terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Comunicação Não-Violenta: paz nos lares, compreensão mútua e perdão de si e do próximo ao seu alcance !


Livro: "Como falar para seu filho ouvir e como ouvir para seu filho falar" (Adele Faber e Elaine Mazlish)

Ajudando a lidar com sentimentos (respeitar e aceitar sentimentos)

1) Ouvir em silêncio atentamente.
2) Aceitar sentimento com palavra: "Hum...Sei...Oh..."
3) Dar um nome ao sentimento: "Isso parece frustrante"
4) Realizar seus desejos no nível da fantasia: "Eu gostaria de fazer a banana ficar madura agora"
OBS: Sentimentos devem ser aceitos. Ações devem ser limitadas:
"Você está com raiva do seu irmão. Diga-lhe isso com palavras, não com agressão".
* Reconhecer sentimentos:
- Ouvir
EXERCÍCIOS
- Pensar numa palavra que descreva o sentimento

- Usar palavra em frase para demonstrar que compreendeu sentimento.

EM VEZ DE...FAÇA
Ouvir parcialmente (sem atenção) é desencorajador tentar falar com quem só diz estar ouvindo.
Ouça com atenção: Mais fácil contar problemas a quem realmente está ouvindo (Não precisa dizer nada, a pessoa precisa de um silêncio compreensivo).
Perguntas e conselhos: è difícil pensar de forma clara e construtiva quando alguém fica perguntando, culpando, dando conselhos.
Reconheça sentimentos com uma palavra: "Hum...Sei...Oh...". Esse tipo de palavra, com uma atitude de importar-se permite que a pessoa explore seus próprios pensamentos e sentimentos e é provável que elabore suas próprias soluções.
Em vez de negar sentimentos: Quando pedimos a alguém para não dar importância a um sentimento desagradável, parece que a pessoa fica mais chateada.
Dê nome aos sentimentos: A pessoa fica confortada quando ouve palavras que está vivenciando (alguém reconhece sua vivência interna).
Explicações e lógica: quanto mais refutamos algo com explicações lógicas, mais as pessoas protestam.
Satisfaça necessidades no nível da fantasia: Quando alguém entende o quanto e o que você deseja, a realidade torna-se mais tolerável.

"SENTIMENTOS FERIDOS REQUEREM (COMO FERIMENTOS FÍSICOS) ATENÇÃO TOTAL IMEDIATA"

PARA INCENTIVAR A COLABORAÇÃO

EM VEZ DE...FAÇA

Culpar ou mandar Descreva o que você vê ou o problema: È difícil fazer o que é preciso quando ficam falando o que há de errado com você. Concentrar-se no problema fica mais fácil quando alguém o descreve para você (ter a oportunidade de dizer a si mesmo o que fazer)

Acusar ou insultar
Informe (Diga o que deve ser feito): È mais fácil aceitar informação do que acusação. Ao receber informações, fica mais fácil concluir o que precisa ser feito.
Falar muito
Fale com poucas palavras: Ninguém gosta de escutar discursos, sermões, longas explicações. Quanto menor a mensagem, melhor.
Brigar
Fale sobre seus sentimentos: Ao descrever o que sentimos, podemos ser sinceros sem ferir ("Eu", "Sinto", "Fico", "Não você é"). Cooperar com alguém que expressa irritação ou raiva é possível desde que não esteja sob ataque.

