar aos homens e desagradar a Deus; sermões e homilias protestantes que negam vários dogmas da Igreja; profanações contra o Santíssimo Sacramento e etc.

Estamos sendo perseguidos porque não estamos a fim de nos curvar a tantas atrocidades que vem acontecendo nas paróquias desta cidade (conforme sobredito).

Outro dia, alguém chegou a nos perguntar se nesta arquidiocese não tem bispos (sic!). Eu disse que temos ARCEBISPO e mais 4 BISPOS auxiliares...!

Dito isso, precisamos narrar alguns fatos que ficaram ocultos até a presente data por questões pessoais que agora precisam ser revelados:

Os padres desta cidade (daqui a pouco listo o nome e a paróquia de TODOS) se reúnem numa famigerada “reunião dos padres da forania” (Forania Nossa Senhora do Carmo – e ainda usam o nome da Virgem...) e nestas afamadas reuniões ficou decidido, entre os padres, que não mais teria missa tridentina aqui em Betim/MG (tivemos apenas uma missa aqui pública. Vejam mais aqui, aqui e aqui). Não sabemos o que os padres de Betim pretendem, mas sabemos que ACHAM que tem maior autoridade que o Sumo Pontífice.

Todo mundo já está calejado de saber que o Santo Padre Gloriosamente Reinante, a saber, Bento XVI (Ei padres de Betim! Nós temos um Papa e se chama Bento XVI, não sei se vocês o conhecem...) que, desde 2007 (dois mil e sete – é preciso escrever por extenso porque parece que tem gente que não entendeu) promulgou um MOTU PROPRIO SUMMORUM PONTIFICUM LIBERANDO A MISSA TRIDENTINA EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO (quem quiser saber mais sobre o documento que procure na internet!) onde haja fiéis que queiram. Talvez os padres de Betim pensem que esta cidade não está sob a Jurisdição do Sumo Pontífice.

Com isso, estamos lutando desde a referida data para termos missas aqui. Nunca encontramos tamanha resistência como estamos encontrando agora por parte do clero local.

Desde janeiro deste ano, ficou decidido na “reunião dos padres da forania” que em Betim não haverá mais missa tridentina, contrariando EXPRESSAMENTE a ordem do Sumo Pontífice.




Foto em audiência com D. Luiz Gonzaga Fechio
no dia 03 de maio de 2.012

Com isso, no dia 03 de maio deste ano, conseguimos uma audiência com o Sr. Bispo D. Luiz Gonzaga Fechio, responsável pela nossa região, que ORDENOU que o Pe. Adilson Leite, vigário forâneo (como se fosse o presidente dos padres da forania), Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário e São Sebastião, em Vianópolis, Betim/MG, nos acolhesse e resolvesse o problema posto.

O referido padre, simplesmente disse que não poderia nos ajudar em nada e que ia reportar a ordem aos padres da forania na “reunião dos padres da forania” Nossa Senhora do Carmo.

Em reunião, os padres reiteraram a proibição da Santa Missa no rito antigo e disseram que “é preciso dar um basta nisso!” (nestes termos!). Nisso, os padres desobedeceram a ordem do Santo Padre, o Papa Bento XVI e do seu Bispo que estão umbilicalmente subordinados!

Não sabemos o que os padres desta cidade pretendem. Não se sabe até onde esta história irá e quando ela vai acabar, o que sabemos é que existe em Betim/MG uma revolta e desobediência aberta por parte dos padres contra o seu Bispo local e contra o Sumo Pontífice.

Semana passada, programando a missa tridentina para sábado, 16/06, entramos em contato com um fiel desta cidade que tem uma capela particular em seu sítio e que estaria disposto a emprestar a capela para a realização de Missas no rito antigo. Com isso, ele foi conversar com o seu pároco, Padre Adilson Leite, que o desaconselhou a emprestar a sua CAPELA PARTICULAR em seu SÍTIO PARTICULAR para a realização de missa no rito antigo sob o velho argumento de que “os padres da forania já proibiram este tipo de missas aqui” (nestes termos!). Temendo uma suposta desobediência, o senhor que, de bom grado iria emprestar a SUA capela PARTICULAR, decidiu não mais fazer o empréstimo para que continuasse “em plena comunhão com a Igreja”.