Sobre os pontos acima:
• Descrever problema = Elimina dedo apontado e focaliza o que deve ser feito. EX: "A jarra quebrou. Precisamos duma vassoura".
• Informação = Ato de confiança e instrução. (Sabe-se que deve ser feito).
• Falar com poucas palavras = Oportunidade de usar iniciativa, própria inteligência. Poupa amolações.
• Falar sobre próprios sentimentos = È bom compartilhar sentimentos com pessoas. Respeitar sentimentos alheios gera respeito para seus (para outros).
• Escrever bilhete = Pessoas gostam de saber que alguém despendeu tempo e esforço para escrever-lhes algo.
DICAS DE AJUDA
• Pedido faz sentido para as condições a quem se pede algo? (Espera-se demais?)
• Pedido tem motivo compreensível e é compreendido? (Há razão para isso?)
• O pedido foi ouvido e compreendido?
• Há opções/escolhas sobre como e quando fazer/cumprir pedido?
• Há espaço para conviver ou é só pedir?
• Pode-se cooperar com o cooperador?
ALTERNATIVAS AO CASTIGO
Fazer pessoas pensarem em responsabilidade, não em vinganças do castigo.
• Mostrar como ser útil.
• Expressar sua forte desaprovação (sem atacar o caráter).
• Falar sobre expectativas (aquilo que se espera da pessoa).
• Ensinar a retratar-se (como reparar o dano).
• Dar opções (ou o comportamento adequado ou outro que ele não deseja).
• Tomar uma atitude (faze-lo cumprir a alternativa ao comportamento adequado).
• Permitir que a pessoa experimente as conseqüências de suas ações.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
1º) Falar sobre necessidades e sentimentos da pessoa ("Imagino que você deve estar sentindo-se".).
2º) Falar sobre seus sentimentos e suas necessidades. ("Eu me sinto").
3º) Pensar e levantar boas idéias para ambos ("Que podemos fazer?")
4º) Escrever todas as idéias sem avaliá-las.
5º) Decidir quais soluções gostam ou não. E quais devem seguir.
ALTERNATIVAS AO CASTIGO
Muitos se desculpam para não serem castigados ou não responderem por seus atos. Nesse caso, dizer: "Desculpas significa fazer mudanças, agir de modo diferente, perguntar-se o que pode ser feito para reparar isso".

DISCIPLINA x *CASTIGO
Autodisciplina
Autodireção
Respeito
Confiança
* Controle externo (medo, desconfiança)
*Encoraja violência, mentira, modelo perverso, vinganças (comportamento oposto ao passado, resistência, desafio)
* Castigo "cancela" o crime (está pago o mau comportamento) e infrator fica livre para cometer infração sem culpa.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS (CUIDADOS)
1) Sentimentos da pessoa: Não apressar. Expressar empatia. Deixar acontecer.
2) Sentimentos seu: Seja breve e claro. Não demore (eles não prestam atenção).
3) Buscar soluções: Deixar a pessoa dar as primeiras idéias, que devem ser bem-vindas.
4) Escolher idéias: Cuidado com afirmações que inferiorizem.
5) Não permitir acusações, culpas, interiorizações, etc.
OBS: * Se acordo não for seguido, advertir sobre o descumprimento ou fazer outro acordo. * Se não se sentir bem em sentar e conversar, pedir para escrever bilhete.
AUTONOMIA = Dar oportunidade para: Fazer coisas sozinhos; Resolver próprios problemas; Aprender com próprios erros; Reduzir sentimento de dependência;
PARA INCENTIVAR A AUTONOMIA
• Deixar seu filho fazer suas próprias escolhas: Dar, à criança, uma prática valiosa em tomar decisões. EX: "Você prefere X ou Y".
• Demonstre respeito pelo esforço da criança: Quando o esforço é respeitado, ela se encoraja a realizar a tarefa sozinha. EX: "È preciso treino para fazer...", "Talvez se você fizer...". Saberá que não é fácil e não se sentirá frustrada (se falhar), ou se orgulhar (se conseguir).
• Não faça muitas perguntas: Dê chance ao seu filho falar ou não. Perguntas demais podem ser percebidas como invasão á privacidade. Crianças falarão quando, o que quiserem.
• Não se apresse em dar respostas: Quando fazem perguntas, as crianças precisam achar as próprias respostas. Devolva-lhes a pergunta. EX: "O que você acha? Porque será?". Não façamos exercícios mentais por elas. A busca da resposta é tão importante quanto à pergunta.
• Incentive as crianças a procurar respostas fora de casa. Queremos que nossos filhos saibam que não dependem totalmente de nós. Pessoas de fora de casa podem contribuir com a criança na busca de soluções.
• Não tirar esperanças. Ao tentarmos proteger nossos filhos de desapontamentos, nós os impedimos de almejar, lutar, sonhar e realizar sonhos.
OUTRAS FORMAS DE INCENTIVAR AUTONOMIA
• Deixar a pessoa ser dona do próprio corpo: Evitar arrumar cabelo, roupa, postura, etc.
• Fique alheio aos detalhes da vida de seu filho (parar de especular).
• Não falar sobre seu filho na presença dele (eles se sentem como posses dos pais)
• Deixe seu filho responder por si mesmo. EX: "Como vai seu filho? – Pergunte a ele".
• Confiar na capacidade da criança sem forçar, apressar ou envergonhar. EX: "Um dia desses você vai conseguir...".
• Cuidado com o "não" em excesso. Alternativas ao não:
A) Aceitar sentimentos da pessoa (resistência se reduz quando se compreendem os sentimentos).
B) Descreva problema.
C) Substitua o "não" por um sim. EX: "Sim, claro, logo após o almoço".
D) Dê-se um tempo para pensar. EX: "Vou pensar sobre isso".
Efeitos: Diminui a intensidade da criança (sabe que seu pedido será considerado) e dá tempo de elaborar uma saída.
SOBRE CONSELHOS
• Quando recebem conselhos imediatos, filhos sentem-se bobos, ressentidos e irritados.
• Quando descobrem respostas sozinhos, aumentam a autoconfiança e assumem responsabilidade para decisão.
• Quando ignoramos seus problemas, filhos se sentem magoados e abandonados.
1) Ajudar a clarear pensamentos e sentimentos confusos. (delinear problema). EX: "Vejo que o problema é...".
2) Devolva o problema com uma pergunta. EX: "A questão é: Como posso...?". Proporcionar um momento de silêncio após pergunta para ele mesmo poder responder.
3) Aponte soluções ou recursos aos quais ele pode recorrer (deixe que ele explore o problema). EX: "Talvez você possa... O que você acha se...?".
ELOGIOS: CUIDADOS E MODO DE USAR
Elogios podem causar as seguintes reações:
• Duvidar de quem elogiou
• Negação imediata
• Sentir-se ameaçado
• Focar fraquezas
• Criar ansiedade e "tramar" próximo bom desempenho
• Achar que é manipulação ("O que quer de mim?")
ELOGIO DESCRITIVO
1) Descrever o que a criança vê/sente. (o que ela fez/esforçou-se a fazer).
2) Criança, após ouvir descrição do adulto, elogia-se.
Descrever o trabalho ou comportamento e resumir um elogio em uma palavra.
Resumo: Em vez de avaliar, descreva:
• Descreva o que você vê.
• Descreva o que você sente com isso.
• Descreva o que vê e resuma (em uma palavra) o elogio merecido pelo bom comportamento.
CUIDADOS COM ELOGIO
1) Elogio apropriado à idade e à competência da pessoa.
2) Ressalte o sucesso atual, presente, nunca lembre fracassos passados.
3) Entusiasmo excessivo e sentido como pressão.
4) Elogio leva à repetição e a um aumento de esforço (cuidado com o que elogia).
5) Compreenda o aborrecimento, não o minimize.
6) Aceitar erros seus e dos outros como parte de aprendizagem.
Rotular pessoa: A pessoa passa a se perceber conforme o rótulo e a agir como ele (as pessoas tendem a assumir os papéis que lhes atribuímos). Conclusão: Rotular reduz uma pessoa a um limite, a uma definição, um comportamento.
COMO LIBERTAR CRIANÇA DO DESEMPENHO DE PAPÉIS
• Mostre a ele uma nova e boa imagem de si próprio em todas as oportunidades que tiver (elogiar boas atitudes). EX: "Gostei de... Você demonstrou...".
• Coloque-o numa situação em que ele possa ver-se de forma diferente (romper limites). Encarrega-los de tarefas em que revele suas boas qualidades. EX: "Você está encarregado de...".
• Deixe-o escutar algo positivo sobre ele (elogia-lo para outros na sua presença). EX: "Você devia ter visto... isso é que é...".
• Modele (dê o exemplo de) comportamento que você gostaria de ver (aja da maneira como você gostaria que o outro agisse). EX: "Detesto... mas vou (atitude)...".
• Relembre a ele seus melhores momentos (para perceber que já foi virtuoso antes e pode ser virtuoso agora e sempre). EX: "Discordo. Você se lembra quando... Isso é que é ser...".
• Quando ele se comportar de acordo com velhos padrões, exponha seus sentimentos e expectativas. EX: "Não gosto quando... Espero que...".
• Encontre outras alternativas (outros recursos como elogios, incentivos, confiança, etc...).
Moral: "Nunca subestime a força das palavras sobre a vida de um jovem".