Tendo em vista a negativa induzida acima, procuramos um lugar digno para a celebração da Missa no rito Tridentino e encontramos o endereço de uma família muito piedosa aqui em Betim/MG e por este motivo as missas serão celebradas nesta CASA, como era na era apostólica quando os apóstolos eram perseguidos pelos judeus e pelos pagãos.

Tendo em vista as normas dos artigos 5º, 7º e 8º do Motu Proprio Summorum Pontificum e o cânon 212 do Código de Direito Canônico, VAMOS RECORRER ÀS INSTÂNCIAS SUPERIORES visto que nem o bispo local conseguiu resolver o caos de desobediência religiosa que se instalou na cidade de Betim/MG.

Enfim, eis aqui o nome e a paróquia dos padres que compõe a tal “forania Nossa Senhora do Carmo” conforme informação da Arquidiocese de Belo Horizonte:

1. Pe. Pablo Luiz Ramos Vieira – Paróquia de Nossa Senhora Aparecida (bairro Filadélfia);

2. Pe. Willamy Moreira Feijó – Paróquia de Nossa Senhora do Carmo (bairro Centro);

3. Pe. Pedro de Souza Silva – Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (bairro Bom Retiro);

4. Pe. Adilson Leite – Paróquia de Nossa Senhora do Rosário e São Sebastião (bairro Vianópolis);

5. Pe. Dinamar Gomes Pinto – Paróquia do Sagrado Coração de Jesus (bairro Novo Horizonte);

6. Fr. Basilio Sylvério Bosco de Resende, OFM – Paróquia Santa Isabel (bairro Citrolândia);

7. Pe. Hidelbrando Marques Ferreira – Paróquia de Santa Teresinha (bairro Cidade Verde);

8. Pe. Daniel Custódio Antunes – Paróquia de São Cristóvão (bairro São Cristóvão);

9. Pe. Afonso de Fátima Ribeiro – Paróquia de São Francisco de Assis (bairro Centro);

10. Pe. Antônio Carlos Ferreira de Souza – Paróquia de São Judas Tadeu (bairro Cj. Hab. Olímpia Bueno Franco);

11. Pe. Francisco Carlos Rodrigues da Silva, MSC – Paróquia de São Judas Tadeu e Frei Galvão.

FONTE: http://auxiliodoscristaos.blogspot.com.br/2012/06/nota-de-esclarecimanto-missa-tridentina.html

Nota da Confraria: esses padres devem ser os mesmos que, desobedecendo a ordens legítimas e justas de seus superiores, querem lançar campanhas contra políticos que não obedecem às leis deste país ou contra os ricaços que só obedecem à própria vontade (padres ativistas da teologia da libertação). Ou talvez sejam relativistas cheios de tolerâncias pelos erros religiosos e pela "diversidade". Que contradição!

sábado, 16 de junho de 2012

Cala a boca, Xuxa! Contradição ou hipocrisia?

Cala a boca, Xuxa!


Não vi a comentada entrevista da tal Xuxa no Fantástico deste domingo, dia 20/05. Mas não pude ignorá-la por muito tempo, pois a primeira notícia que recebi nesta manhã, logo cedo, foi: “Cê viu que a Xuxa foi abusada na infância?”

Fora o surrealismo da revelação, ocorreu-me que aquela, certamente, não era a notícia que desejava ouvir logo no início da semana. Afinal, como uma mulher de 50 anos, aparentemente esclarecida, só agora, passado todo esse tempo, resolve falar sobre algo tão grave? E por que me irritou tanto esta informação? Parei para refletir sobre o motivo deste sentimento e, confesso, não foi difícil descobrir.

Esta senhora, lá pelos seus primórdios, vivia no mesmo condomínio do meu irmão, no Grajaú, Rio de Janeiro. Lembro-me das minhas sobrinhas, ensandecidas, indo buscar as grotescas sandalinhas cheias de brilhos no apartamento dela, na esperança de encontrar o Pelé que, vira e mexe, dava as caras por lá.
Desde os seus 20 e poucos anos de idade, ela comanda programas infantis cuja tônica é erotizar precocemente as crianças, transformando meninas em arremedos de mulheres sem se preocupar com sua vulgarização.