CUIDADOS NA COMUNICAÇÃO
Substituir... por
MAS = Outras expressões que considerem sentimento: "O problema é que", "mesmo que você saiba".
POR QUE VOCÊ (NÃO) = Devolver o problema e oferecer apoio. EX: "Aqui está... se precisar de ajuda, conte comigo".
CASTIGO = Tempo sozinho com adulto para ajudar a lidar com sentimentos e imaginar formas melhores de lidar com eles (alternativas), para sentir-se responsável ao lidar com eles.


Resumo de "Comunicação Não-Violenta:Técnicas Para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais" , de Marshall B. Rosenberg.

Não-violência = estado compassivo natural quando a violência houver se afastado do coração.
Substituir reações padronizadas de defesa, recuo ou ataque.
Descobrir compaixão ao escutar com respeito, empatia, atenção ao invés de julgar e diagnosticar , gerando entrega mútua.
Quando o outro percebe que o único interesse é dar e receber com compaixão, ele se une a nós e acabamos nos relacionando com compaixão.
Componentes da comunicação não-violenta ( CNV ):
1.observação: sem julgamento ou avaliação da ação concreta;
2.sentimento: como nos sentimos ao observar tal ação;
3.necessidades: nossas necessidades ligadas aos sentimentos;
4.pedido: expressão clara e honesta do que queremos.
"Quando ( observação do fato ) , fico ( sentimento ) porque preciso de ( necessidade ); por isso, gostaria que ( pedido )."
Ou seja: expressar ou receber com empatia:
1.o que estou observando, sentindo, do que estou necessitando e estou pedindo para enriquecer minha vida e
2.o que você está observando , sentindo , do que está necessitando e pedindo para enriquecer a sua vida.
Isto é:
1.ações concretas que estamos observando e que afetam nosso bem-estar;
2.como nos sentimos em relação ao que estamos observando;
3.necessidades, valores,ideais,desejos,etc. que geram esses sentimentos;
4.ações concretas que pedimos para enriquecer nossa vida.
Partes da CNV.
1.Expressar-se honestamente por meio dos quatro componentes.
2.Acolher com empatia por meio dos quatro componentes.
Formas de comunicações alienantes(=contribuem para a violência ).
1.Julgamentos moralizadores: ver uma natureza errada ou maligna nas pessoas que não agem em consonância com nossos valores ( bom X mau, certo X errado ).
Formas: culpa, insulto , depreciação, rotulação, crítica, comparação, diagnósticos.
Erro: concentrar-se em classificar , analisar, determinar níveis de erro em vez de perceber o que nós e os outros necessitamos e não estamos obtendo.
Conseqüências: reforço de posturas defensivas e criação de resistências.
Resultados: motivação por medo, culpa, vergonha; má-vontade devido à coerção; ressentimento e baixa auto-estima
(sentem-se errados) ; associam-nos a medo , culpa, vergonha, o que leva ao ódio a si próprios ( por se sentirem erradas, levando à depressão ) e a nós, reduzindo a possibilidade de reagir compassivamente a nossas necessidades e valores.
Julgamentos moralizadores= pessoas, comportamentos em desacordo com nossos juízos de valor ( ex: violência=mal, pessoas que matam=más ). Juízos de valor = qualidades que admiramos na vida, o que cremos ser melhor para a vida ( ex: liberdade, paz, etc.).
Maior violência : onde pessoas se rotulam de "boas" ou "más" e crêem que as "más" devam ser punidas ( perigo de programas de TV ).
Menor violência: culturas em que pessoas pensam em termos de necessidades humanas frustradas.
Raiz da violência: pensamento que atribui a causa do conflito ao achar que os adversários estejam errados e a incapacidade de pensar em termos de vulnerabilidade ( = o que a pessoa esteja vivenciando, sentindo, temendo, ansiando, do que possa sentir falta, etc. ).
2. Comparações. Comparar sua vida com a de outras pessoas = tornar sua vida infeliz. Comparar = infelicidade, bloqueio da compaixão.
3.Negação da responsabilidade. Negar a responsabilidade pessoal por próprios pensamentos, sentimentos e atos= obscurecer a consciência da responsabilidade pessoal, anestesiando a compaixão e iniciativa.
Formas de negação de responsabilidade pessoal ( atribuir responsabilidades a ):
Forças vagas, impessoais (="ter de fazer" );
Nossa condição, diagnóstico, histórico pessoal ou psicológico ( "porque sou...");
Ações dos outros ("porque fulano...");
Ordens de autoridades ("porque ...mandou...") ;
Pressão do grupo/ sociedade( "porque todos..." );
Políticas, regras,regulamentos institucionais ( "porque a lei manda..." );
Papéis determinados por sexo,idade , posição social ( "porque sou..." );
Impulsos incontroláveis ( "não pude resistir a ..." ).
Conseqüências: ficamos perigosos quando não temos consciência da nossa responsabilidade por nossos comportamentos,pensamentos, sentimentos.
Solução: substituir linguagem que implique falta de escolha por outra que reconheça possibilidade de escolha. Deixar de sentir-se obrigado a fazer algo para descobrir possibilidades de escolha ( além de descobrir reais motivações e necessidades a satisfazer ).
4.Exigências = comunicar desejos como exigências. Exigências ameaçam os ouvintes com culpa ou punição se não a atenderem ( ninguém é capaz de obrigar ninguém a nada ). Em caso de punição , espere a vingança.
5.Merecimento ( = punição ou recompensa ) : "fulano merece..." = pressupõe maldade por parte das pessoas, que "merecem" punição para se arrependerem e se emendarem.
Solução: fazer pessoas perceberem que a mudança as beneficiará, não para evitarem punições.
Conseqüências das formas de comunicação alienante: enfatizar maldade e deficiências nas pessoas ( criando-as ), necessidade de controle da natureza "indesejável" das pessoas; induzir pessoas a questionar se há algo errado com seus sentimentos e necessidades, isolando-as de si próprias, criando defesas, tornando-nos escravos e lacaios dos outros.
Origens das formas de comunicação alienante: sociedades baseadas em hierarquia ou dominação; controle de grande população para beneficiar e servir a um pequeno número de pessoas ( educando as massas para se tornarem seres com mentalidade de escravos ); a linguagem de " certo X errado, deveria, tem de " ( pensar em termos de julgamentos moralizadores de que algo é errado ou mau ) leva pessoas a consultar "autoridades" , "instâncias superiores" para definirem o que é bom , pensando pelos outros , tornando a massa subserviente e sem vontade própria.
Observar sem avaliar.
Observar claramente , sem acrescentar nenhuma avaliação, o que vemos , ouvimos ou tocamos e que afeta nossa sensação de bem-estar."Observar sem avaliar é a forma mais elevada de inteligência humana."
Observação + avaliação = escutado como crítica , gera resistência, má vontade em escutar o que é dito ( crítica =profecia que se cumpre...). Rótulos limitam , definem nossa percepção da totalidade.
Identificar e expressar sentimentos.
Cuidado com "a maneira certa de pensar" X contato consigo mesmo.
1.O que os outros acham que é certo eu dizer ou fazer X 2.o que eu mesmo penso ou sinto.
("Pensar que","sinto que"=opinião X "sinto-me"',"sinto" = sentimento=adjetivo).
Expressar vulnerabilidade "desarma" o outro , ajuda a resolver conflitos.
1.O que penso que sou ( "sinto que "="acho que"=opinião) X 2.o que sinto ( "sinto-me"="sinto"=sentimento).
3.Como interpretamos os outros X 2.como nos sentimos.
4.Como achamos que os outros reagem ou se comportam a nosso respeito X 2. o que sentimos ( nome do sentimento nosso – evitar palavras genéricas como "bem","mal" ).
1.Pensamentos, 4.avaliações, 3.interpretações x 2.expressão de sentimentos verdadeiros.