Os programas que comandou sempre tiveram como mote atropelar o desenvolvimento infantil em sua exuberância repleta de etapas simbólicas. Pasteurizou os encantos desta fase empenhando-se em exaltar a diferença entre possuir e não possuir os produtos que anunciava ou que levavam sua grife tais como sandálias, roupas, maiôs, lingeries, xampus, bonecas, chicletes, cosméticos, álbum de figurinhas, cadernos, agendas, computadores, sopas, iogurtes, etc., num universo insano onde ela, eternamente fantasiada de insinuante ninfeta, faz biquinho e comanda a miúda plebe ignara.

Xuxa: símbolo máximo da erotização da infância no Brasil

Cientes estamos todos de que esta senhora, durante muitos e muitos anos, defendeu zelosamente seu polpudo patrimônio utilizando-se da fachada de menina meio abobada que sequer sabia quantos milhões possuía. Costumava dizer que era a sua empresária que administrava suas posses cujo montante alegava, candidamente, desconhecer. Pobre menina rica. E burra, com certeza. Como se fosse possível alguém tão htapada tornar-se tão rica.

Talvez para esconder a consciência que tinha acerca do quanto ajudou a devastar a inocência de tantas gerações de meninas que lhe devotavam a mais pura idolatria, posou de inocente útil usando a mesma máscara que agora reedita para falar, emocionada, do seu mais novo pretenso drama/marketing.

Esqueceu-se de que sua audiência, formada, na sua massacrante maioria, por meninas, passou a ser considerada como alvo da desumana propaganda colocando-as como mero veículo de consumo.

Esqueceu-se, convenientemente, de comentar que milhares de garotas pelo Brasil afora foram abusadas sexualmente ao mesmo tempo em que eram, por ela, adestradas a vestirem-se e comportarem-se como verdadeiras lolitas.

Esqueceu-se de que ensinou atitudes claramente ambivalentes para crianças que não faziam a mais pálida ideia do que podiam mobilizar em mentes doentias.

Esqueceu-se de que a erotização tem sido ligada a três dos maiores problemas de saúde mental de adolescentes e mulheres adultas: desordens alimentares, baixa auto-estima e depressão.
Esqueceu-se também de que as crianças, diariamente bombardeadas com imagens de paquitas como modelos de uma beleza simplesmente inalcançável enquanto corpos reais, torturavam-se perseguindo um modo de serem belas, perfeitas, saudáveis e eternas.

Estimulando a sexualidade de forma tão precoce, essas meninas perderam grande e preciosa fase do seu desenvolvimento natural. E reduzir o período da inocência, certamente, acarretou-lhes desdobramentos nefastos.

Daí para ideia, cada vez mais presente, da infância como objeto a ser apreciado, desejado, exaltado, numa espécie de pedofilização generalizada na sociedade foi, apenas, um pequeno passo.

Num país onde as mães deixam suas crias, por absoluta falta de opção, frente à tevê sem qualquer tipo de controle e sem condições para discutir o conteúdo apresentado, encontrou esta senhora terreno mais que propício para disseminar sua perversa e desmedida ganância por audiência e dinheiro.

Fosse ela uma pessoa minimamente preocupada com a direção que a sexualidade exacerbada e fora de contexto toma, neste país onde mulheres são cotidianamente massacradas, teria falado sobre este suposto drama muito tempo atrás. Teria tido muito mais cuidado com os exemplos de exposição que passava. Teria norteado seu trabalho dentro de parâmetros muito mais educativos e, desta forma, contribuído para que milhares de meninas fossem verdadeiramente cuidadas e respeitadas.

Ou teria simplesmente virado as costas e ido embora.

Logo, frente ao seu histórico, não tem mesmo nenhuma autoridade para sustentar qualquer atitude fundamentada em belos e necessários méritos.

Porque são de grandes valores, bons princípios e atitude exemplares que nossa sociedade necessita de maneira urgente.

Portanto, cale-se, Xuxa!


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