Responsabilidade por próprios sentimentos( e como expressa-los, ouvi-los).
O que os outros dizem e fazem é o estímulo ( condição ) mas nunca é a causa dos nossos sentimentos. Nossos sentimentos resultam de como escolhemos receber o que os outros dizem e fazem, além das necessidades e expectativas que temos naquele momento.
Quatro opções de como receber mensagens negativas.
1.Culpar a nós próprios. Aceitamos o julgamento dos outros e nos culpamos, gerando culpa, vergonha , depressão, ódio contra nós mesmos e diminuição da auto-estima.
2.Culpar os outros: dirigir ódio e raiva contra os outros.
3.Escutar nossos próprios sentimentos e necessidades ( = expectativas, valores , etc.): "quando..., sinto-me..porque preciso de ...".
4.Escutar necessidades dos outros ( escondidos por trás de cada mensagem ): " quando você..., você se sente...porque precisa de ...?".
Expressar-se através de avaliações,interpretações,opiniões= ser ouvido como crítica=o outro se defende ou contra-ataca ( e saímos perdendo ).
Descobrir e conectar sentimentos a necessidades=compaixão.
SENTIMENTOS + NECESSIDADES = COMPAIXÃO
Nosso erro = pensar no que há de errado nos outros ao invés de ligar sentimentos + necessidades = compaixão.
Expressar necessidades aumenta chances de vê-las satisfeitas. Dizer o que se necessita , não dizer o que está errado com os outros.
Dificuldades das mulheres e "bonzinhos" em geral: pessoas assim são ensinadas a sacrificarem-se pelos outros e a ignorar as próprias necessidades. Se chegarem a pedir o que desejam, será de maneira indireta, queixosa, crítica, o que provocará má vontade da parte de outro ( resistência ao invés de compaixão) , levando os "bonzinhos" a crerem que suas necessidades não importam.
Estágios da libertação emocional.
1.Escravidão emocional. Acreditamos que somos responsáveis pelos sentimentos dos outros. Tentamos fazer os outros felizes e acabamos achando-os uns fardos pesados. Amor como negação das próprias necessidades para atender às necessidades dos outros=assumir responsabilidade pelos sentimentos dos outros=ânsia para libertar-se do fardo( = pânico com obrigação e dever ), além de ficar insatisfeito com necessidades próprias não atendidas.
2.Raiva ( não respondemos ao chamado da própria alma , perdemos tempo e energia com os outros ). Confrontados com os sentimentos dos outros , dizemos-lhes grosseiramente que não nos responsabilizamos por eles ( = "problema seu!" ) = resquícios de medo, culpa, raiva. Desafio : ser responsável para com os outros ( sem ser responsável pelos outros ), sem ser emocionalmente escravizado.
3.Libertação emocional. Respondemos às necessidades dos outros por compaixão, nunca por medo, culpa , vergonha. Assumimos responsabilidade por nossas vidas mas não pelos sentimentos dos outros. Desafio: consciência de que não podemos satisfazer nossas próprias necessidades à custa dos outros. Afirmar claramente o que necessitamos deixando claro que nos empenhamos para satisfazer as necessidades dos outros também.
Violência = tentativa de fazer o outro sentir-se como nos sentimos e desperta-lo para a empatia afligindo-lhe o mal que sofremos.
Como expressar pedidos ( = ações que possam satisfazer nossas necessidades e enriquecer nossas vidas ) de modo que os outros estejam mais dispostos a responder compassivamente a nossas necessidades .
1.Expressar pedido positivo. Expressar o que estamos pedindo , não o que não estamos pedindo ( "faça", não "não faça" ). Pedidos formulados de forma negativa produzem a) pessoas confusas quanto o que é pedido ; b) pedidos negativos provocam resistência ( pessoas se sentem confusas e erradas ).
2.Formular pedidos em linguagem clara , positiva , de ações concretas para expressar o que se quer realmente. Evitar frases vagas, abstratas, ambíguas ( favorecem a confusão ). Pedir ações concretas que os outros possam realizar.
Cuidado: ao expressar desconforto, não presumir que o ouvinte compreenda um pedido subjacente.Tente entender o pedido subjacente disfarçado na expressão do desconforto.
Não fica claro para o ouvinte o que queremos que ele faça quando expressarmos somente nossos sentimentos sem o pedido claro.
CONVERSAR COM OS OUTROS ( ter consciência do que pedimos quando falamos ) X FALAR PARA OS OUTROS ( jogar palavras usando os outros como lata de lixo para nos aliviar ).
Quanto mais claro o pedido , mais provável que seja atendido. Pedidos desacompanhados de sentimentos e necessidades soam como exigências ( causam resistência e má-vontade ).
Sempre que dizemos algo a outra pessoa , estamos pedindo algo em troca para garantir que a mensagem enviada foi recebida = pedir ao ouvinte que a repita para nós. Se mensagem não for recebida, reformule-a ( "acho que não me expressei bem..." – nunca culpar o outro :"você não me entendeu...",etc.). Agradeça ao ouvinte que tentar atender ao pedido de repetição . Demonstre empatia com quem não quiser atender ao seu pedido.
Retorno ( reação ) do ouvinte sobre o que dizemos.
Respostas ou retornos desejáveis.Depois de nos expressarmos de forma vulnerável, é comum querer saber : a) o que o ouvinte está sentindo ( quais sentimentos estimulados ? por quê? ), b) o que o ouvinte está pensando ( especificar quais pensamentos ou idéias que gostaríamos de saber – a respeito de quê ? – senão a pessoa pode demorar e responder com aqueles que não procuramos, c) se o ouvinte está disposto a tomar determinada atitude .
Como fazer pedidos a um grupo.
Não ser claro sobre que tipo de retorno queremos = conversas improdutivas que não satisfazem necessidades de ninguém = perder tempo = pessoas não estão certas de que tipo de resposta desejam em retorno a suas palavras ( gera discussões ) : não está claro se quem iniciou a conversa obteve a resposta desejada ( = reunião improdutiva , discussões infindáveis e infrutíferas ). Quando elas recebem as respostas que desejam , elas passam para outro assunto.
Pedidos X exigências.
1.Pedidos que soam como exigências: a) ouvintes acreditam que serão culpados ou punidos se não atenderem ( coerção ),
b) ouvintes reagem com submissão ou rebelião ( além de minimizar resposta compassiva a outros pedidos ), c) ouvintes violentados com culpa , acusação , punição , ameaça ,etc., passa a receber pedidos como exigências ( e responde-los de má-vontade ).
2.Como saber: "exigência ou pedido"?
Observar o que quem pediu fará se a solicitação não for atendida.
Exigência = se quem fez a solicitação critica ou julga a pessoa em seguida , se quem pediu tenta fazer a outra sentir-se culpada ou interpreta como rejeição o não-atendimento da solicitação ( quanto mais as pessoas ouvirem exigências , menos elas gostarão da nossa companhia).
Pedido = se a pessoa que pediu oferece sua empatia para com as necessidades da outra pessoa , se indica que a pessoa atendesse ao pedido se puder faze-lo de livre e espontânea vontade. Não tentar convencer a pessoa antes de oferecer nossa empatia para com o que a impede de dizer sim.
Definir objetivo ao fazer pedido ( consciência do objetivo ).
Objetivo errado=mudar as pessoas e seu comportamento para obtermos o que queremos .
Objetivo certo=estabelecer um relacionamento baseado na sinceridade e na empatia , satisfazendo necessidades de todos , levando à confiança de que nossos pedidos são genuínos e não exigências camufladas. Pedidos não podem ser exigências , só pedidos. Exigências camufladas="deveria, espera-se , merece , tenho o direito",etc.
Receber com empatia.
( A continuar...)

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